A Crítica Marxista da Administração
Por: Núbia Sene • 28/12/2022 • Resenha • 580 Palavras (3 Páginas) • 88 Visualizações
Crítica Marxista da Administração
Núbia Neves de Sene; 201926010; A
Introdução:
O texto “Ontogênese e Formas Particulares da Função de Direção”: Introdução aos Fundamentos Históricos para a Crítica Marxista da Administração” tem por finalidade esclarecer, na realidade o conceito de Administração, que atualmente é muito deturpado, sendo confundido com diversas outras áreas.
Síntese
Para o autor demonstrar seu ponto de vista acerca do assunto ele regride muito ao tempo, em épocas muito primitivas onde se deu a gênese do trabalho, aquele bem rudimentar, onde o homem modificava a natureza apenas para se manter vivo. É possível notar que nesse contexto o Homem era uma espécie de Demiurgo (não criando a matéria, mas sim modificando a já existente.) Nessa atividade produtiva existem duas fases, a preparação (estabelecer finalidades e investigar os meios) e a realização (uso efetivo dos meios a partir da preparação realizada anteriormente) e daí surge um pensamento muito interessante, não se deve esperar que algo realize nossas vontades, devemos antes estudar suas propriedades para verificar as capacidades de realizar os desejos dos homens.
Com esse desenvolvimento material vem o desenvolvimento humano e social, gerando a possibilidade de aprimoramento dos meios. A partir de tal fenômeno surge a divisão do trabalho, que é mais ou menos dividido dependendo da complexidade da tarefa, e quanto mais desenvolvida é a sociedade maior é seu grau de complexidade.
Agora tratando da relação entre os homens, ela era diferente quando se tratavam de homens de diferentes regiões existiam contatos destrutivos e construtivos as guerras são derivadas desses contatos e tudo passa a mudar quando, ao invés de aniquilar todos os oponentes se passou a leva-los como prisioneiros de guerra, gerando assim uma relação que veio a desencadear a um tempo depois a sociedade de castas, classes e etc. O comandante passa a preparar e o comandado passa a realizar, a Administração nesse momento, tratava mais de como utilizar os escravos do que a natureza e é notável, também que não se torna dominador por ser gestor mas sim se torna gestor por ser dominador.
Portanto, antes do capitalismo em si, existiram vários outros modos de produção, tais como o Antigo(Propriedade da Terra, homem dominava terra, escravos e esposa, e existia a preocupação em fazer com que os escravos agissem de boa vontade, por meio de recompensas e etc.) o Asiático (a Propriedade era a própria comunidade, existiam escravos e camponeses, os dominadores eram os déspotas e a religião impedia a revolução) e por fim o Feudalismo(Protagonismo religioso, causando medo nas pessoas a relação dominante era Senhor Feudal x Servos que eram presos a terra.)
Análise
Gostei muito do texto que apresentou argumentos muito contundentes e bem elaborados, é possível notar, claramente o grande embasamento teórico do autor, que é muito bom para passar credibilidade ao artigo que foi muito bem escrito e realiza a sua missão com sucesso, que é a real gênese da Administração e faz pensar muito sobre o trabalho e como o Homem se relaciona com a natureza, desde os primórdios. Único ponto negativo, em minha opinião é a linguagem de difícil assimilação, que faz diversas vezes o leitor se perder e ter que reler algum trecho, mas nada que uma leitura bem feita não resolva.
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