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TECNOLOGIAS PARA A PRODUÇÃO DE BIODIESEL

Por:   •  22/12/2022  •  Trabalho acadêmico  •  713 Palavras (3 Páginas)  •  86 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

        

        Atualmente, com o constante aumento na demanda por fontes de energia, a ampliação da consciência ecológica e o esgotamento das reservas de petróleo de fácil extração, aliado a um possível desenvolvimento econômico-social, têm incentivado pesquisas no sentido de desenvolver novos insumos básicos, de caráter renovável, para diversas áreas de interesse industrial (SANTOS, 2011). O uso em larga escala da energia proveniente da biomassa é apontado como uma grande opção que poderia contribuir para o desenvolvimento sustentável nas áreas ambiental, social e econômica (LÔBO; FERREIRA; 2011). Antes mesmo do diesel de petróleo, os óleos vegetais foram testados e utilizados como combustíveis nos motores do ciclo diesel. Por razões econômicas e técnicas, estes deram lugar ao diesel de petróleo (LÔBO et al., 2011). Hoje, no entanto, devido ao desgaste ambiental causado ao longo dos anos, tem dado prioridade a combustíveis ecológicos que substituam os combustíveis fósseis (SANTOS, 2011). Assim, no ano de 2002, o Ministério da Ciência e Tecnologia lançou o Programa Brasileiro de Desenvolvimento Tecnológico do Biodiesel – PROBIODIESEL que dava continuidade ao desenvolvimento do uso dos óleos vegetais como alternativa energética e tinha o objetivo fomentar a produção e o uso do biodiesel no país, de modo a atingir a viabilidade técnica (ESTEVAM, 2015).

        As aplicações do diesel fóssil têm grande destaque nas áreas de transporte e de geração de energias térmica e elétrica (FERREIRA, 2016). Desse modo, o biodiesel foi criado com a intenção de substituí-lo total ou parcialmente, visto que apresenta um comportamento satisfatório quando submetido ao funcionamento de motores térmicos (LÔBO et al., 2011). O biodiesel é em exemplo do emprego da biomassa para produção de energia. Este apresenta vantagens sobre o diesel de petróleo, pois não é tóxico e é proveniente de fontes renováveis, além da melhor qualidade das emissões durante o processo de combustão (SILVA, 2011).

        Além disso, a produção de biodiesel pode aumentar o valor agregado da produção agrícola por meio de processamento das oleaginosas, reduzir o risco de desabastecimento de derivados do petróleo importados e reduzir as importações de combustíveis, equilibrando as contas nacionais (BRAGA, 2012).

        Devido à sua grande biodiversidade e riqueza em plantas oleaginosas, o Brasil possui um grande potencial na produção do biodiesel, visto que dispõe de uma gama de matérias primas que podem ser utilizadas para este fim. O óleo de soja é a matéria prima mais abundante para a produção de biodiesel no Brasil, no entanto, o governo tem incentivado o uso de outras fontes na produção de biodiesel, como por exemplo, a mamona e a palma que são culturas típicas das regiões semiáridas nordestinas (ESTEVAM, 2015). Porém, o custo elevado dos óleos vegetais tornou o biodiesel não competitivo frente ao diesel de petróleo, visto que combustíveis alternativos ao diesel devem expor além da competitividade econômica, uma técnica de produção definida e aceita ambientalmente (SILVA, 2011).

        Neste cenário, surgem novas rotas tecnológicas, como o biodiesel obtido a partir de óleos e gorduras residuais e microalgas unicelulares, que na literatura são chamados de biodiesel de segunda e terceira geração, respectivamente (BASTOS; FRIGO; SANTOS; MARTINEZ ,MOREIRA; ALVES, 2015). Esse tipo te matéria prima desperta o interesse do mercado na medida em que não competem com áreas agrícolas ou com a alimentação humana (BASTOS et al., 2015). As microalgas em especial têm se mostrado uma fonte surpreende, visto que é a única fonte conhecida capaz de arcar com a demanda do mercado de biocombustíveis, além do cultivo em condições adversas, como regiões desérticas, águas degradadas, salinas ou salobras. Segundo BASTOS et al., (2015), ao fim do termino do processo de extração do óleo os resíduos culturais podem ser usados na produção de bioetanol, metano ou biofertilizantes, por possuir elevadas taxas de nitrogênio/fósforo, elevando, assim, seus níveis de vantagens.

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