A Pioneira sinônimo de brilho
Por: Wandson Filgueiras • 8/8/2017 • Trabalho acadêmico • 2.129 Palavras (9 Páginas) • 147 Visualizações
Pioneira sinônimo de brilho
Wandson Pimentel Filgueiras
Problemática
A companhia Bombril durante sua trajetória passou por diversas fases em sua vida. Foi de pioneira inventando um produto novo a uma empresa que quase foi à falência. A companhia passou por diversas necessidades, entre elas a de manter-se consistente no mercado, por diversas vezes ficou muito abalada, perdeu boa parte do mercado e novos concorrentes muito fortes apareceram ganhando espaço, a Bombril teve de adotar novas estratégias para dar seguimento no mercado voltando a ser a marca mais lembrada pelo público.
Contexto histórico
Conforme a Bombril S.A., em seu site, a história de uma das maiores empresas fabricante de produtos de higiene e limpeza, no Brasil, teve início em 1948 com o seu então fundador Roberto Sampaio Ferreira. Ele teve inspiração para brilhar nesse mercado quando em 1947, nos Estados Unidos, a lã de aço foi inventada.
Ferreira emprestou uma quantia em dinheiro para uma pessoa e o devedor não apareceu mais para pagá-lo, até que um dia o indivíduo foi encontrado andando em uma rua e Ferreira pressionou exigindo o pagamento da dívida, no momento em que Ferreira solicitava o pagamento da quantia emprestada o devedor não tinha como pagá-lo, porém, esse possuía uma máquina de fazer lã de aço, e por meio dessa a dívida foi sanada.
Então a partir do momento em que a máquina estava na posse dele, ele aperfeiçoou o produto e criou uma necessidade para as donas de casa da época e então passou a fabricar e vender lã de aço com o nome “Bombril”, que tem o significado de “Bom brilho”. Logo no primeiro ano ele já havia vendido 48 mil unidades e percebeu que o negócio era bastante promissor, no decorrer do tempo fundou a Abrasivos Bombril Ltda.[pic 1][pic 2]
Mercado e pioneirismo para a Bombril
Em 1948, o fundador da Abrasivos Bombril, vivia em um monopólio. No Brasil apenas ele fabricava e vendia esse produto, e que por sinal tinha uma enorme procura, e logo passou a ter diversas finalidades que variavam de limpeza de vidros a de alumínios, ficou conhecido como o produto de 1001 utilidades, pois com ele era possível fazer uma infinidade de processos de limpeza em alguns minutos, tais prestígios levaram a empresa que fabricava um único produto tornar-se um sinônimo no mercado. Naquela época a empresa de Ferreira “nadava” sozinha em um mercado ainda não explorado.
Ser pioneiro tem suas vantagens e desvantagens, no que diz respeito as desvantagens, um dos grandes riscos para o empreendedor é a possibilidade de perder todo o dinheiro investido, pois a maneira pela qual começa um negócio é repleta de incertezas. Ferreira não tinha muito o que perder, pois o dinheiro que havia emprestado não voltaria mais, e a única forma de tentar recuperar o seu dinheiro era fabricando as lãs de aço, era o máximo que ele poderia fazer, a possibilidade de vender a máquina era mínima, pois quase ninguém estaria interessado em comprar uma geringonça que fazia um objeto que aparentemente não servia para nada.
Por outro lado, ser pioneiro é vantajoso também, pois o empreendedor tem grandes chances de estar à frente de seus concorrentes em termos de tecnologia e experiência. Foi o que aconteceu com a Bombril, pensando no futuro a empresa desenvolveu uma tecnologia capaz de limpar mais produtos sem danificá-los com mais eficácia. Ser pioneiro possibilitou que o cliente depositasse maior confiança no produto, a empresa sempre estava à frente de seus concorrentes, com isso a empresa por muito tempo não vendeu somente um produto, e sim, a marca.
As pessoas quando vão ao mercado fazer suas compras na maioria das vezes listam como “Bombril” a lã de aço, mesmo que comprem a lã de aço de outra empresa. O pioneiro consegue de certa forma ser sinônimo de um produto pelo fato de que o público toma como base os padrões do pioneiro, com o passar dos anos foi isso o que aconteceu com a Bombril e outras empresas também. A sociologia explica esse comportamento das pessoas por meio do conceito chamado “Fato social” do francês sociólogo Émile Durkheim.
Aaker (1998) consegue definir o valor da marca como o conjunto de ativos e passivos ligados a uma marca, que se somam ou se subtraem do valor proporcionado por um produto ou serviço para uma empresa e podendo ser agrupados em cinco categorias:
• Lealdade à marca, que se refere ao relacionamento entre a marca e o consumidor, à sua satisfação com a marca;
• Conhecimento do nome, isto é, a familiaridade à marca e à possibilidade de ser escolhida em detrimento de uma marca desconhecida;
• Qualidade percebida, que se relaciona à percepção do cliente quanto à superioridade da marca em relação às concorrentes;
• Associações à marca, que estão relacionadas à imagem da marca na memória dos clientes;
• Outros ativos do proprietário da marca, tais como patentes, marcas registradas e relacionamento com canais de distribuição, que são aqueles que contribuem para impedir ou inibir a concorrência direta
Estratégias para manter-se a número 1
Um risco controlado[pic 3]
Ao passar de alguns anos quando a empresa de Ferreira caminhava muito bem, surgem concorrentes que buscavam aperfeiçoar a lã de aço, a possibilidade, no entanto, era grande, pois a Bombril já havia realizado pesquisas de mercado, feito descobertas que lã de aço possuía uma enorme aceitação pelas donas de casa, principalmente, e diversas utilidades.[pic 4]
Uma dessas empresas que vinham tentando ser líder de mercado no Brasil era a Q’Lustro, a empresa lançou seu produto e obviamente teve uma aceitação considerável também, seu Market Share nacional era de 25% em 1973, mas a Bombril de olho no potencial risco, que a Q’Lustro apresentava, decidiu fazer uma reestruturação societária em sua empresa, adquirindo inteiramente a Q’Lustro.
Por algum tempo a estratégia da empresa para se manter líder no mercado foi a de aquisição de empresas concorrentes, não somente para se proteger, mas também para aumentar sua participação no mercado, ao passo de que a Bombril adquiria outras empresas ela também se inseria em outros nichos, pois estas entidades adquiridas fabricavam outros produtos de limpeza como: sabões, limpadores líquidos de vidro, madeira e outros.
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