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Monografia Sobre o Sódio

Por:   •  20/9/2020  •  Monografia  •  2.283 Palavras (10 Páginas)  •  191 Visualizações

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O sódio é um metal alcalino de massa atômica 22,989u com abundancia na crosta terrestre de cerca 2,6% que esta entre os elementos representativos e em seu estado neutro tem 11 prótons, 11 elétrons e 12 nêutrons. Além disso, esse elemento químico em sua forma metálica apresenta a cor prata, densidade de 968 Kg.m-3, eletronegatividade de 0,93 e pontos de fusão de 97,72°C e ebulição de 883°C, ou seja, na temperatura ambiente é encontrado no estado sólido, como a maioria dos metais. O sódio metálico é muito reativo em sua forma pura, por isso, nuca é encontrado isoladamente na natureza, por esse motivo, foi isolado a partir da reação de eletrólise da soda caustica fundida em 1807 por Sir Humphry Davy. O sódio pode formar ligas com muitos metais- as mais importantes são formadas com chumbo e mercúrio-, reduzir muitos óxidos de outros metais e utiliza-se muitas vezes como agente redutor. O composto mais usualmente utilizado pela população é o cloreto de sódio, sal de cozinha, o seu processo de produção é físico, sendo obtido pela dissolução de sal gema com água quente injetada nas jazidas para a produção de salmoura e pós, procede-se a concentração, etapa que também é realizada com a água do mar e de lagos salgados, a cristalização do cloreto de sódio e a colheita e sua lavagem, e se adequado, refino e adição de compostos contendo iodo para o consumo humano. Outras aplicações do sal são o degelo de vias publicas na época de neve dos países onde ocorre esse fenômeno e constitui a principal matéria-prima para a obtenção dos outros sais: o hidróxido de sódio utiliza-se correntemente como reagente industrial, na fabricação de sabão, celulose, papel e muitos outros produtos; o peróxido é um agente oxidante muito utilizado como branqueador de fibras têxteis; o tripolifosfato usa-se no tratamento de águas; o tetraborato emprega-se no fabrico de detergentes; os silicatos no fabrico de vidros; e o clorato no fabrico de explosivos; finalmente o tiossulfato é utilizado em fotografia como revelador. Não existem reservas de íons sódio no corpo dos animais, pelo que a sua perda, por meio do suor e da urina, acima de um determinado valor coloca em risco o correto funcionamento celular, sendo alguns sintomas que evidenciam deficiência deste íon a sede, anorexia, náuseas (podendo em casos mais graves ser a lassidão), cãibras musculares, distúrbios mentais ou até mesmo à morte, e por essa razão é reconhecida a importância do cloreto de sódio na nutrição humana. Entretanto o consumo exagerado de sal também gera malefícios ao corpo através do aumento da pressão arterial, pois para manter o equilíbrio, o corpo acaba retendo mais água e essa absorção faz aumentar a quantidade de sangue circulando nos vasos quando uma pessoa ingere muito sal, essa substância acaba se acumula no sangue e no fluido extracelular aumentando o volume de sangue dentro das veias e artérias devido a sua característica de atrair as moléculas de água para si. O sódio é um elemento biológico essencial aos animais, uma vez que a diferença na relação de concentrações sódio/potássio nos fluidos intercelulares e extracelulares é responsável pelo transporte de íons através das membranas celulares, pela regulação da pressão osmótica dentro da célula, pela transmissão de impulsos nervosos e por outras funções eletrofisiológicas. A bomba de sódio e potássio é um exemplo de aplicação eletrofisiológica, funcionando a partir através da diferença de gradientes de concentração maior do Na+ no meio extracelular e do K+ no meio intracelular, nessa situação, naturalmente, o Na+ entra na célula e o K+ sai da célula, por difusão, pois os solutos tendem a se manter em equilíbrios de concentração, mas, para realizar o seu metabolismo, a célula precisa manter as diferenças de concentração entre os dois íons, ou seja, o Na+ precisa se manter em baixa concentração dentro da célula e o K+ em alta concentração; por esse motivo existem proteínas na parede da membrana celular associadas ao gasto de ATP para atuar na expulsão do sódio e na absorção do potássio: a cada acionamento 3 Na+ se ligam aos seus sítios específicos na proteína juto do ATP, que perde um radical fosfato transformando-se em ADP, provocando a alteração da conformação da proteína que libera os íons de Na+ no meio extracelular, e no mesmo momento 2 K+ se ligam à proteína em seus sítios específicos, liberando o fosfato e fazendo com que a proteína retome sua conformação original, liberando os íons de K+ no interior da célula. Esse mecanismo é responsável pela produção de impulsos nervosos, quando os neurônios estão em repouso sua membrana está negativamente carregada em relação a sua parte externa, existindo