A Fusão Entre Empresas de Grande Porte no Cenário Brasileiro
Por: phicharak • 11/9/2019 • Dissertação • 924 Palavras (4 Páginas) • 172 Visualizações
FICHA #: Fusão Entre Empresas de Grande Porte no Cenário Brasileiro - Um Estudo de Caso Entre as Empresas Sadia e Perdigão
Conceitos Principais
- ECONOMIA GLOBALIZADA: refere-se à mobilidade das pessoas, do capital, de tecnologia, de bens e serviços, internacionalmente. Refere-se também a integração de países na economia global; quão interdependentes países e regiões são ao redor do mundo.
- FUSÃO OU AQUISIÇÃO: de acordo com a Lei das Sociedades Anônimas, Lei No 6.404/76 Artigo 228 (BRASIL 2009f), fusão é a operação pela qual se unem uma ou mais sociedades para formar uma sociedade nova, que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações. A aquisição é a operação pela qual uma ou mais sociedades compra, sucedendo-a em todos os direitos e obrigações.
Resumo:
A intensificação de fusões e aquisições no Brasil nos últimos anos ocorre principalmente devido as mudanças sociais e econômicas. O gerenciamento de grandes empresas junto das novas exigências por parte de clientes e consumidores tem se tornado cada vez mais complexo, o que por sua vez, gera a necessidade de revisão de estruturas e mudanças no gerenciamento por parte das empresas.
Fusões e aquisições destacam-se nesse cenário devido à suas capacidades de otimizar as estruturas organizacionais das empresas, adaptando-as de forma que se tornem cada vez mais rentáveis e ativas no mercado. A dissertação sob análise, descreve a fusão entre as gigantes do setor alimentício Sadia e Perdigão. O processo de fusão utilizado foi a consolidação, ou seja, Sadia e Perdigão deixaram de existir legalmente como entidades distintas e competidoras; e juntas, passaram a fazer parte de uma mesma entidade denominada Brasil Foods.
Sadia e Perdigão fizeram três tentativas de união, a primeira em 1999, a segunda em 2002, e a terceira e última em 2006, onde devido à sua capacidade de alavancagem financeira, a Sadia fez uma tentativa hostil de compra da Perdigão com a utilização de informações privilegiadas. Como resultado, a Sadia teve sua imagem prejudicada e foi dado um fim a quaisquer tentativas de unificação das empresas.
Cerca de dois anos após a tentativa frustrada de compra da Perdigão por parte da Sadia, Luiz Fernando Furlan, presidente do Conselho de Administração da Sadia e, Nildemar Secches, Presidente do Conselho de Administração da Perdigão, deram início à quarta tentativa de fusão das duas maiores empresas do setor alimentício do país.
A crise financeira de 2008, afetou a Sadia de forma dramática. Uma das mais atingidas pela crise, sofrendo perdas devido a variações cambiais, a Sadia sofreu uma perda beirando R$800 milhões de reais, onde demonstrou seu primeiro prejuízo na história, desde sua fundação em junho de 1944.
Após diversas tentativas de fusão, devido à crise financeira que a Sadia passava em 2008 e do objetivo da Perdigão de se tornar a maior empresa de alimentos processados do país, finalmente, as conversas entre ambas as empresas tiveram resultado. A Sadia tinha que se juntar a Perdigão visando sua sobrevivência e a Perdigão viu o acordo com uma oportunidade de crescer utilizando os recursos e a estrutura da Sadia no exterior. A fusão reduziu custos para ambas as empresas.
Citações:
“De acordo com Gitman (1997), uma fusão ocorre quando duas ou mais empresas são combinadas, e a empresa resultante mantem a identidade de uma delas; já uma aquisição ocorre com a compra de um numero suficiente de participações de ações; tal compra pode ser amigável ou hostil.”
“Para a Sadia a fusão pode ser apontada como uma saída para conseguir sua reestruturação financeira e acesso ao capital de giro para suas operações. Para a Perdigão, a fusão pode ser analisada sobre a ótica de oportunidade de crescimento, redução de custos e ganhos de escala decorrentes da sinergia de operações. Sob a ótica financeira, o negócio esta representando uma oportunidade estratégica ímpar para a Perdigão, pois terá acesso a todos os canais de distribuição de concorrentes, da carteira de clientes, ativos físicos, funcionários e demais stakeholders (DANTAS).”
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