A Inovação em Organizações e em Empresas e Suas Consequências
Por: jennaesl • 26/10/2020 • Bibliografia • 988 Palavras (4 Páginas) • 77 Visualizações
[pic 1] | UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ Programa de Pós-Graduação em Gestão Pública Disciplina: Inovação e Desenvolvimento Regional Professor: Helano Diógenes Pinheiro | [pic 2] |
A Inovação em Organizações e em Empresas e suas Consequências
Jenna Emanuela Soares de Lemos
INTRODUÇÃO
As pesquisas sobre inovação estão constantemente sendo abordadas, desde o final do século XX. Entretanto, tinham como foco a indústria de manufatura e aquelas mais ligadas à alta tecnologia, como a aeroespacial, a automotiva e farmacêutica. As inovações em serviços, e principalmente quando relacionadas ao setor público, foram negligenciadas. Entretanto, nos últimos anos, empresas manufatureiras clássicas estão agora com maior foco na prestação de serviços, além disso, a crise econômica e o ascendente número populacional levam a racionalização da produção, assim como geram esforços para reduzir as despesas sociais (como os custos referentes à previdência, saúde, assistencialismo, entre outros). Esses fatores levam a crer que a inovação no setor público é necessária, com o intuito de que sejam descobertos melhorias e soluções aos problemas, bem como às alterações estruturais. Procura-se responder ao problema: Quais os caminhos para a inovação em organizações e empresas, e quais consequências advindas de sua implantação?
DESENVOLVIMENTO
Segundo os autores DJELLAL, GALLOUJ e MILES (2013), alguns motivos justificam o baixo incentivo à inovação nos serviços públicos, e de modo geral nos serviços não comerciais. Entre eles se destacam o fato de serem “monopólios livres de pressões competitivas”, ou seja, não precisam se destacar com relação a outros serviços públicos; bem como a influência política que não apoia a inovação nestes setores, e assim sofrem com falta de recursos. Somado a isso há pouca pressão dos consumidores de serviços públicos por melhorias, além da burocracia que engessa o desenvolvimento do setor. Os autores destacam as exceções que ocorrem em pesquisas básicas de universidades e laboratórios públicos, pois geram constantes inovações por serem fontes de novos conhecimentos e criações.
Um ponto relevante explanado pelos autores foi a argumentação de que a inovação no setor público trouxe o surgimento do “governo eletrônico” (e-governo), como tentativa de usar novas tecnologias para melhoramento interno e maior elo com os cidadãos. Entre as atividades desenvolvidas no e-governo exemplificam-se a prestação de contas, por meio de uma maior transparência; requisições, cadastros e serviços online; bem como a ouvidoria. No entanto, ainda para os autores, paradoxalmente, a introdução de novas Tecnologias da Informação (TIs) nos serviços públicos acarreta um “divisor digital”, ou seja, amplia a desvantagem social, visto que ocorre um acesso desigual entre regiões, classes sociais e gerações às novas tecnologias.
Sabe-se que o setor público tem como missão a prestação de serviços. Assim, DJELLAL, GALLOUJ e MILES (2013) complementam em seu artigo que, de acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) as inovações em serviços (no âmbito público ou privado) têm características peculiares: dependem menos de investimentos em P&D formal, e mais de aquisição de conhecimento através da compra de equipamentos, propriedade intelectual, assim como por meio de colaboração; e o desenvolvimento de recursos humanos.
Existem quatro perspectivas teóricas da inovação em serviços: a assimilação; a demarcação (diferenciação), a inversão e a síntese. Destaca-se a perspectiva da inversão por enfatizar o Knowledge Intensive Business Services (Kibs). Estes são organizações privadas, com alguma expertise técnica, e que fornecem produtos e serviços baseados em conhecimento. Assim, na inversão, por os serviços serem intensos em conhecimento, desenvolvem novos padrões tecnológicos e influenciam a indústria de manufatura.
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