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A CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA SOBRE A ADMINISTRAÇÃO E SUAS PRINCIPAIS TEORIAS

Por:   •  5/11/2017  •  Projeto de pesquisa  •  2.508 Palavras (11 Páginas)  •  338 Visualizações

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CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA SOBRE A ADMINISTRAÇÃO E SUAS PRINCIPAIS TEORIAS

Devido o advento da Revolução Industrial, que teve início do século XVIII, houve um crescimento da produção, bem como a tentativa de redução dos custos da mesma.

Com o passar dos anos há um avanço no número de indústrias, empresas, máquinas e produtos, e o mercado naturalmente se encontra com alta demanda, além do fato da concorrência entre estas empresas tornar-se “selvagem”, pois todos querem aumentar o lucro. Porém como aumentar o lucro? Somente com o aumento das vendas, acerto de salários ínfimos com os funcionários e/ou aumento da jornada de trabalho?

Essas atitudes foram tomadas por muitos donos de empresas por muitos anos. No entanto, algumas pessoas foram mais longe e desenvolveram métodos que mais tarde se tornaram teorias da Administração, o que fez desta uma ciência pela primeira vez.

ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA

Uma dessas pessoas foi o americano Frederick Winslow Taylor no início do século XIX. Segundo Taylor, o principal objetivo da administração deve ser assegurar o máximo de prosperidade ao patrão, e ao mesmo tempo, o máximo de prosperidade ao empregado.

De acordo com CHIAVENATTO (2006), Taylor assegurava que as indústrias de sua época padeciam de males que poderiam ser agrupados em três fatores:

- Vadiagem sistêmica por parte dos operários;

- Desconhecimento, pela gerência, das rotinas de trabalho e do tempo necessário para sua realização;

- Falta de uniformidade das técnicas ou métodos de trabalho;

Taylor inicialmente concentrou seus estudos nos operários, e através da padronização dos movimentos e ação do funcionário, posição e padronização das ferramentas, e com a cronometragem do tempo, sempre com o foco em diminuir o mesmo, ele foi aumento o rendimento do trabalho.

Os trabalhadores da época não eram qualificados, visto que as consequências da Revolução Industrial eram recentes, o desemprego aumentava drasticamente e as pessoas buscavam meios de se inserir no “novo” mercado de trabalho. Desta forma, Taylor não tinha interesse e não se via com a obrigação de qualificar seus funcionários. Desta forma, aplicando seus conceitos Taylor conseguiu aumentar o rendimento do trabalhador, com uma maior produção, menor desperdício, perdas e sem ter que contratar novos funcionários para manter a demanda.

Além disso, na visão de Taylor o funcionário não tinha o direito de questionar o que lhe era ordenado. Em suma, o gerente tem o dever de mandar, e o trabalhador obedecer.

Para Taylor, as bases de aplicação da Administração Científica (Chiavenatto, 2006) são:

- Estudo do tempo e padrões de produção;

- Supervisão funcional;

- Padronização de ferramentas e instrumentos;

- Planejamento de tarefas e cargos;

- Princípio da execução;

- Utilização da régua de cálculo e instrumentos para economizar tempo;

- Fichas de instruções de serviços;

- Prêmios de produção pela execução eficiente das tarefas;

- Definição de rotina de trabalho;

FORDISMO

Henry Ford, utilizando os princípios de Taylor, baseia sua teoria que ele mesmo denominou como “Fordismo” na produção em série e em massa. Diante disso, para atingir com maior sucesso este objetivo, determinou que o produto, maquinário, material, mão de obra e o desenho do produto fossem padronizados, o que proporciona o custo mínimo de produção. De fato, sua maior obsessão era tornar o automóvel tão barato que todos poderiam compra-lo.

Umas das principais características do Fordismo foi o aperfeiçoamento da montagem. Os veículos eram montados em esteiras rolantes que se movimentavam e o operário ficava praticamente parado, realizando uma pequena etapa da produção, o que não exigia nenhuma qualificação do trabalhador, semelhante ao que foi proposto por Taylor.

Além disso, considerando esta produção em massa, Ford esperava em contrapartida um consumo em massa.

Em resumo, Ford adotou três princípios básicos:


- Princípio de intensificação: consiste em diminuir o tempo de duração com o emprego imediato dos equipamentos e da matéria-prima e a rápida colocação do produto no mercado;


- Princípio de economicidade: consiste em reduzir ao mínimo o volume do estoque da matéria-prima em transformação. A velocidade da produção deve ser rápida;


- Princípio de produtividade: consiste em aumentar a capacidade de produção do homem no mesmo período (produtividade) por meio da especialização e da linha de montagem;

TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO


Enquanto Taylor focou seus estudos e métodos no processo operacional, o engenheiro francês Henry Fayol focou sua análise sobre todos os processos da administração: planejamento, organização, direção e controle. Fayol desta forma foi o responsável pela elaboração da Teoria Clássica da Administração, onde o objetivo também era aumentar a eficiência da empresa, mas não somente na produção, e sim em todos os departamentos e atividades.

Uma das principais determinações de Fayol foi determinar que a empresa deveria centralizar a autoridade nas mãos de uma única pessoa.

Fayol colaborou para que o papel dos executivos ficasse mais nítido, de forma que identificou 14 princípios para que a administração seja eficaz:

- Divisão do trabalho: dividir o trabalho em tarefas especializadas e destinar responsabilidades a indivíduos específicos;

- Autoridade e responsabilidade: a autoridade sendo o poder de dar ordens e no poder de se fazer obedecer. Estatutária (normas legais) e Pessoal (projeção das qualidades do chefe).

- Disciplina: tornar as expectativas claras e punir as violações;

- Unidade de Comando: cada agente, para cada ação só deve receber ordens, ou seja, se reportar à um único chefe/gerente;

- Unidade de Direção: os esforços dos empregados devem centrar-se no atingimento dos objetivos organizacionais;

- Subordinação: prevalência dos interesses gerais da organização;

- Remuneração do pessoal: sistematicamente recompensar os esforços que sustentam a direção da organização. Deve ser justa, evitando-se a exploração;

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