OS PROCESSOS DE EXTRAÇÃO A FRIO DE ÓLEOS VEGETAIS
Por: emersonh2so4 • 17/6/2022 • Resenha • 1.108 Palavras (5 Páginas) • 242 Visualizações
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Universidade Federal do Oeste da Bahia
Centro das Ciências Exatas e das Tecnologias
Curso de Química
PROCESSOS DE EXTRAÇÃO A FRIO DE ÓLEOS VEGETAIS
Barreiras - Bahia
2022
PROCESSOS DE EXTRAÇÃO A FRIO DE ÓLEOS VEGETAIS
Trabalho solicitado pelo professor como avaliação parcial da disciplina Processos Industriais II à turma 2022.1 da Universidade Federal do Oeste da Bahia.
Barreiras - Bahia
2022
Os óleos vegetais são misturas de ácidos graxos que são usados como alimento, além de ser uma ótima fonte de proteína. O óleo mais utilizado na culinária mundial é o óleo de soja, que contém em média 18% a 23% de óleo na matéria seca do grão. O óleo de milho é um óleo nobre devido aos seus ácidos graxos insaturados, por dificultar a formação de gorduras no sangue, o mesmo torna-se bastante saudável. Pode conceder 8% a 10% de óleo em relação à massa seca do grão de milho. A canola tem cerca de 40% a 45% de óleo, contém grandes quantidades de ácidos graxos ômega-3, vitamina E, gorduras monoinsaturadas e o menor teor de gordura saturada, em relação ao óleo da semente de mamona produz o maior rendimento possível, rendendo até 44% e por conta de suas características laxativas (Antonille, 2022; Coelho, 2018; Sousa, 2019).
Frente ao exposto, a extração desses óleos pode ser realizada utilizando solventes orgânicos, como exemplo, o hexano. A extração a frio é uma técnica que demonstra menor risco de reações químicas, pois utiliza a temperatura ambiente, todavia, a extração a frio torna-se menos eficiente que a extração a quente na extração Soxhlet com hexano quando a mesma massa de amostra foi utilizada em ambos os métodos. A extração Soxhlet tem um maior rendimento de óleo em comparação com a extração a frio com agitação leve.
Dando continuidade, os processos de extração de óleos vegetais são categorizados como operações unitárias destinadas a separar determinados compostos de processos físicos, químicos ou mecânicos. As propriedades dos óleos vegetais podem variar dependendo do método de extração empregada e das condições em que é exposto, como alta temperatura, irradiação, secagem de sementes, altas concentrações de oxigênio, em geral (Sousa, 2009).
Dessa forma, a extração a frio é o processo de extração através de um solvente orgânico, podendo ser com ou sem agitação. Dito isso, devido à ação combinada entre solvente e óleo e a alta temperatura utilizada pelo sistema Soxhlet, possui menor risco de reações químicas na formação de artefatos. Os principais fatores que afetam o processo de extração de hexano do óleo são o tempo de extração, a pressão e respectivamente a temperatura. Diante disso, mecanismos de extração de convecção natural ou forçada também podem afetar a extração de óleo (Sousa, 2009 e Antoniassi, 2022).
À vista disso, caso o tempo de extração for suficiente para promover a dissolução do óleo no solvente e a expulsão da solução das partículas sólidas, o tempo de extração afeta o custo do processo e determina o desempenho da extração. A temperatura de extração está diretamente associada com a solubilidade do óleo em hexano. De modo geral, o aumento da temperatura de extração, por sua vez, aumenta o coeficiente de difusão, o qual aumenta o coeficiente de transferência de massa e aumenta a taxa de extração do óleo (Antoniassi, 2022 e Sousa, 2019).
Acerca do processo tradicional/ artesanal de extração do óleo das sementes de andiroba, o qual foi adotado por comunidades ribeirinhas da região amazônica e, embora haja muitas variações nas etapas do processo, ele pode ser dividido em coleta e seleção de sementes, sendo considerado por sua vez um processo longo. Em relação a preparação da massa (As sementes são fervidas até amolecer / 45-60 minutos), secas (fermentadas até 15 dias), extraídas (amêndoas cozidas, amassadas à mão), e por fim após o descanso surge o óleo decantado do óleo em bicas de inox, alumínio, etc. Esse processo quando extraído à sombra, o óleo é considerado de melhor qualidade por apresentar menor índice de acidez, ou seja, oxidação, mas o processo demora mais (até 30 dias) diferentemente do óleo realizado ao sol (Coelho, 2018 e Sousa, 2009).
A prensagem no procedimento de extração é um processo amplamente utilizado hoje em dia para a extração de óleos vegetais em pequena escala, pois as prensas contínuas são equipadas com parafuso ou rosca sem-fim ou que trituram o material e liberam o óleo. Durante esse processo, há muito atrito interno, o que aumenta a temperatura do material e do óleo, de modo que o termo "prensagem a frio" não é aplicável nessas condições. Mesmo sem aquecimento antes da prensagem, o calor gerado é suficiente para elevar a temperatura do equipamento e a torta (o material que sobra após a prensagem) (Coelho, 2018 e Sousa, 2009).
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