Relatório Eletrocoagulação e Eletro Oxidação

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI

CAMPUS ALTO PARAOPEBA

ENGENHARIA QUIMICA

Relatório sobre a pratica experimental de Eletrocoagulação e Eletrooxidação

Dezembro, 2018

Resumo: O objetivo desses experimentos foi avaliar por meio de parâmetros físico-quimicos, os processos de tratamento de efluentes líquidos em escala laboratorial contendo corante Vermelho Congo por meio da Eletrocoagulação e da Eletrooxidação. Para o tratamento de eletrocoagulação, foi utilizando um reator em escala laboratorial, do tipo batelada, com eletrodos de alumínio, capacidade de 1 litro e densidade de corrente de 3 mAm-2, já para o tratamento com Eletrooxidaçao, foi utilizado um reator em escala laboratorial semelhante ao anterior, com eletrodos de alumínio, capacidade de 1 litro e densidade de 3 mAm-2. Ao final foi possível observar nestas condições a reduçao das percentagens de DQO, cor aparente e turbidez do efluente.

1. INTRODUÇÃO

A indústria têxtil apresenta efluentes com uma grande variação em sua composição e isso devido aos compostos químicos e ate mesmo fibras que são utilizados na sua produção. Atualmente, existem mais de 100 mil corantes disponíveis no mercado, possuindo uma produção anual de mais de 7.105 toneladas, sendo que de 10% a 50% desses corantes são descartados no efluente (KHANDEGAR; SAROHA, 2013), onde esse efluente gerado é caracterizado como fortemente colorido, e isso devido ao corante que não se fixa a fibra e acaba sendo assim descartado, o que acaba poluindo visualmente e criando alterações em ciclos biológicos o que afeta principalmente processos de fotossíntese e na oxigenação sistema de uma forma geral, o que afeta a fauna e a flora do ambiente. Além desse fato, estudos recentes têm mostrado que algumas classes de corantes podem ser cancerígenos e/ou mutagênicos. (KUNZ, et al., 2002).

Para evitar todos os problemas que o descarte desses efluentes gerados pela indústria têxtil geral, o CONAMA criou impostos referentes ao despejo dos mesmos em corpos hídricos, fazendo com que as indústrias precisem se adequar a essas normas para que não sofram com as multas, assim são utilizados processos para separar o corante da água como, por exemplo, a eletrocoagulação e a eletrooxidação, que são meios de tratamento que apresentam resultados satisfatórios na redução dos particulados.

1. MATERIAIS E MÉTODOS

As amostras usadas nesse experimento foram feitas em laboratório, com a função de se assemelhar a resíduos despejados pela indústria têxtil, sendo a composição do mesmo, água com a adição do corante Vermelho Congo, onde apresentava um coloração vermelha forte.

A determinação dos parâmetros cor e turbidez foram feitas aplicando o método de eletrocoagulação e eletrooxidação separadamente em uma única etapa, para que fosse possível uma comparação entre os dois métodos utilizados.

1. Experimento de Eletrocoagulação

O reator utilizado na eletrocoagulação do tipo em batelada consiste em um tanque retangular de acrílico contendo um volume útil de 1L. Contendo 50 mg de corante Vermelho Congo. É um sistema monopolar em paralelo, onde o  conjunto de eletrodos é constituído por oito placas, de íon alumínio, inseridas verticalmente no reator, a uma distância de aproximadamente 1 cm entre as placas, apoiado por uma base de sustentação, parcialmente imerso na solução, interligado a uma fonte de energia de corrente continua, fornecendo tensão na faixa de 0,45 a 3 V e intensidade de corrente na faixa de 2 a 3 A. Utilizando-se um multímetro para o acompanhamento e fixação da corrente e evolução da ddp durante todo o processo. O ensaio foi realizado à temperatura ambiente (19 – 29oC). Foi adicionada uma pequena quantidade se cloreto de sódio, 3,4 gramas, para poder acelerar a reação. E o tempo de eletrólise foi fixado em 20 minutos, baseado nos estudos de alguns autores que comprovaram que este intervalo de tempo foi suficiente para a redução de parâmetros como cor e turbidez do efluente têxtil.

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Imagem 1 : Montagem do reator de eletrocoagulação.

1. Experimento de Eletrooxidação

O reator utilizado na eletrooxidação do tipo em batelada consiste em um tanque cilíndrico de acrílico contendo um volume útil de 1L. Contendo 50 mg de corante Vermelho Congo. É um sistema monopolar em paralelo, onde o conjunto de eletrodos é constituído por duas placas, de íon oxido de titânio butenio e outra de titânio, inseridas verticalmente no reator, a uma distância de aproximadamente 1 cm entre as placas, apoiado por uma base de sustentação, parcialmente imerso na solução, interligado a uma fonte de energia de corrente continua, fornecendo tensão na faixa de 0,30 a 0,45 V e intensidade de corrente na faixa de 0 a 0,320 A. Utilizando-se um multímetro para o acompanhamento e fixação da corrente e evolução da ddp durante todo o processo. O ensaio foi realizado à temperatura ambiente (19 – 29oC). Foi adicionada uma pequena quantidade se cloreto de sódio, 4 gramas, para poder acelerar a reação. E o tempo de eletrólise foi fixado em 20 minutos, baseado nos estudos de alguns autores que comprovaram que este intervalo de tempo foi suficiente para a redução de parâmetros como cor e turbidez do efluente têxtil.