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A Argonização científica do trabalho: o enfoque clássico

Por:   •  6/11/2017  •  Resenha  •  794 Palavras (4 Páginas)  •  332 Visualizações

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FARIA, José Henrique de. A organização científica do trabalho: o enfoque clássico. In: Economia política do poder: uma crítica da teoria geral da administração. Curitiba: Juruá, 2008.  

No capítulo 6, A organização científica do trabalho: O enfoque clássico, encontra-se as concepções de Taylor, Ford e Fayol, a respeito do estudo sobre Organização Científica do Trabalho – OCT, tendo o taylorismo e o fordismo nos Estados Unidos e o fayolismo na França. No princípio da OCT encontra-se o controle sobre o trabalho, seu objetivo é aumentar a eficiência do fluxo de trabalho, aprimorar o uso de espaço disponível, melhorar o controle sobre o processo de fabricação, aumentar a produtividade – diminuir o tempo de não-trabalho – e proporcionar flexibilidade. Fica então estabelecido pela Organização Científica do Trabalho, que toda definição sobre o trabalho, todo o processo essencial e todos os padrões de desempenho são definidos pela hierarquia superior, o que significa que o trabalhador não cria seu trabalho, mas adapta-se a um trabalho determinado.

O ambiente organizacional no qual Frederick W. Taylor vai basear seus estudos refere-se a empresas de produção de peças que exigiam dos trabalhadores ritmos de trabalho cuja execução era exaustivo e nas quais o desperdício era significativo, seu estudo tem como suporte a ideia de que quanto mais o indivíduo trabalha, mais o mesmo faz por merecer recompensas espirituais, pois alguns são possuidores da virtude de pensar e devem fazê-lo para comandar os que receberam a graça de executar. Taylor em seus discursos adota a doutrina do capitalismo industrial, onde propunha o máximo de prosperidade ao capitalismo e ao assalariado, contudo, sua fala resumia no aproveitamento total do homem. Com isto, a teoria taylorista refere-se a organização científica do trabalho reforçando a divisão entre uma elite administrativa – apta ao comando, é dada a inteligência e, quem sabe, a bondade de simplificar o trabalho, e uma massa de trabalhadores – inapta à inteligência, é oferecida a liberdade de trabalhar ou não naquelas condições.

O fordismo tem um alcance que ultrapassa a fábrica, tornando-se a expressão política da acumulação capitalista. Henry Ford foi ao mesmo tempo um visionário e um empresário industrial que se assemelha ao modelo de capitalista descrito por Marx – “A história da sociedade até aos nossos dias é a história da luta de classes” – (MANIFESTO COMUNISTA, 1848). O modelo fordista de produção é a passagem da produção artesanal, para a produção em série, no qual nenhum operário deve ter mais do que um mesmo ritmo, um mesmo procedimento e uma mesma posição física, visando maior lucro independente das condições de seus trabalhadores. Esse modelo é claramente retratado em um famoso filme, Tempos Moderno, tendo como principal ator, Carlito, incorporado por Charles Chaplin, que no filme é sujeitado a alienação e a desumanização em seu local de trabalho. Ainda na época de Ford, a mulher servia apenas para ficar em casa, e àquelas mulheres que trabalhavam não faziam jus ao referido salário, ele ainda pretendia controlar seus trabalhadores na fábrica e definir seu modo de vida fora dela. Sua filosofia, portanto, incluía tirar o máximo do trabalho que um operário poderia executar, exercer o máximo de controle sobre o processo de trabalho e de produção e controlar ao extremo a vida dos trabalhadores dentro e fora da fábrica.

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