Relatório - Fabricação de Sabão
Por: Vitor Braga Finoti • 11/10/2015 • Relatório de pesquisa • 1.922 Palavras (8 Páginas) • 1.713 Visualizações
1 INTRODUÇÃO
1.1 O sabão
O sabão, de forma geral, é o resultado da reação química entre uma base forte (soda cáustica ou potassa cáustica) e algum ácido graxo, sendo obtido a partir de gorduras (de boi, de porco, de carneiro, etc) ou de óleos (de algodão, de vários tipos de palmeiras, etc.).
O aparecimento do sabão se deu em data incerta, já que as informações sobre o fato são tão variáveis que abrangem um período que se estende por quase dois milênios, a partir de 2.500 antes de Cristo. Uma das versões a respeito dessa descoberta diz que cerca de 600 anos antes de Cristo os antigos fenícios ferveram gordura de cabra com água e cinzas de madeira, produzindo dessa forma uma mistura pastosa com a qual limpavam o corpo.
De acordo com uma antiga lenda romana a palavra saponificação tem sua origem no Monte Sapo, onde realizavam sacrifícios de animais. A chuva levava uma mistura de sebo animal (gordura) derretido, com cinzas e barro para as margens do Rio Tibre. Essa mistura resultava numa borra (sabão). As mulheres descobriram que usando esta borra, suas roupas ficavam muito mais limpas. A essa mistura os romanos deram o nome de Sabão e à reação de obtenção do sabão de Reação de Saponificação. A primeira patente do processo de fabricação de sabão data de 1791.
1.2 Sabão e detergente
O sabão e o detergente são meios de limpeza e para remover gorduras e sujeiras usados em todo o mundo, muitas pessoas fazem o sabão em casa ou até compram o detergente ou o sabão no supermercado pois o seu uso sempre foi excencial.
Enfim qual a diferença entre o sabão e o detergente?
A diferença vem na poluição quando o detergente produz mais espuma e facilita a remoção de gorduras. O sabão não espuma tanto, mas não prejudica o ambiente.
1.3 Sabão e estequiometria
Cáuculos estequiométricos são fundamentais, para evitar desperdícios, de reagentes em excesso, percebe-se que a produção artesanal utilizando o óleo vegetal residual é uma medida mitigadora que reduz o impacto ambiental pós-consumo. Existem na literatura diversas receitas propostas, porém analisou-se a possibilidade de trabalhar com uma razão ótima de insumos objetivando uma eficiência no uso dos mesmos, redução de custos e que o produto final (sabão) se encontrasse em condições aceitáveis de uso e comercialização.( WILDNER, 2012)
1.4 Aproveitamento de óleo residual e desenvolvimento sustentável
O óleo vegetal residual, caso seja descartado pela rede de esgoto, pode provocar o entupimento das tubulações e aumentar em até 45% os custos de tratamento. O material pode ocasionar também sérios danos ambientais ao alcançar os corpos d’água, pois o óleo forma uma camada na superfície da água que impede a entrada da luz solar, diminuindo a fotossíntese, o oxigênio dissolvido, e, consequentemente, provoca a morte da fauna local (QI et al., 2009). Os solos são também impactados pelo óleo, pois este impermeabiliza-o, desestruturando e causando enchentes (FIGUEIREDO, 1995; FOLHA DO AMAPÁ, 2007; NOGUEIRA E BEBER, 2009; GALBIATI, 2012). Para dar conta destes problemas, há que se buscar alternativas tecnológicas e gerenciais de controle e prevenção da poluição como, por exemplo, o reuso do óleo vegetal residual de fritura no processo de saponificação. O sabão é um produto obtido a partir de uma hidrólise alcalina de uma gordura de origem vegetal ou animal. Além dos saponáceos, como sabão em barra, detergente líquido e sabão pastoso, o óleo vegetal residual pode ser matéria prima para outros produtos tais como: biodiesel, óleo para engrenagens, glicerina automotiva, tintas, etc. (NOGUEIRA e BEBER, 2009; WILDNER & HILLIG, 2012).
Contudo, a técnica de aproveitamento de óleo residual para fazer sabão, é mais utilizada, por ser, mais simples de ser feita, além de econômicas, fato este que desperta mais pessoas a se ponderarem no assunto, empresas ainda não utilizam em grande escala o óleo residual como matéria prima, e isto as impõe em uma responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos abrange fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, consumidores e os municípios, que são os titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos. Isto significa dividir as responsabilidades entre sociedade, iniciativa privada e poder público (MONTEIRO e ZVEIBIL, 2001; MEIRELES e ALVES, 2011).
2 OBJETIVOS
Mostrar a reação de saponificação, e a relação com a estequiometria foi um dos objetivos abordados na aula prática, sendo também possível ver as propriedades do sabão, suas características e como se faz um sabão reaproveitando o óleo animal ou vegetal que já tenha sido usado.
Esse óleo que iria ser jogado fora, se fosse parar em um destino errado ele poderia provocar uma grande contaminação se entra-se em contato com o solo e a água, então como consequência o sabão natural ajuda reduzir a poluição.
E alem disso também tem a condição financeira, onde você não gasta muito para fazer a receita do sabão que foi desenvolvida na aula pratica, já que a receita é econômica.
3 PARTE EXPERIMENTAL
3.1 Materiais
- 1 L de óleo
- 200 mL de soda líquida (hidróxido de sódio NaOH 50%)
- 20 mL de álcool
- Essência QSP (quantidade suficiente para)
- Corante QSP
- 20 mL de glicerina (OPCIONAL)
- Recipiente de plástico
- Bastão vidro, plástico ou madeira.
3.2 Procedimento
- Coar o óleo em uma peneirinha caso tenha alguma impureza visível.
- Colocar o óleo no recipiente de plástico ou no béquer.
- Acrescentar, aos poucos, o NaOH sob agitação lenta e constante.
- Mexer ininterruptamente durante 20 minutos.
- Acrescentar o corante.
- Acrescentar a essência.
- Acrescentar a glicerina.
- Acrescentar o álcool.
- Colocar na forma.
- Deixar esfriar por 24 horas e depois corte.
- Lavar todo material e organizar sua bancada.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Ação do sabão
O sabão assim como os detergentes prontos para ser usados, eles possuem em suas moléculas uma parte polar e outro apolar, onde a polar é hidrofílica ou seja tem “afinidade” com a água ao contrário da apolar que não tem “afinidade”. Na figura abaixo podemos observar a molécula de sabão:
...