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A Nova Administração ou Readministração

Por:   •  16/10/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.388 Palavras (6 Páginas)  •  379 Visualizações

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A Nova Administração ou Readministração corresponde a uma abordagem integral, sistêmica e holística que está rapidamente ganhando espaço na literatura administrativa. Atualmente, tópicos como efetividade, ética, responsabilidade social, felicidade, entre outros, estão sendo discutidos na teoria administrativa moderna.

Readministração é, em última análise, uma forma de obter organizações que atinjam os resultados almejados de uma forma ética, bem como a satisfação individual.

Assim, o que se deseja em relação à organização é que ela seja eficiente e que a relação custo/benefício seja a melhor possível, permitindo ampliar os mercados consumidores.

O conceito da eficácia está ligado à consecução dos objetivos pretendidos. Somos eficazes à medida que realizamos o que nos propomos a realizar.

Enquanto a eficiência está ligada aos meios, a eficácia está ligada aos fins. Quando deslocamos o foco dos aspectos internos para os externos, estamos sendo eficazes no ambiente empresarial e, especialmente, no que de mais relevante lá se encontra: a clientela.

A segunda preocupação da Readministração é a busca sistemática de resultados centrados na clientela.

A efetividade, por sua vez, centra-se não apenas nos aspectos éticos de obediência a regras, mas também no caráter pessoal da direção de uma empresa, que deve ser íntegra e, mais importante de tudo, em como ela se sente diante de si mesma. Organizações não éticas não sobrevivem no curto, médio ou longo prazo. As organizações sociais são criações humanas. No entanto, muitas vezes é esquecido o seu propósito básico, ou seja, servir ao homem.

Por meio da Readministração desejam-se, numa organização, pessoas satisfeitas e recompensadas com o que fazem e pelo que fazem. Tudo isso resultando numa clientela satisfeita. Os autores mostram que a "Readministração é uma teoria de mudança que tem o potencial de acarretar melhores resultados para as organizações e para os indivíduos do que tantas outras" (PLT, p. 175).

O termo feliz foi uma escolha pessoal do autor, que se apoiou na ideia aristotélica de que o propósito da ética é a busca da felicidade humana. Já o professor Bjur, associado a Geraldo Caravantes no projeto de construção da nova teoria administrativa, optava pela palavra autoatualização ou, melhor ainda, pela atualização. Como objetivo da Nova Administração no que tange ao indivíduo. Maslow estabeleceu sete características pertinentes à autorrealização. Os autores concluíram que a autorrealização é uma questão de grau ou de pequenos ganhos conseguidos um a um. Pessoas autorrealizadas procedem em avanços moderados – elas ouvem suas próprias vozes, assumem responsabilidades, são honestas e trabalham muito.

No momento, vivemos num mar de turbulência em que modificações em todos os campos acontecem de forma contínua e em ritmo crescente.

Vivenciamos hoje a chamada Era da Informação, em que as mais diversas tecnologias estão substituindo a mão de obra de maneira acelerada. Categorias profissionais inteiras estão deixando de existir. Como exemplo, hoje a agricultura norte-americana não absorve mais do que 2% a 3% de toda a mão de obra, entretanto é capaz de abastecer o mundo inteiro com seus excedentes.

Se no Brasil a indústria não é solução para o emprego, os autores acreditam que os trabalhadores desalojados do setor industrial tenderão a migrar para o setor terciário. No entanto, será necessário incorporar novos aprendizados que contribuam para um aumento significativo da produtividade. Encaminhamo-nos para uma era em que, para sobreviver, temos que ser excelentes e não apenas bons.

Do ponto de vista da filosofia da Readministração, se a tarefa pode ser executada por um robô, ela então deve ser feita por ele próprio, pois o homem, como ser pensante, racional e sensível, foi concebido para coisas mais altas.

Entretanto, em uma sociedade do conhecimento, não se trata apenas de migrar, preservando as mesmas habilidades, mas sim incorporando novos aprendizados que contribuam para um aumento significativo da produtividade do setor de serviços, que hoje é baixa. Será uma migração seletiva, em que o setor terciário absorverá somente os mais competentes.

As sociedades mundiais terão de se deslocar para uma nova era: a Era do Conhecimento. Nestas, serão exigidas as mais variadas habilidades. E, acima de tudo, capacidade de exercitar pensamento autônomo. A Readministração entende que os governos e, especialmente, a classe empresarial têm a responsabilidade de planejar e executar ações que permitam que a transição se dê de forma menos traumática. Isto é função especialmente das empresas. Dentro desta responsabilidade social está não só o fato de preparar os indivíduos, mas também investir no treinamento e nos esforços de realocação deles, pois irão deixar a empresa diante dos enxugamentos e da extinção de funções. Isso deve ser feito dentro de uma política maior, em que governo e empresariado se sintam igualmente responsáveis. Tal responsabilidade social deverá ser assumida, pois a sobrevivência empresarial e seu grau de sucesso estão vinculados, de modo crescente, à efetividade neste novo mundo por nós criado. Nenhuma sociedade, com a democratização da informação, pode tolerar milhões de desempregados. O risco é alto demais.

A Readministração preocupa-se com a continuidade de um desempenho organizacional eficaz e com o bem-estar dos indivíduos.

Para o entendimento do papel social da organização e na ação pragmática do futuro administrador é necessário compreender a tripla distinção: responsabilidade social, obrigação social e responsividade social.

Dessa forma, a busca e o cultivo da responsabilidade social e da ética que a impregna devem ser uma preocupação da empresa, em específico, e das organizações, em geral.

Finalmente, a Readministração, como teoria útil,

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