Seminário do Artigo Toracoplastias A
Por: Rafassr • 20/3/2019 • Seminário • 1.510 Palavras (7 Páginas) • 232 Visualizações
Pontifícia Universidade Católica – IPUC – Engenharia Química – Química Orgânica II
Seminário do Artigo Tiaplacortones A − D: Alcaloides antimaláricos tiazina da esponja marinha australiana Plakortis lita
Anna Paula Ataide Pimenta
Rafaela Cristina Santana de Souza
Rebeka Abreu Alves Diniz
Belo Horizonte
Outubro 2018
Sumário
1. Introdução 3
2. Artigo Tiaplacortones A − D: Alcaloides antimaláricos tiazina da esponja marinha australiana Plakortis lita 5
2.1. Resultados e Discussão 5
2.2. Rota de Síntese 8
2.3. Conclusão 10
REFERÊNCIAS 11
Introdução
A malária é uma doença infecciosa significativa causada pelo parasita Plasmodium. É transmitida pela picada da fêmea do mosquito Anopheles. No Brasil, três espécies estão associadas à malária em seres humanos: P. vivax, P. falciparum e P. malariae. Mais raramente, pelo meio que coloque o sangue de uma pessoa infectada em contato com o de outra sadia.
Os sintomas mais recorrentes da doença são calafrios, febre alta, dores de cabeça e musculares, taquicardia, aumento do baço e delírios. No caso de infecção por P. falciparum, também existe uma chance em dez de se desenvolver o que se chama de malária cerebral, responsável por cerca de 80% dos casos letais da doença. Além dos sintomas correntes, aparece ligeira rigidez na nuca, perturbações sensoriais, desorientação, sonolência ou excitação, convulsões, vômitos e dores de cabeça, podendo o paciente chegar ao coma.
Deve-se seguir o Manual de Terapêutica da Malária, editado pelo Ministério da Saúde, e ser orientada pelos aspectos de Espécie de plasmódio – depende da espécie de plasmódio o paciente vai receber um tipo de tratamento; gravidade da doença - pela necessidade de drogas injetáveis de ação mais rápida sobre os parasitos, visando reduzir a letalidade.
Historicamente, os produtos naturais e seus derivados sintéticos têm desempenhado um papel significativo na descoberta e desenvolvimento de drogas antimaláricas.
Exemplos notáveis incluem artemisinina da planta medicinal chinesa Artemisia annua e quinina, que foi isolada da casca da árvore sul-americana Cinchona succirubra. Estes compostos levaram ao desenvolvimento de vários outros fármacos antimaláricos que são baseados nestes farmacóforos de produtos naturais.
No atual momento, há alguns medicamentos para o tratamento da doença. Um deles chama Clordox e o outro Doxialina (representada na primeira figura a seguir). Duas fórmulas foram essencialmente utilizadas nos anos 1980-1990 para a cura da doença que são elas: a Cloroquina (figura 2) ou a Primaquina. Porém o Plasmodium falciparum tornou-se resistente.
Figura 1: Estrutura química da doxicilina. [pic 1] Fonte:Enciclopédia Wikipédia, 2018. |
Figura 2: (±)-Cloroquina [7-cloro-4-(4-dietil-amino -1-metilbutilamino)-quinolina]. [pic 2] Fonte:Enciclopédia Wikipédia, 2018. |
Consequentemente, novos fármacos antimaláricos com novos alvos foram urgentemente necessários para combater o problema global da resistência aos medicamentos contra parasitas.
Embora a malária possa se desenvolver para uma forma grave com danos cerebrais, anemia e danos em órgãos vitais, ela tem cura, no entanto, deve-se ser adequadamente tratada.
Artigo Tiaplacortones A − D: Alcaloides antimaláricos tiazina da esponja marinha australiana Plakortis lita
Resultados e Discussão
Apesar dos dados preliminares recentes sobre uma vacina pré-eritrocítica (RTS, S) a prevenção da malária e o tratamento atualmente dependem de medicamentos de pequenas moléculas e controle de vetores.
Prevê-se que, mesmo que a vacina RTS, S seja aprovado para uso clínico, será implementado como parte de uma abordagem multifacetada que também incluirá medicamentos antimaláricos a fim de erradicar o parasita.
Apesar de existirem medicamentos utilizados para o combate à doença, a maioria já sucumbiu à resistência a drogas dos parasitas. Assim, é necessário sempre renovar os fármacos antimaláricos e combater o problema global da resistência aos medicamentos contra parasitas.
No estudo do artigo escolhido, foi gerado um acervo pelo fracionamento de HPLC de 18453 extratos otimizados obtidos de invertebrados vegetais e marinhos originários da Austrália tropical e temperada, China e Papua Nova Guiné. O fracionamento de cada extrato de biota foi realizado utilizando HPLC C18 de fase inversa analítica (11 fracções recolhidas por extrato) para gerar a biblioteca de fracções de 202983. Neste estudo atual, foi realizado o HTS13 de triagem otimizada em busca de novos compostos de chumbo antimaláricos da natureza.
A análise dos dados do HTS identificou três frações da esponja Plakortis lita (Plakinidae) que apresentou inibição significativa do crescimento contra os parasitas P. falciparum e não apresentou toxicidade para uma linhagem de rim embrionário humano.
O fracionamento guiado por bioensaio no extrato orgânico bruto de P. lita resultou no isolamento de quatro novos alcaloides derivados de tiazina, que denominamos tiaplacortonas A − D (1-4).
A esponja liofilizada e moída P. lita foi extraída com n-hexano, CH2Cl2 e CH3OH. O fracionamento guiado por bioensaio foi realizado nos extratos CH2Cl2 e CH3OH combinados usando várias interações de HPLC C18 de fase reversa (CH3OH / H2O / CF3COOH) e triagem biológica.
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