Porque Amamos - A natureza química do amor romântico
Por: Shirley Fernanda • 27/2/2017 • Resenha • 1.156 Palavras (5 Páginas) • 1.291 Visualizações
FACULDADE DO INSTITUTO BRASIL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA- FIBRA
DIREITO
SHIRLEY FERNANDA PAIVA
POR QUE AMAMOS
A natureza química do amor romântico
Anápolis
2017
SHIRLEY FERNANDA PAIVA
POR QUE AMAMOS
A natureza química do amor romântico
Trabalho apresentado ao Curso de Direito da FIBRA – Faculdade do Instituto Brasil de Ciência e Tecnologia, Atividade Prática Interdisciplinar I .
Prof. Tatiana
Anápolis
2017
Introdução
“O que é amor?”, refletiu Shakespeare. Sem dúvida muitas pessoas já se perguntaram isto, inclusive eu, entender como a mente reage ao “ estar apaixonado”, porque ficamos tão desesperados, felizes, eufóricos, mais bonitos, e deprimidos, sempre despertou meu interesse. Assim também como procurar entender porque algumas pessoas chegam a matar ou a morrer em nome do amor.
Foi tentanto responder esta pergunta (impossível de ser respondida) que mergulhei no resultado de uma pesquisa da antropóloga americana Helen Fisher, realizada com centenas de americanos que responderam a um questionário e se submeteram a ressonância magnética funcional (fMRI), para entender como funciona o cérebro de uma pessoa apaixonada.
A química do amor
Quando estamos apaixonados, a primeira coisa que acontece é uma mudança drástica na consciência: a pessoa amada passa a ser única, especial, onipotente e sumamente importante, seu mundo se transforma.
O “amor” é um complexo fenômeno neurobiológico, baseado em atividades cerebrais, que incluem principalmente certas moléculas, denominadas de hormônios, entre eles a dopamina, serotonina, epinefrina (adrenalina), norepinefrina (noradrenalina), endorfinas e oxitocina. Estes mesmos hormônios agem em pessoas viciadas em drogas, como a cocaína por exemplo, por isso temos sentimentos análogos a drogados quando estamos apaixonados, como picos de euforia seguidos por picos de depressão.
A paixão romântica pode causar mudanças drásticas de humor dependendo de como somos tratados pela pessoa amada, se a pessoa que amamos corresponde, temos exultação, empolgação, euforia, mas se somos rejeitados, sentimos raiva, tristeza, ansiedade, angústia e depressão. Segundo o escrito suíço Henri Frederic Amiel: “ Quanto mais um homem ama, mais ele sofre”.
As fases da paixão romântica e os hormônios envolvidos
Primeira fase – atração (feniletilamina e dopamina)
Quando nos sentimos atraídos por alguém, imediatamente nosso organismo começa a liberar dopamina e feniletilamina, são estes hormônios que nos fazem ficar com olhar de “peixe morto”, falando mais alto, rindo à toa e distraídos, mas como toda anfetamina, nosso organismo tende a se acostumar com a ação destes hormônios, necessitando de doses cada vez maiores para sentirmos o mesmo frenesi.
Segunda fase - a empolgação (epinefrina e norepinefrina) ;
Quando estamos apaixonados e nos deparamos com a pessoa amada, nosso organismo começa a liberar epinefrina (adrenalina) e norepinefrina (noradrenalina), daí sentimos o coração acelerado, as pulilas dilatarem e o rosto ruborizar.
Por serem estimulantes podem causar: energia excessiva, insônia e perda de apetite, esse aumento no nível de norepinefrina pode explicar porque temos facilidade em lembrar de detalhes da pessoa amada.
Terceira fase – obscessão (serotonina)
Um dos sintomas mais comuns de quem está apaixonado é a obsessão pela pessoa amada, ela tende a passar horas pensando e falando no amado, chega a perder noites de sono e até o apetite. Uma das explicações para isso é que os níveis de serotononina caem, ( com o aumento de epinefrina e norepinefrina os níveis de serotonina tendem a cair e dando este comportamento obsessivo).
A medida que o caso de amor se intensifica, a relação entre epinefrina/serotonina pode provocar uma compulsão em devanear, fantasiar, cismar e ficar obsecado pelo par romântico.
Quarta fase – ligação (Vasopressina/Oxitocina)
Como qualquer droga, o cérebro acostuma-se com as sensações de frenesi que estas substâncias podem causar, e vai precisar de doses cada vez maiores para sentir o mesmo, geralmente após dois ou três anos de paixão intensa, essas emoções diminuem e muitos casais tendem a se separar, mas se suportarem esta falta de emoções intensas, o cérebro automaticamente vai começar a liberar endorfinas (analgésicos naturais) e outros dois hormônios, a oxitocina e vasopressina, que agem como calmantes e são responsáveis pela ligação de um a a outro, a oxitocina é responsável pelos vínculos mais fortes, este mesmo hormônio é liberado durante o clímax sexual e pelas mães durante o parto e amamentação, isto explica a forte ligação mãe/filho.
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