A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO EM MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
Por: Irene Paraguai • 29/11/2020 • Artigo • 4.034 Palavras (17 Páginas) • 281 Visualizações
A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS PARA A SOBREVIVÊNCIA DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS - UM ESTUDO DE CASO EM UMA MICRO EMPRESA DO RAMO DE CONFECÇÃO
Joelson Moreira Lima¹
Zilmária Pereira dos Santos²
RESUMO
As Micro e Pequenas Empresas (MPE’s) têm desempenhado um papel importante na economia brasileira, visto que elas representam uma parcela significativa do mercado. No entanto, é grande o número de MPE’s, que não sobrevivem ao primeiro ano de existência, e um dos principais motivos do fechamento dessas empresas, é a falta de conhecimentos técnicos na área de gestão de custos, por parte dos proprietários. A Gestão de Custos é uma importante ferramenta que pode auxiliar os gestores na tomada de decisões, coma otimização da produção, redução dos custos envolvidos e ao mesmo tempo oferecer produtos de qualidade por um preço competitivo no mercado. Nesse sentido, o objetivo geral deste estudo é analisar as implicações da Gestão de Custos para a sobrevivência das micro e pequenas empresas, um estudo de caso, de uma micro empresa do ramo de confecção, da cidade de Vitória da Conquista – BA. A metodologia aplicada foi pesquisa descritiva com natureza qualitativa e exploratória, baseada na percepção dos autores deste tema e na realização de um estudo de caso em uma empresa do ramo de confecção da cidade.
Os resultados apontam, que a gestão de custos já é uma realidade na empresa estudo. Aliada à uma gestão competente, trazem respostas satisfatórias para o crescimento da empresa, e que para se manterem fortes no mercado cada vez mais competitivo, foi proporcionado uma mudança de paradigma, forçando-os à adequarem-se a novas formas de gestão, com um planejamento de médio, longo prazo.
Palavras-chave: Micro e Pequena Empresa, Gestão de Custo, Métodos de custeio.
1. INTRODUÇÃO
Com a globalização e o aumento da concorrência e consequentemente a competitividade, começa-se a perceber a necessidade da melhoria na qualidade de informações gerenciais abrangendo todos os setores da administração de uma empresa.
No Brasil, há um notável crescimento do número de Micro e Pequenas empresas (MPE’s), entretanto, especialistas apontam que a falta de conhecimentos técnicos na área de gestão de custos é um dos principais motivos da não continuidade das MPEs, como comprovam as estatísticas oficiais Sebrae (2011).
Segundo Perez et al. (1999), a contabilidade de custos tem como funções básicas: a sistematização e a análise dos gastos, a classificação e a contabilização dos custos e a geração de relatórios e informações sobre os custos de produção.
Perez et al. (1999), ainda apontam muitas possibilidades para o uso da contabilidade de custos como ferramenta auxiliar na tomada de decisões gerenciais, onde as mais comuns são relacionadas à fixação do preço de venda, ao cálculo da lucratividade de produtos, bem como à seleção do mix de produção.
Desse modo, entende-se, que a gestão de custos é essencial em qualquer organização, inclusive nas MPE’s.
Conforme Petti (2009), muitas vezes os empreendedores concentram-se nas atividades de vender, lançar produtos e conquistar mercados e deixam em segundo plano o efetivo resultado financeiro.
Partindo deste pressuposto, o objetivo desse estudo é analisar ás implicações da gestão de custos, para a sobrevivência das micro e pequenas empresas, tendo a seguinte problemática de pesquisa: Qual a importância da Gestão de Custos para a sobrevivência da empresa? E os objetivos específicos: verificar a relevância da gestão de custos em uma organização; averiguar como a gestão de custos possibilita que o gestor identifique quais os investimentos serão necessários para que o produto fabricado possa gerar lucro de forma satisfatória; e como a gestão de custos contribui na tomada de decisões da empresa.
Para o alcance dos objetivos deste trabalho, será pesquisados os conceitos de Gestão de Custos, bem como as sua implicações nas organizações e sua contribuição no planejamento e desenvolvimento de ferramentas contábeis nas organizações, os desafios e as vantagens da utilização da gestão de custo.
Ao final, desenvolveu-se uma pesquisa, qualitativa, teórica e empírica, que procurou demonstrar até que ponto os conceitos e práticas da gestão de custos permearam os setores de uma micro empresa do ramo de Confecções, da cidade de Vitória da Conquista – Ba.
Esse trabalho justifica-se pela suma importância do micro empresários entenderem o quão é essencial uma gestão de custo eficiente para que às empresas se mantenham sólidas e com saúde financeira no mercado.
Com os resultados obtidos por do estudo na empresa estudo, foi possível observar que se trata de uma empresa sólida e que a gestão comprometida com o desempenho da mesma, que já uma realidade a utilização das ferramentas da gestão de custos no processo de tomada de decisões da empresa.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
- CONCEITO DE GESTÃO DE CUSTOS
A contabilidade de custos somente auxilia os gestores quando contempla os objetivos, metas e orçamentos da empresa como um todo e de cada um dos seus setores Leone (2000).
A Gestão de Custos é o ramo da contabilidade que estuda os gastos decorrentes da produção de produtos ou da prestação de serviços.
A contabilidade de custos olha os custos de maneira diferente para produzir informações diferentes que atendam a necessidades gerenciais, estabelece vários sistemas de custos e adota diferentes critérios de avaliação, cálculo e alocação, para fornecer informações especificas exigidas por ambientes de produção e de administração em constante mutação. (LEONE, 2010, pg. 105)
Gestão de custo é o modo, dentro de uma empresa e de suas atividades, como são tratados os custos que, por sua vez, são aqueles gastos necessários para a produção de um bem ou serviço a ser vendido, ou mesmo para a aquisição de um bem para revenda. Silva (2016).
Moura (2013) ressalta que a relevância de conseguir fazer a distinção das nomenclaturas que possam assemelhar-se uma com as outras.
Os custos ou despesas fixas são aqueles no qual o valor total não altera por meio da produção, ou seja, independe da quantidade de produtos movimentados pela empresa como, por exemplo, o salário de um funcionário (excluso caso em que haja comissão de venda), Silva (2016).
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