A ATIVIDADE INDIVIDUAL
Por: André Ricardo Costa • 2/11/2021 • Artigo • 2.192 Palavras (9 Páginas) • 101 Visualizações
ATIVIDADE INDIVIDUAL
Matriz de análise | |
Disciplina: Inovação Estratégica | Módulo: |
Aluno: André Ricardo O. Costa | Turma: |
Tarefa: Atividade Individual | |
Introdução | |
Empreendedorismo, termo que tem o significado de origem francesa: “entrepreneur” ato de assumir risco, começar de novo, para Drucker (1974) empreendedorismo é: prática; visão de mercado; evolução, não sendo nem ciência nem arte, e sim uma prática. No Brasil, segundo dados da pesquisa do Global Entrepreneuship Monitor (GEM, 2019), realizada pelo Serviço Brasileiro de apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae, 2019) e pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP, 2019), três em cada dez adultos entre 18 e 64 anos, possuem uma empresa, tornando-se o primeiro do ranking mundial em empreendedorismo. Além disso, empreender, é o terceiro maior sonho do brasileiro, abaixo da compra da casa própria e viajar pelo país. Leva-se a entender que o brasileiro possui a caracterísitica empreendedora nata, lançando mão da criatividade, improvismo e adaptalidade, contudo, há de se observar a situação entre o empreendedorismo por necessidade ou por oportunidade. Além disso a inovação possui duas frentes importantes a serem mencionadas, a exploração, na qual se busca oportunidades, novos recursos, propostas e soluções, formas diferentes de se fazer e resolver problemas e a explotação, que utiliza essas oportunidades e soluções, extraindo o seu potencial. O objetivo dessas duas frentes é transformar em propostas que viabilizam o negócio em sí. | |
Motivos que podem levar uma ideia empreendedora ao fracasso | |
De acordo com Pereira (2021, p.8 apud Akdeniz, 2014) inovar é importante para se manter a frente do mercado, valorizar a sua marca, o aumento do marketshare, atrair bons talentos, além de se ter a oportunidade de ter a versatilidade em adaptação. Seguem alguns dos motivos que podem levar uma ideia empreendedora ao fracasso: A falta de inovação constante é um dos motivos de fracasso de ideia empreendedoras, por exemplo, empresas que já foram referência em seu tempo, passaram a ser ultrapassadas com o passar do tempo. A Kodak foi uma empresa inovadora, lançou a máquina fotográfica mais acessível do mundo, qualquer pessoa poderia ser um fotógrafo ao custo de 1 dólar, popularizando e criando um mercado. Contudo, se acomodou, mesmo tendo criado a foto digital, preferiu não levar a ideia a diante, pois, o seu faturamento provinha grande parte dos filmes vendidos. A sony, por outro lado, investiu na inovação, criando um mercado de fotografias digitais, abrindo espaço para máquinas digitais, armazenamentos para fotos digitais, smartphones etc. Há vários exemplos nesse sentido, IBM, Motorola, Blockboster, Palm, Nokia, todas empresas inovadoras em sua época, que não observaram o mercado, suas necessidades ou até mesmo desejos. Além disso, o desequilíbrio entre os perfis inovadores (habilidades de descoberta) e perfis executores (habilidades de entrega), há a necessida que os dois perfis atuem de forma harmoniosa, os que buscam a inovação e o pensamento diferenciado, mas também é essencial que haja os que tirem a ideia do papel, não ficar apenas no abstrato. Não se atentar a importância dos processos criativos, que costumam ser complexos e precisam ser gerenciados de perto, não desenvolver filosofias que favoreçam e sustentem o ambiente e o DNA inovador, habilidades inerentes fundamentais para equilibrar os fatores humano (desejável), de negócios (viável) e técnico (factível). Outro fator, é o da busca pelo produto perfeito. A demora para se lançar o produto, ou serviço, pode deixá-lo obsoleto. Empresas como startups, sobretudo empresas de softwares, possuem a característica de utilizar metodologias de projetos ágeis como o framework, scrum, acelerando o processo de entrega contínua, ferramentas como o Canvas, Business Model Generation, “Uma linguagem comum para descrever, visualizar, avaliar e alterar modelos de negócios” (OSTERWALDER e PIGNEUR, 2011, p. 12). Um mapa visual em que se pode verificar todos as principais fases da empresa, dividido em nove blocos que vão se interligando, possibilitando alterações, umas das grandes vantagens do Canvas, que deve ser interativo, permitindo modificações, inserções e adaptações, possibilitando buscar a melhor montagem. O Canvas fornece uma estrutura que facilita a exploração, para Osterwalder e Pigneur (2011), a chamada “atitude de design” que serve para auxiliar no pensamento, instigando possibilidades de inovação. A profissão de design exige a cultura de prototipagem, auxiliando nos testes antes da implementação, levando a