A GESTÃO DESPORTIVA
Por: Jennifer17 • 17/5/2022 • Pesquisas Acadêmicas • 1.600 Palavras (7 Páginas) • 110 Visualizações
MBA EM GESTÃO FINANCEIRA E CONTROLADORIA
SENAC MINAS – UNIDADE UBERABA
ALUNA: Jennifer Carvalho Rodrigues da Silva
Disciplina: Controladoria Estratégica
TEMA: GESTÃO DESPORTIVA INTERFERE NA GESTÃO FINANCEIRA E CONTÁBIL DE UM CLUBE DE FUTEBOL ?
OBJETIVO DO TRABALHO
O Objetivo geral deste trabalho é discutir sobre a gestão desportiva e como ela pode interferir na gestão financeira e contábil de um clube de futebol tendo como foco o capacitação profissional.
REFERENCIAL TÉORICO
As entidades desportivas são associações que buscam capacitar as atividades desportivas, com ou sem finalidade lucrativa. Os clubes de futebol são referências dessas instituições, tendo como objeto o reconhecimento do futebol amador e profissional.
No momento atual, a maior parte dos clubes brasileiros estam organizados juridicamente como associações. De acordo com o art. 53 do Código Civil, “Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos”. Entretanto, a intenção não econômica desta entidade deve ser compreendida de maneira restrita.
Discorre Perruci (2006, apud CANI; MENEGHETTI, 2014) que a descrição de atividade econômica não deve se definir apenas à obtenção de lucro, mas também apreendida em relação à sua partilha entre os integrantes da pessoa jurídica. Nessa situação dos clubes, a intenção principal é difundir a atividade desportiva, porém há a necessidade de se gerar lucro para que a entidade continue realizando suas atividades. O proveito, portanto, é revertido para a própria entidade.
O arranjo organizacional de um clube de futebol pode variar conforme o seu porte, grau de organização empresarial e quantidade de recursos monetários disponíveis. Além do que, de acordo com Nakamura (2015), necessitam ser examinadas e ponderadas as exigências legais e estatutárias.
Abordando agora a gestão financeira do antiga Clube de Regatas do Flamengo, temos como lição de uma má administração conforme matéria da Revista Exame:
Administrado de forma amadora e caótica, o Flamengo foi afundando numa dívida que chegou, em 2012, a 715 milhões de reais. O clube se tornou inadministrável. Naturalmente, títulos mais importantes foram rareando. Até que, em 2012, um grupo de empresários e executivos decidiu lançar uma chapa para a presidência do Flamengo, encabeçada por Bandeira de Mello. Era uma proposta inovadora para os padrões nacionais — usar, para valer, as técnicas de gestão empresariais para consertar o Flamengo. JÚNIOR, 2015
Podemos enaltecer a administração de Eduardo Carvalho Bandeira de Mello que foi presidente do Clube de Regatas do Flamengo nos triênios 2013–2015 e 2016–2018. A mudança bruscal e radical do Flamengo começou em 2013 após uma nova eleição onde Bandeira de Mello foi eleito para a nova gestão do clube. E tinha como objetivo reduzir a dívida que até naquela época era a maior entre os clubes de futebol do país e propulsar o marketing no sentido de ser o time mais estimado do Brasil. A faturação moveu-se de 273 milhões de reais, em 2013, para 652 milhões, nos primeiros nove meses de 2019, o que era um contínuo prejuízo tornou-se um superávit.
A presença de técnicas não condizentes com uma administração competente, a ausência de uma gestão realmente profissional, a denominação de funções por lealdade política e a ausência de conselhos com concreto poder fiscalizador realçam uma série de vulnerabilidades na administração e na governança dos clubes brasileiros. Na compreensão de Nakamura (2015), essa ausência de aplicação de melhores capacidades gerenciais e de governança, impossibilita que os clubes se tornem mais lucrativos no negócio futebol.
Segundo a Revista Exame: “O plano tinha três bases: cortar cada centavo que fosse dispensável, renegociar as dívidas caras e de curto prazo e pagar as dívidas que pudessem provocar penhoras judiciais” (Humberto Maia Júnior, 2015).
Por alcançar o reequilíbrio financeiro e aplicar uma gestão mais profissional, o Flamengo foi o maior destaque no BrSM 2015 (Brasil Sports Marketing) que engloba os mais importantes patrocinadores e players do segmento esportivo brasileiro (FLAMENGO, 2016). O clube se evidenciou nas seguintes categorias:
- Transparência Financeira - 2º ano consecutivo;
- Melhor Gestão;
- Melhor CEO – Fred Luz.
A antiga administração trouxe uma lição do que uma má gestão desportiva, que foi a contratação do jogador Ronaldinho Gaúcho que, dentro de três anos e oito meses de contrato, não teve a performance prevista no interior do campo, e custou perto de R$ 30 milhões ao Flamengo. Parcela desse gasto foi paga pela gestão de Eduardo Bandeira de Mello (GOMES, 2016).
Outro modelo de gestão desportiva no futebol é o Palmeiras, que teve uma parceria no inicio de janeiro de 2015, e naquela época, passava por uma difícil situação financeira que acabou se tornando a maior da história do clube e, naquele ano, iniciou uma reconstrução.
Foi assinado um contrato de patrocínio com a Crefisa, e logo após com a FAM o que passou a ser uma grande união. Contudo depois de ser campeão em 2018, aprofundou em problemas desportivo e, em 2019 e demitiu o técnico Mano Menezes e o diretor de futebol Alexandre Mattos (um dos responsável da melhora do clube, no que se refere a gestão desportiva).
Portanto nem sempre bons resultados financeiros são garantia de conquista em campo, o que nos leva a pensar que quando há uma boa administração financeira consegue-se estabelecer um time acima da média, o campo pode realimentar as receitas, dando início a uma etapa eficaz que é muito difícil de ser derrubada.
Precisamente, para os sistemas financeiro e contábil das organizações esportivas os jogadores detêm grande importância em aspectos financeiros e operacionais. Na opinião de Rezende (2004), as resoluções pertencentes a contratos desportivos abrangem compra, formação, permuta, empréstimo, venda e renegociação, os gestores desempenham a contratação, renovação ou dispensa de jogadores, por meio do estabelecimento de novas políticas para o clube.
A maior finalidade dos atletas das categorias de base, como exemplo, são a de geração e incrementação das receitas e da redução de gastos.
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