A Definição de Administração Administração
Por: Rafaldosantos • 28/11/2019 • Trabalho acadêmico • 1.518 Palavras (7 Páginas) • 124 Visualizações
2. Desenvolvimento Teórico-conceitual 2.1 Definição de administração A administração, segundo Maximiano (2007) pode ser definida como o processo de tomar decisões sobre objetivos e utilização de recursos. Dessa forma, o processo administrativo abrange cinco tipos principais de decisões, também chamadas processos ou funções, que são: planejamento, organização, liderança, execução e controle. Além disso, a administração pode ser importante em qualquer escala de utilização de recursos para se realizar objetivos – individual, familiar, grupal, organizacional ou social. Ao longo da história, a administração teve várias abordagens, sempre buscando flexibilidade e agilidade para proporcionar mudança e transformação. Nesse sentido, surgiram diversos autores, com várias idéias sobre como administrar e como tratar das organizações de forma renovadora. Atualmente as organizações tem grande impacto nas realizações de objetivos sociais, afetando a qualidade de vida da sociedade. Para tal, as organizações necessitam de administradores competentes para que possam planejar, organizar, recrutar, coordenar, motivar, liderar e controlar, independente do nível que ocupa dentro da organização. 2.2 Stakeholders Stakeholder em administração refere-se a pessoas ou entidades que afetam ou são afetadas pelas atividades de uma empresa. Uma definição mais ampla: stakeholders compreendem todos os envolvidos em um processo, que pode ser temporário, na forma de projetos, ou duradouro, como negócio da empresa ou a missão de uma organização sem fins lucrativos.
Para qualquer empreendimento obter sucesso, dependerá da participação das partes interessadas, sendo então os stakeholders um elemento essencial ao planejamento estratégico dos negócios. Segundo Wandrey (2006), os stakeholders podem ser divididos, também, levando em consideração os riscos envolvidos na relação, ou seja, há os stakeholders voluntários, que são aqueles que investem na empresa de alguma
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forma, e os stakeholders involuntários, que, indiretamente, estão sujeitos as tomadas de decisão da organização. De modo geral, é imprescindível assegurar que as expectativas e necessidades da empresa envolvam a satisfação, compensação financeira e comportamento ético condizente com as dos stakeholders. Os stakeholders não podem ser evitados, pois fazem parte do processo de gestão, mas se a empresa trabalhar de forma conjunta com esses grupos de influência pode-se obter resultados bastante satisfatórios. Alguns exemplos dos stakeholders de uma empresa e a área de maior interesse desses são:
Acionistas e investidores – interessados principalmente na performance e no crescimento da empresa. Os acionistas são considerados stakeholders primários, porque a partir de suas aplicações movem-se a prestação de serviços e o processo produtivo, a fim de se alcançar resultados financeiros satisfatórios. Para Martins (2007), de modo geral, ao se pagar bons dividendos, a confiança dos acionistas cresce perante a empresa, o que leva a novos investimentos. Isto acontece porque um retorno além dos custos de oportunidade atrai um maior número de acionistas. Entretanto, o autor lembra que a relação entre administradores e acionistas é caracterizada por conflitos motivados por divergência de interesses, pois os gerentes estão preocupados com a riqueza de toda a organização e não apenas com o aumento do lucro acionário. Para se evitar problemas, os acionistas criam incentivos apropriados para a gerência, visto que eles, nas sociedades por ações, elegem o Conselho de Administração, que tem por objetivo escolher os futuros administradores da organização.
Proprietários – com grande abrangência de interesse, pode se dizer que por todos os aspectos da empresa. Esses stakholders são os mais importantes para a realização da organização, pois suas decisões refletiram em como a organização irá agir, estatuto social, capital empregado, relações com governos, funcionários e clientes, enfim os donos darão as primeiras diretrizes e indicaram a trajetória da organização. São importantes não só na
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fase inicial da organização, mas em todos os processos, já que possuem grande influencia na organização como um todo.
Governo, em todas as suas esferas – nas taxas, impostos, legislação em geral. Este stakeholder representa, ao mesmo tempo, uma fonte estável de apoio a organização, porém gera certa instabilidade no mercado. O governo se manifesta através de subsídios e incentivos fiscais (recursos subsidiados para exportação e redução de impostos, por exemplo), além de regras que padronizam as normas de sanidade e higiene, que beneficiam tipos específicos de empresas. A instabilidade ocorre na atuação, por meio da legislação, nos mercados externo e interno; além de alterações freqüentes na taxa de câmbio e na oferta de moeda. De acordo com Martins (2007), a empresa deve relacionar-se de forma ética e responsável com os poderes públicos, cumprindo as leis e mantendo interações dinâmicas com seus representantes, visando à constante melhoria das condições sociais e políticas do país. Para isso, pressupõe-se que as relações entre a empresa e o governo sejam transparentes perante todos os stakeholders. Cabe a empresa manter uma política coerente com os seus princípios éticos e que se alinhe com os interesses sociais.
Sindicatos e trabalhadores – nas condições de trabalho e benefícios. Os empregados por dotarem de experiências, conhecimento e aptidões sobre a organização e os clientes, podem ser considerados ativos da organização. Desta forma, os funcionários são considerados como capital intelectual ou ativos intangíveis que agregam valor a produção e proporcionam certa vantagem comparativa. Porém, influenciam diretamente o custo da produção ou serviço ofertado, sendo considerados stakeholders secundários das empresas. Salários, benefícios sociais e outras melhorias são despesas ou custos para a empresa. Os benefícios sociais, por sua vez, como educação, transporte e auxilio alimentação, são despesas que, também, reduzem o lucro. Martins (2007) observa que os objetivos dos empregados e das empresas são controversos a partir do momento que uma empresa atende todas as reivindicações dos funcionários, já que estará reduzindo o lucro de outros stakeholders. Porém, sempre que possível os empregados devem ser
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