A PRINCIPAL ATIVIDADE ECONÔMICA BRASILEIRA E SUAS IMPLICÂNCIAS PARA A DINÂMICA DAS POLÍTICAS ECONÔMICAS
Por: Mayara Xavier • 4/9/2018 • Projeto de pesquisa • 598 Palavras (3 Páginas) • 244 Visualizações
A cultura do café estabeleceu-se no período da República velha, precisamente na fase conhecida como “república dos oligarcas” (1894-1930) onde havia a alternância de poder entre as oligarquias cafeeiras dos estados de Minas Gerais e de São Paulo. Os presidentes desta época foram eleitos, na maioria das vezes, pelo Partido Republicano Paulista e o Partido Republicano Mineiro. O café liderava a exportação na época, seguido da borracha, do açúcar e outros insumos onde o estado de São Paulo comandava a produção. Da economia cafeeira, resultam três processos que se complementam: a imigração intensiva de estrangeiros para o Brasil, a urbanização e a industrialização.
Na segunda metade do século XIX, ainda na época do Segundo Império (1840-1889), a imigração de estrangeiros, sobretudo europeus, foi estimulada pelo governo brasileiro pela necessidade de mão de obra livre e qualificada para o trabalho nas lavouras de café. Com a abolição da escravidão e proclamação da república tais fatos intensificaram a imigração e também a permanência dos imigrantes nas terras trabalhadas os tornando colonos. Após o término da Primeira Guerra Mundial, em 1918, uma nova onda migratória se dirigiu ao Brasil, nessa época a economia cafeeira se expandiu e os imigrantes que vinham atrás de trabalho nas lavouras de café acabavam se deslocando por muitas vezes para as regiões urbanas que começavam a surgir nessa época. O processo de urbanização das cidades como Rio de Janeiro e São Paulo se desenvolveu, para facilitar a distribuição e o saída do café, que era direcionada para exportação. A ampliação das linhas férreas que ocorreu neste período, por exemplo, foi planejada para tornar mais fácil esse processo.
Com a presença dos imigrantes nos centros urbanos proporcionou o aparecimento de empregos urbanos com salário e outras fontes de renda como o artesanato, fabriquetas de fundo de quintal e a multiplicação de profissões liberais (autônomos). A união dessas novas formas de trabalho dos imigrantes com a estrutura urbana desenvolvida pelo movimento cafeeiro contribuiu com o fluxo de produtos manufaturados e o consequente desenvolvimento das indústrias nos centros urbanos.
Em meados de 1980 já havia várias fábricas no Brasil, mas sem uma estrutura realmente bem significativa. Porém, por voltas das décadas de 1910 e 1920 os processos industriais já eram bastante expressivos no Sudeste. Através da intensa exportação de café e importação de outros produtos necessários ao mercado interno brasileiro, várias estruturas de maquinário fabril também ancoravam em terras brasileiras, já que muitos produtores de café também passaram a investir nas fábricas.
Os principais tipos de atividades industriais do período estavam relacionados aos setores: têxtil (produção de tecido), de bebidas e de alimentos. A modernização agrícola contribuiu decisivamente para que a indústria se desenvolvesse no âmbito dos setores referidos. E, para que houvesse estabilidade na produção industrial, também foi necessário o controle do valor da moeda brasileira. O motivo para esse controle era não correr o risco de ter o principal produto de exportação, o café, desvalorizado no mercado internacional. Então, por vezes, o governo brasileiro priorizava o café, preterindo a atividade industrial. Esse fato demonstra que apenas na Era Vargas, a partir da década
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