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O conceito de identidade

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Por:   •  6/5/2013  •  Artigo  •  338 Palavras (2 Páginas)  •  709 Visualizações

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No sentido de precisarmos melhor o que entendemos por identidade, e qual a sua relação com conceitos da família do conceito ‘comunidade’, resolvemos apoiar-nos na obra “Social Identity”, de Naomi Ellemers, Russel Spears e Bertjan Doosje (Blackwell Publishers, Massachusetts, 1999 e 2000), autores mais conhecidos na psicologia social como NABERU ou a ‘escola de Amsterdão’ sobre identidade social.

Os autores começam por salientar, na Introdução, que existem três níveis de análise que acentuam a perspectiva interaccionista e dinâmica que têm da identidade:

1) Contexto:

Conforme a audiência em presença (contexto comparativo: a importância dos outgroups particulares e a forma como o ingroup se compara a estes) aquando das ameaças à identidade do grupo, assim diferem as estratégias de defesa, ou seja, as respostas de relevo do ingroup que pareçam razoáveis e não violem definições consensuais da realidade social (não tendo tanta importância as convicções privadas quanto ao valor do grupo).

Por outro lado uma visão consensual sobre as características do grupo [consenso interno ou geral?] parece limitar a facilidade dos membros em reclamar a superioridade deste.

2) Compromisso:

De acordo com a posição inicial de Tajfel e de Turner (1979) a identificação ingroup ou compromisso com o grupo (ligação a um grupo particular num contexto particular: uma variável individual num sentido cross-cultural) não deve ser vista só como uma variável de resposta que reflecte a atractividade do grupo de acordo com o status quo. De acordo com a teoria da auto-categorização (Turner, 1987) a identificação das pessoas com determinado grupo afecta a forma como lidam com a pertença a ele; isto determina o que vai ser sentido pelas pessoas como ameaçador (as suas percepções sociais) e as suas respostas a essas ameaças. Esta noção dinâmica de pertença permite perspectivar melhor as relações.

Os altamente identificados protegem a imagem do grupo e esforçam-se por ele; os pouco identificados preocupam-se mais com a imagem pessoal e objectivos pessoais (o que não é moralmente condenável ou socialmente indesejável). Por exemplo grande coesão grupal em grupos que rejeitam normas mais pró-sociais pode fazer deles grupos socialmente perigosos.

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