uma diferença de potencial elétrico chamada de potencial de repouso, e no momento em que ocorre a inversão das cargas elétricas no interior da membrana essa inversão das cargas elétricas, a membrana se torna positiva em relação à sua superfície externa, produzem uma diferença no potencial elétrico entre a parte interna e externa da membrana, a que se dá o nome de potencial de ação. Essa alteração elétrica ocorre em uma pequena área e vai se espalhando ao longo da célula, ocorrendo a despolarização e em seguida, rapidamente, ocorre a repolarização, voltando o neurônio à situação de repouso. Outra aplicação de compostos que contem o Na é a injeção de bicarbonato de sódio em casos de acidose dos fluidos corporais, sendo três principais tipos:  A cetoacidose diabética, acontece quando os níveis de açúcar (glicose) no sangue do paciente diabético encontram-se muito altos; a acidose lática, ocorre quando as células do corpo não tem oxigênio suficiente para uso e acabam produzindo acido lático, que pode se acumular no sangue; a acidose tubular renal, acontece quando há dificuldade de filtração dos rins gera o acumulo de toxinas e ácidos no organismo; e a acidose hiperclorêmica, ocorre quando há um abuso de laxantes e problemas renais que podem diminuir as concentrações de bicarbonato no sague e aumentar a acidez como resultado. Esse medicamento injetável solução de bicarbonato de sódio 8,4% é distribuído em frasco de vidro incolor com 250mL. Esse fármaco deve ser administrado exclusivamente via intravenosa, sob o risco de danos de eficácia terapêutica. A administração intravenosa de bicarbonato de sódio 8,4% depende das condições clínicas e características físicas do paciente. A dose administrada para adultos e crianças maiores que 2 anos é de, no máximo, 16 g/dia para pacientes com menos que 60 anos e de 8 g/ dia para pacientes com mais de 60 anos. Já para crianças de até 2 anos a dose máxima é de 8 mEq/kg/dia. Na situação de parada cardíaca, uma dose intravenosa rápida de uma a duas seringas de 50mL (44,6 a 100 mEq) pode ser administrada inicialmente e continuada a uma taxa de 50mL (44,6 a 50 mEq) a cada 5-10 minutos se necessário para reverter a acidose (de acordo com o indicado pelo pH arterial e monitoramento do gás sanguíneo). Em situações de emergência, na qual é indicada uma infusão muito rápida de grandes quantidades de bicarbonato, deve se ter um maior cuidado. Soluções de bicarbonato são hipertônicas e durante a correção da acidose metabólica, podem produzir um aumento indesejável na concentração de sódio no plasma. Na parada cardíaca, entretanto, os riscos de acidose são superiores aos da hipernatremia. Em formas menos urgentes de acidose metabólica, a solução de bicarbonato de sódio a 8,4%, pode ser adicionada em outros fluidos pela via intravenosa. A quantidade de bicarbonato que deve ser administrada para adolescentes e adultos ao longo de 4 a 8 horas é de aproximadamente 2 a 5 mEq/kg de peso corporal, dependendo da gravidade da acidose verificada pela redução do teor de CO2, pH sanguíneo e condição clínica do paciente. A solução de bicarbonato de sódio a 8,4% atua metabolicamente aumentando a concentração de bicarbonato no plasma, tampona o excesso de hidrogênio, eleva o pH sanguíneo e reverte as manifestações clínicas da acidose. Quando em água, o bicarbonato de sódio se dissocia em sódio (Na+) e bicarbonato (HCO3¯ ). O sódio (Na+) é o principal cátion do fluido extracelular e desempenha um importante papel na terapia dos distúrbios de fluidos e eletrólitos. O sódio circula através da membrana celular por meio de vários mecanismos de transporte, entre eles a bomba de sódio (Na – K – ATPase). O sódio, ainda, desempenha um importante papel na neurotransmissão e na eletrofisiologia cardíaca, assim como no metabolismo renal. Já o bicarbonato (HCO3¯ ) é um constituinte normal dos líquidos corporais e os níveis normais variam de 24 a 31 mEq/L. Por se tratar de sais derivados de um ácido fraco, o bicarbonato tem caráter básico, hidrolisando em água e produzindo uma base forte. Seu uso contínuo provoca um desequilíbrio ácido-básico, causando alcalose metabólica. A concentração plasmática de bicarbonato é regulada pelos rins através da acidificação da urina quando ocorrer um déficit ou pela alcalinização da urina quando estiver em excesso. O ânion do bicarbonato é considerado instável, pois em uma concentração normal do íon de hidrogênio (H+) pode ser convertido em ácido carbônico (H2CO3) e este em sua forma volátil, dióxido de carbono (CO2), excretado pelos pulmões. Normalmente uma relação de 1:20 (ácido carbônico: bicarbonato) está presente no líquido extracelular. Em um indivíduo adulto saudável com função renal normal, praticamente todo o íon bicarbonato, filtrado nos glomérulos, é reabsorvido; menos de 1% é excretado na urina. Esse medicamento pode apresentar interações com a anfetamina, a