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O Estudo de Caso Insegurança Alimentar

Por:   •  1/10/2023  •  Relatório de pesquisa  •  814 Palavras (4 Páginas)  •  57 Visualizações

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Estudo de caso – Insegurança alimentar

Ao falar em insegurança alimentar é comum sua associação com a fome, porém elas são coisas diferentes, já que a fome é uma sensação física de dor crônica resultante da falta de consumo de alimentos e a insegurança alimentar ocorre quando as pessoas não têm acesso regular e permanente a alimentos em quantidade e qualidade suficiente para sua sobrevivência, desta forma uma pessoa que não passa fome, ainda pode sofrer de insegurança alimentar. Pode-se citar quatro dimensões que geram esta insegurança: disponibilidade (capacidade do sistema em atender a demanda), instabilidade (risco de perda ao acesso á recursos necessários), acesso (distribuição de recursos e direitos para aquisição adequada) e utilização (relacionada a saúde e condições sanitárias).

A insegurança alimentar pode ser classificada em três níveis: Leve (quando ocorre uma queda na qualidade dos alimentos consumidos, irregularidade no acesso e preocupação em relação ao acesso no futuro), moderada (quando tanto a quantidade como a qualidade dos alimentos consumidos são comprometidas) e grave (privação severa de alimento por horas ou dias recorrentes para toda família ocasionando a condição de fome).

Olhando inicialmente para o Brasil a fome e a desigualdade provém desde sua colonização, já que mesmo com a abolição da escravatura as oportunidades não eram iguais para os escravos recém libertos e o restante da população com mais recurso e embora tenho sido criado o salário-mínimo, ele não acompanha o custeamento de uma alimentação de qualidade. Hoje o país é considerado emergente, onde o sistema político-econômico está atrelado ao capitalismo que tem como principal objetivo a busca pelo lucro, separando a população em dois grupos, a burguesia (donos de indústrias, fazendas, ou seja, aqueles que possuem  meios de produzir) e a classe trabalhadora (pessoas que trocam trabalho por salário) e apesar de possuir alto índice de industrialização e  apresenta problemas sociais, retratando assim uma contradição, já que mais de 36% dos brasileiros sofrem de insegurança alimentar em um país que é um dos maiores produtores de alimentos do mundo.

Ao longo dos anos e com os diferentes governos percebeu-se que a fome e a falta da garantia de alimento era um problema grave que precisava ser resolvido, desta forma em 2004 foi realizado o primeiro levantamento com dados confiáveis através da criação da Escala Brasileira de Segurança Alimentar (EBIA) e a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), mostrando naquele ano uma insegurança alimentar de 34,9% da população. Após o diagnóstico foram criadas algumas políticas sociais (plano Brasil sem miséria, plano nacional de segurança alimentar e nutricional, etc.) tendo uma baixa em 2009 para 30,2% e atingindo em 2013 seu menor índice com 22,6% colocando o Brasil como referência no mundo, porém com mudanças de governo e adoção de políticas neoliberais nos anos de 2017 e 2018 foi registrado o maior índice de insegurança alimentar desde o primeiro levantamento de dados, com 36,7% da população em insegurança alimentar. Destaca-se as regiões que mais sofrem de insegurança alimentar as regiões Norte e Nordeste. Contudo a região sudeste que é a mais populosa do país e apresenta índices preocupantes de pessoas que passam fome, sendo mais afetados os estados do Rio de Janeiro e São Paulo.

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