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A CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADE DE GÊNERO

Por:   •  9/6/2019  •  Trabalho acadêmico  •  7.926 Palavras (32 Páginas)  •  161 Visualizações

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SUMÁRIO

RESUMO        2

INTRODUÇÃO        2

1.        DIVERSIDADE CULTURAL        3

2.        CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADE DE GÊNERO        4

3.        IDENTIDADE DE GÊNERO        6

4.        RELAÇÃO ENTRE IDENTIDADE DE GÊNERO E PAPEL SOCIAL DE GÊNERO        9

5.        SEXUALIDADE OU GÊNERO        9

6.        IDENTIDADE DE GÊNERO NAS ESCOLAS        10

7.        FAMÍLIA E ESCOLA        19

8.        ESTEREÓTIPO DE GÊNERO        21

CONCLUSÃO        23

REFERÊNCIAS        24


RESUMO

O presente trabalho tem por objetivo discutir a produtividade do conceito de gênero como ferramenta teórica e política, abalando certezas tão firmemente alicerçadas em torno das diferenças biológicas, que serviram durante muito tempo para justificar as desigualdades entre homens e mulheres. Percebemos que em nossa organização social, deparamos com uma interação da identidade de gênero, tendo esses processos seu início nos primeiros anos de vida e estruturando-se simultaneamente de forma integrada. Desde cedo, inicia-se uma série de normas, regras e preferências que serão ditadas pela sociedade, diferenciando claramente o que se espera de um menino ou de uma menina em termos de papel sócio sexual. Regras de papel de gênero, que deverão ser internalizadas para que possam ser aceitos pela sociedade como indivíduos masculinos ou femininos.

INTRODUÇÃO

A sociedade atualmente ainda demonstra traços marcantes de machismo, discriminação social, étnica e racial, além das discriminações de gênero. E isto, faz-se através de discursos e práticas, os grupos sociais distintos por classe, etnia, gênero e orientação sexual são alvo de exclusão, e principalmente preconceitos e discriminação, especialmente no ambiente escolar.

As práticas sociais são construídas historicamente e os nossos aspectos acerca das coisas do mundo são subjetivados por nossos vínculos sociais. Assim, o ambiente escolar é sumamente importante para se discutir e transformar os conceitos de mundo e de existência, e das práticas e discursos sociais por meio do acesso ao conhecimento. Entender e combater as diferentes formas de discriminação e de exclusão social é um desenvolvimento importante para o grupo docente pensar acerca da dimensão pedagógica de suas ações no cotidiano escolar e também para além do contexto da sala de aula, pois isso pode ajudar para mudanças no desenvolvimento de socialização, desconstruindo essencialismos e preconceitos.

O interesse por este tema surgiu após observações feitas dentro de uma sala de aula, na qual meninas sempre brincavam entre elas e meninos entre eles. E quando ambos os gêneros se interessavam com a brincadeira do gênero oposto era considerado anormal, e segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI) (1998), não se deve delimitar as atividades sugeridas para as crianças de ambos os gêneros baseado em parâmetros estereotipados.

  1. DIVERSIDADE CULTURAL

 Para Anete Abramowicz (2006, p12) “diversidade pode significar variedade, diferença e multiplicidade. A diferença é qualidade do que é diferente; o que distingue uma coisa de outra, a falta de igualdade ou de semelhança”. Nesse sentido, podemos afirmar que onde há diversidade existe diferença.

Marisa Vorraber Costa (2008) afirma que a diferença não é uma marca do sujeito, mas sim uma marca que o constituem socialmente, esse estabeleceu como uma forma de exclusão, ser diferente na educação ainda significa ser excluído e/ou ser subrepresentado nas instâncias sociais. Enxergar e compreender que somos todos diferentes para estabelecer a existência de uma diversidade cultural no Brasil, é insuficiente para combate e acabar com os estereótipos e os estigmas que ainda marginalizam milhares de crianças em nossas escolas e milhares de adultos em nossa sociedade. Maria Vera Candau (2005) afirma que:

“Não se deve contrapor igualdade a diferença. De fato, a igualdade não está oposta à diferença, e sim à desigualdade, e diferença não se opõe à igualdade, e sim à padronização, à produção em série, à uniformidade, a sempre o “mesmo”, à mesmice”. (CANDAU, 2OO5, p. 19). Reconhecer a diferença é questionar os conceitos homogêneos, estáveis e permanentes que excluem o ou a diferente. As certezas que foram socialmente construídas devem se fragilizar e desvanecer. Para tanto, é preciso desconstruir, pluralizar, ressignificar, reinventar identidades e subjetividades, saberes, valores, convicções, horizonte de sentidos. Somos obrigados a assumir o múltiplo, o plural, o diferente, o híbrido, na sociedade como um todo (CANDAU, 2005).

Falar sobre diversidade não pode ser só um exercício de perceber os diferentes, de tolerar o “outro”. Antes de tolerar, respeitar e admitir a diferença é preciso explicar como essa diferença é produzida e quais são jogos de poder estabelecido por ela. Como nos alerta Tomaz Tadeu da Silva (2000), a diversidade biológica pode ser um produto da natureza, mas o mesmo não se pode dizer sobre a diversidade cultural, pois, de acordo com autor, a diversidade cultural não é um ponto de origem, ela é em vez disso um processo conduzido pelas relações de poderes constitutivos da sociedade que estabelece “outro” diferente do “eu” e “eu” diferente do “outro” como uma forma de exclusão e marginalização.

Portanto, tendo a diversidade cultural presente na escola, um sistema educacional precisa oferecer um ensino ajustado na igualdade e respeito às características individuais, sejam elas advindas de habilidades intelectuais, cultural, étnica, religiosa, gênero, ou qualquer outro aspecto que o diferencie. Diante de tais questões, é preciso que a diversidade cultural deve ser abordada com maior intensidade nos contextos educativos, visando a superação de preconceitos existentes na sociedade na qual estamos inseridos.

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