lançar os produtos ou serviços, para serem adaptadas já no mercado, permite que empresas, obtenham um modelo de negócio viável, onde “errar” o mais rápido possível, evita riscos maiores. Por outro lado, na busca de inovar, as empresas acabam se esquecendo do planejamento bem fundamentado e do andamento prático do mercado, justamente, porque com a competição por inovação sendo tão acirrada, os produtos acabam sendo lançados desatualizados perante o que está à disposição. A Motorola (empresa símbolo de inovação e patentes, que acabou sendo comprada pela Google somente pelas suas patentes, posteriormente, foi revendida para o grupo chinês, Lenovo) é um exemplo clássico, com o seu projeto Iridium, empresa criada no final da década de 1980, que prometia inovar na indústria recém-criada de telefonia móvel, tinha como objetivo criar um serviço em que uma constelação de 77 satélites pudesse cobrir todas as regiões do mundo, inclusive as mais remotas, foi um alto investimento, porém, nesse mesmo período, o mercado sofria uma transformação tecnológica significativa, expandindo de forma exponencial, e os concorrentes, inviabilizaram o projeto, com torres terrestres mais acesiveis ao publico alvo. Segundo Porter (1986), existem cinco forças competitivas que materializam a natureza da competição, a ameaça de novos entrantes, o poder de barganha dos fornecedores, o poder de barganha dos clientes, a ameaça de produtos substitutos e a rivalidade entre concorrentes, nesse caso, na ameaça de produtos substitutos, um bem pode ser consumido em substituição de outro, se há opções de produtos ou serviços similares no mercado, eles podem ser comparados pelo consumidor, resultando na avaliação entre preço, qualidade e desempenho, houve falta de visão de mercado, desequilíbrio no planejamento, o alto custo pela inovação e tecnologia, inviabilizou o produto, resultando em um prejuízo de US$ 10 de dólares. Outros exemplos de que uma ideia empreendedora precisa de planejamento, Sony com o betaMax versus Videocassete, Sega com o seu Dreamcast, versus Playstation, produtos inovadores, porém, inviabilizados pela concorrência, seja pelo custo, seja pelas parcerias chaves e estratégicas. | |
Como evitar a mortalidade das empresas nos primeiros anos | |
Segundo o SEBRAE (2020), os maiores motivos da mortalidade nos 5 primeiros anos, são a falta de Planejamento prévio, Gestão empresarial e Comportamento empreendedor. É essencial fazer pesquisa de mercado, utilizar ferramentas como Canvas, mapa de empatia (mapeando as dores, necessidades e desejos dos clientes), planejamento prévio e buscar o empreendedorismo de oportunidade. Além disso o aperfeiçoamento e inovação constante de produtos e serviços e investir em capacitação. Fator primordial, é procurar se antecipar aos fatos e tendências, um exemplo bem famoso é o da Netlfix, começou como uma locadora de filmes à distância, na qual o cliente recebia o produto em casa e poderia devolver via correio (algo já diferente da concorrente já estabelecida, Blockbuster). Analisando o mercado, resolveu se antecipar, entrou para o negócio de streaming on demand, aperfeiçoando constantemente o UX (User Experience), tornando o serviço acessível a grande maioria de crianças à idosos, além, é claro, de se reinventar lançando as suas próprias produções e tendências (lançamentos com grandes filmes via streaming). A inovação e a cultura da ideia empreendedora são essenciais para a sobrevivência de uma empresa, porém, mais do que isso, agregar valor ao produto ou serviço, são um grande diferencial. Citarei um exemplo prático, um petshop de bairro, que fica a menos de 3 km da PETZ (grande franquia que oferece desde rações, tosas e venda de animais de estimação), presta um serviço bem interessante, principalmente durante a pandemia, ao levar um animal de estimação pea primeira vez, a atendente cria um banco de dados, na qual se contém, o nome, a idade, a ração preferida, a raça, o nome dos donos, se tem crianças, produtos de higiene e até mesmo, a data das vacinas e remédios recorrentes se houver, além de um contato via whatsapp 24 horas para consulta via veterinário. O que me chamou a atenção, foi o recebimento de mensagens referentes as vacinas, se a ração está acabando e o diferencial, todos os produtos são oferecidos com preços abaixo do grande concorrente, a PETZ, a empresa tem tabelado de perto, pois busca a fidelização e mais, oferece comodidade, já que se houver pedidos recorrentes e dependendo da distância, entrega na residência, sem custo. A empresa foi fundada em janeiro de 2020, ou seja, na eminência da crise epidêmica no Brasil e se reestruturou moldano o seu atendimento, os donos confirmaram que tiveram que cortar custos sim, porém, se moldaram conforme a necessidade do cliente, já que, pesquisou o seu maior concorrente, foi ex funcionário da PETZ, então, conhecia alguns fornecedores e trabalha com o lucro na margem, o que viabiliza o negócio, é a frequência de banhos e tosas, além dos produtos agragados, ração, biscoitos, brinquedos e o serviço de veterinário, que tem como parceria. | |