dextroanfetamina, a efedrina,a  flecainida, a mecamilamina, a  metanfetamina,a pseudoefedrina e a quinidina: o bicarbonato de sódio pode diminuir a eliminação destes medicamentos, assim aumentar seu efeito terapêutico. Também interage com a clorpropamida, o lítio, o metotrexato,os salicilatos e as tetraciclinas: o bicarbonato de sódio pode aumentar a eliminação destes medicamentos, assim diminuir o seu efeito terapêutico. E por fim interage com o cetoconazol: o bicarbonato de sódio pode diminuir a dissolução do cetoconazol no trato gastrointestinal, reduzindo a sua eficácia. Outro remédio com sódio na composição é o montelucaste de sódio é um comprimido mastigavel de 4mg de uso oral distribuído em embalagens contendo 30 comprimidos cada. O medicamento deve ser administrado uma vez ao dia, sendo que para asma, a dose deve ser administrada a noite, para rinite alergica, o horario da administracao pode ser adaptado para atender as necessidades do paciente e para pacientes com ambas doenças devem tomar diariamente apenas um comprimido a noite. As doses são variadas de acordo com a idade: a partir de 15 anos de idade com asma e/ou rinite alérgica a posologia é de 1 comprimido de 10mg diariamente; a partir de 6 a 14 anos de idade com asma e/ou rinite alérgica a posologia é de 1 comprimido mastigável de 5mg diariamente; a partir de 2 a 5 anos de idade com asma e/ou rinite alérgica a posologia é de 1 comprimido mastigável de 4mg diariamente ou um sachê de grânulos orais de 4mg diariamente. O montelucaste inibe as ações fisiológicas do LTC4, LTD4 e LTE4 no receptor CysLT1 sem atividade agonista, sedo esses potentes eicosanoides inflamatórios, produtos do metabolismo do ácido araquidônico e liberados de várias células, incluindo mastócitos e eosinófilos. Eles são importantes mediadores pro-asmaticos ligam-se aos receptores dos leucotrienos cisteinicos (CysLT). O receptor CysLT tipo 1 (CysLT1) encontra-se nas vias aéreas de humanos (inclusive células musculares lisas e macrófagos da via aérea) e em outras células pro-inflamatórias (inclusive eosinófilos e determinadas células-tronco mieloides). Os CysLT foram correlacionados com a fisiopatologia da asma e da rinite alérgica. Na asma, os efeitos mediados pelos leucotrienos, inclusive um numero de ações nas vias aéreas, incluem broncoconstrição, secreção de muco, aumento da permeabilidade vascular e recrutamento de eosinófilos. Na rinite alérgica, os CysLT são associados aos sintomas e liberados da mucosa nasal depois da exposição ao alergeno durante as fases de reação precoce e tardia. A estimulação intranasal com os CysLTs tem mostrado aumento na resistência da via nasal e dos sintomas de obstrução nasal. O montelucaste e um potente composto ativo por via oral que melhora significativamente os parâmetros da inflamação asmática. Com base nos bioensaios bioquímicos e farmacológicos, ele se liga com alta afinidade e seletividade ao receptor CysLT1 (preferindo-o a outros receptores farmacologicamente importantes das vias aereas, tais como os receptores prostanoides, colinérgicos ou β-adrenérgicos). O montelucaste e amplamente metabolizado. Em estudos nos quais se utilizou doses terapêuticas, as concentrações plasmáticas dos metabolitos do montelucaste, em estado de equilíbrio, foram indetectáveis em adultos e em pacientes pediátricos. Estudos in vitro em microssomos de fígado humano indicam que as isoenzimas do citocromo P450 3A4, 2C8 e 2C9 estão envolvidas no metabolismo do montelucaste. Resultados de estudos posteriores in vitro em microssomos de fígado humano demonstraram que as concentrações plasmáticas terapêuticas do montelucaste não inibem as isoenzimas 3A4, 2C9, 1A2, 2A6, 2C19 ou 2D6 do citocromo P450. Em diversos estudos, a meia-vida plasmática media do montelucaste foi de 2,7 a 5,5 horas em jovens saudáveis. A farmacocinética do montelucaste e quase linear para doses de ate 50 mg administrados por via oral. Nenhuma diferença na farmacocinética foi notada entre as doses administradas pela manha ou a noite. Com a administração de 10 mg de montelucaste uma vez ao dia, houve pequeno acumulo do medicamento inalterado no plasma (aproximadamente 14%). Embora não tenham sido realizados outros estudos específicos de interação, montelucaste de sódio foi usado em estudos clínicos concomitantemente a uma ampla variedade de medicamentos comumente prescritos, como hormônios tireoidianos, sedativos hipnóticos, agentes anti-inflamatórios não esteroides, benzodiazepínicos e descongestionantes, sem a evidência de interações clínicas adversas. Estudos in vitro demonstraram que montelucaste e um substrato do CYP 2C8, 2C9 e 3A4. Dados de estudo clínico de interação medicamentosa com montelucaste e genfibrozila(um inibidor de CYP 2C8 e 2C9) demonstraram que a genfibrozila aumenta a exposição sistêmica do montelucaste em 4,4 vezes.

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