Relatório Células Galvânicas
Por: Amanda Azevedo • 17/12/2017 • Relatório de pesquisa • 1.722 Palavras (7 Páginas) • 677 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO - UFES
CENTRO DE CIENCIAS EXATAS – CCE
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA – DQUI
AMANDA MARSOLI AZEVEDO FEU
ANNA GONÇALVES MIRANDA
CÉLULAS GALVÂNICAS
Trabalho apresentado à disciplina de Química Geral Experimental II do Curso Química da Universidade Federal do Espírito Santo, como requisito parcial para avaliação.
Orientador: Marcos Benedito José Geraldo de Freitas
VITÓRIA
2017
- INTRODUÇÃO
As células galvânicas, também conhecidas como pilhas, são dispositivos eletroquímicos que armazenam energia elétrica na forma de reações químicas de oxirredução. É constituída por um ânodo, um cátodo, um eletrólito e uma ponte de salina, como mostra a figura abaixo.
[pic 1]
Figura 1- Células Galvânicas
A eletroquímica em si estuda os processos que ocorrem com a transferência ou transporte de cargas durante as reações de oxirredução. As células galvânicas que já foram supracitadas estão diretamente relacionadas a energia livre de Gibbs, que se dá por ∆G = - W, onde W é o trabalho realizado e este pode ser mecânico (=P∆V), elétrico (=nF∆E), dentre outros. O trabalho mecânico se dá pela multiplicação dos valores de pressão e variação de volume. Já o trabalho elétrico representa o produto do número de elétrons envolvidos, pelo Faraday, constante obtida pelo produto da constate de Avogadro pela carga do elétron, e pela diferença de potencial de redução. Portanto, a energia livre de Gibbs passa a possuir a seguinte forma:
[pic 2]
Como não há variação de volume nesses processos, a fórmula se reduz a:
[pic 3]
Sendo sabido que para que uma reação ocorra de forma espontânea a energia livre de Gibbs deve ser menor do que zero, esse trabalho (nF∆E) deve ser positivo e, consequentemente, ∆E (diferença de potencial de redução) deve ser maior do que zero para que haja espontaneidade.
Os potenciais de redução padrão (∆E°) são tabelados com base no Hidrogênio e definem como uma substância irá se comportar em relação a outra, sendo que a que possuir maior potencial reduz e a outra oxida. Quando se define que a substância oxidará, é necessária a inversão de sinal do potencial de redução padrão, e a diferença de potencial de redução se dará pela soma de ambos os potenciais. Os valores padrão têm como requisito a concentração de 1,0 mol.L-1. Quando as concentrações fogem desse valor, utiliza-se a chamada Equação de Nernst, dada por:
[pic 4]
Assim, se calcula a diferença de potencial para soluções que não se enquadram na concentração padrão. A concentração de sólido formado na redução é sempre de 1,o moç.L-1.
Recobrando a constituição da pilha, chama-se de ânodo a região onde se encontra a substância que irá oxidar, ou seja, a que perderá os elétrons para o meio, que serão transferidos para o cátodo, região onde se encontra a substância que irá reduzir, ou seja, a que pegará os elétrons do meio, transferidos através da ponte de salina, um sistema no qual está presente um sal altamente ionizável, em geral utiliza-se o cloreto de sódio, para realizar a condução iônica.
Existe também as chamadas Pilhas de Concentração, formada por dois eletrodos idênticos onde se varia apenas suas concentrações. Neste caso, a solução diluída sempre se comporta como o anodo e a solução concentrada como o catodo. Essa é uma situação na qual também se aplica a equação de Nernst.
- MATERIAIS E MÉTODOS
- MATERIAIS
Béquer 50 mL
Ponte de salina
ZnSO4 1,0 mol/L
ZnSO4 0,1 mol/L
CuSO4 1,0 mol/L
CuSO4 0,1 mol/L
Placa de Zn
Placa de Cu
NaCl 1,0 mol/L
Algodão
Esponja de aço
Multímetro
Conta gotas
Papel de filtro
- MÉTODOS
O experimento foi divido em três etapas. Na primeira delas montaram-se dois sistemas de células eletroquímicas para a formação de pilhas galvânicas. O sistema um estava constituído por uma placa de Zn e pela solução de ZnSO4 1,0 mol/L compondo o ânodo e por uma placa de Cu e pela solução de CuSO4 1,0 mol/L compondo o cátodo. O sistema dois estava constituído por uma placa de Zn e pela solução de ZnSO4 1,0 mol/L compondo o ânodo e por uma placa de Cu e pela solução de CuSO4 0,1 mol/L compondo o cátodo. Ao final da montagem de ambos os sistemas realizou-se a medição de diferença de potencial (DDP) com a utilização do multímetro e anotaram-se os resultados obtidos.
Na segunda etapa do experimento montaram-se dois sistemas de células eletroquímicas para a formação de pilhas de concentração. O sistema um estava constituído por uma placa de Cu e pela solução de CuSO4 0,1 mol/L compondo o ânodo e por uma placa de Cu e pela solução de CuSO4 1,0 mol/L compondo o cátodo. O sistema dois estava constituído por uma placa de Zn e pela solução de ZnSO4 0,1 mol/L compondo o ânodo e por uma placa de Zn e pela solução de ZnSO4 0,1 mol/L compondo o cátodo. Ao final da montagem de ambos os sistemas realizou-se a medição de diferença de potencial (DDP) com a utilização do multímetro e anotaram-se os resultados obtidos.
Na terceira etapa do experimento foram sobrepostas uma placa de Zn e uma de Cu e entre elas foi colocado um papel de filtro embebido com as soluções condutoras de CuSO4 e ZnSO4 1,0 mol/L. Com o auxílio de um multímetro mediu-se a DDP obtida.
- RESULTADOS E DISCUSSÃO
As diferenças de potencial de reações eletroquímicas podem ser previstas a partir de suas reações e energias potencial de redução padrão quando as molaridades das soluções são padrões (1,0 mol/L). Quando a concentração da solução não é a padrão, prevê-se tais resultados a partir da equação de Nernst, como foi explicitado na introdução deste relatório. Portanto, os resultados esperados calculados foram:
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