Conclusão | |
As empresas além de inovadoras, precisam de um planejamento constante de estruturação e se reinventar constantemente. As mudanças e o crescimento, acontecem de forma exponencial, o que uma Kodak demorou décadas para se tornar uma “gigante” do segmento, tornando-se referência, um Nubank, Loggi, 99, Pagseguro tidas como empresas “unicórnios” (termo criado em 2013 por Aileen Lee, denominando empresas com valor de mercado acima de 1 bilhão de dólares) que cresceram de forma exponencial, em bem menos de uma década. Empresas inovadoras que desafiam o status quo, desenvolvendo uma tendência de aproximação, mais humanizada, com preocupações ambientais, linguagem mais descolada e acima de tudo, transformando produto em prestação de serviço, com foco na experiência do cliente. Esse tipo de tendência, tende a mudar o mercado, por exemplo, empresas centenárias como a Coca-Cola, para se manter viável, se reinventou ao longo da história, adquirindo produtos mais saúdaveis, regionalizando a marca (a Fanta possui vários sabores dependendo da região), o guaraná Jesus, da região Norte, foi adquirido, mas não mudou em nada, pois através de pesquisas, considerou o gosto do cliente (mapa de empatia). Bancos como o Itaú (mais de 90 anos de história, maior banco da américa Latina e uma das marcas mais valiosas do Brasil), teve que se reestruturar em detrenimento dos novos entrantes no mercado, as chamadas Fintechs, Nubank, Banco Original, B6, Banco Inter e Corretoras com a XP e Easyinvest, empresas com a cultura startup, totalmente focadas na experiência do cliente, na linguagem informal, mas ainda sim, mantendo o aspecto de segurança (fundamental para o segmento). O sistema de NPS (Net Promoter Score), que lida com a satisfação do cliente, que se estiver satisfeito, é muito mais propício a realizar negócios (empréstimos, investimento etc.), o que reforça a análise de se atentar ao cenário, do empoderamento do cliente, na tecnologia disponibilizada e mais, na humanização do tratamento com quem próprio cliente. A inovação vai além da tecnologia, que serve como ferramenta, um meio para se proporcionar uma boa experiência, valorizar o que as pessoas apreciam muito, o seu tempo. É importante salientar, a importância em se buscar o DNA inovador, ao contrário do que se pensa é possível desenvolver a criatividade e incentivá-la. Algumas empresas já possuem o DNA inovador intriseco e isso é devido ao pensamento e a cultura dos fundadores se basear nessa vertente, outras, buscam colocar profissionais experientes com esse tipo de perfil em posições estratégicas, disseminando essa característica. | |
Referências bibliográficas | |
Disponível em: https://administradores.com.br/noticias/como-sua-empresa-vai-morrer-em-10-anos. Acesso em 20 de jun. de 2021. Disponivem em: https://administradores.com.br/noticias/iridium-o-fracasso-que-ensinou-a-motorola-e-ao-mundo-a-forca-devastadora-da-inovacao. Acesso em 27 de jun. de 2021. PORTER, M. Estratégia Competitiva- Técnicas para análise de indústrias e da concorrência. São Paulo: CAMPUS, 1986. OSTERWALDER, Alexander; PIGNEUR, Yves. Business model generation: inovação em modelos de negócios. Rio de Janeiro: Alta Books, 2011. Disponível em: https://exame.com/blog/inovacao-na-pratica/a-era-das-organizacoes-exponenciais/. Acesso em 20 de jun. de 2021. Disponível em: https://exame.com/pme/brasil-e-o-primeiro-em-ranking-de-empreendedorismo/. Acesso em 20 de jun. de 2021. Disponível em: https://ibqp.org.br/wp-content/uploads/2021/02/Empreendedorismo-no-Brasil-GEM-2019.pdf. Acesso em 21 de jun. de 2021. DRUCKER, P. F. O gerente Eficaz. São Paulo: EDITORA ZAHAR, 1974. Disponível em: https://resultadosdigitais.com.br/blog/o-que-e-nps/. Acesso em 21 de jun. de 2021. AKDENIZ, C. Innovation playbook: 7 secrets of most innovative companies. [s.l.]: Best Business Books, 2014. Disponível em: https://revistapegn.globo.com/Startups/noticia/2020/02/10-startups-estao-perto-de-virar-unicornios-saiba-quais-sao.html. Acesso em: 22 de jun. de 2021. Disponível em: https://revistapegn.globo.com/Negocios/noticia/2020/10/conheca-historia-do-guarana-jesus-o-popular-refrigerante-do-maranhao.html. Acesso em 22 de jun. de 2021. Disponível em: https://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/UFs/SP/Pesquisas/CAUSA%20MORTIS_vf.pdf. Acesso em 21 de jun de 2021. | |
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