Análise dos pensamentos das pioneiras do Serviço Social
Por: Jainny_ • 20/5/2015 • Artigo • 1.504 Palavras (7 Páginas) • 864 Visualizações
Resumo[pic 1]
Este artigo trata-se de uma análise das tendências do Serviço Social nos Estados Unidos verificando as diferenças na Sociedade de Organização da Caridade e dos Settlement, a partir das ideias de Maria Lúcia Martinelli, comparando com as ideias das autoras Maria Irene de Carvalho e Maria Durvalina F. de Bastos, acerca das divergências entre as pioneiras do Serviço Social Mary Richmond e Jane Addams.
Palavras-chave: Serviço Social, Divergências, Profissionalização, Reforma social.
- Introdução
Nos meados do século XIX ao final do séc. XX a contextualização histórica dos Estados Unidos foi marcada pela Grande Depressão que trazia consigo questão social e a necessidade de uma intervenção urgente. Sendo assim houve o surgimento dos agentes sociais a fim de atender a sociedade, portanto foi preponderante racionalizar a tarefa da assistência, pois ficou evidente para a sociedade a “questão social”, já que os EUA passavam por uma ampliação industrial, aumento de fluxo migratório europeu, vulnerável a reformas sociais, um país em plena construção, onde por consequência da industrialização juntamente com o capitalismo, originou-se problemas sociais como a miséria, afetando imigrantes, famílias pobres, mulheres, crianças e demandas de diversidades culturais.
Então foi através das transformações sociais que se desenvolveu a profissão do Serviço Social, cuja finalidade era e ainda continua sendo de intervenção social, com isso se desenvolveu organizações sociais com desempenho de vigilância, exemplos o C.O.S (Charity Organisation Societies) e os Setllements nos EUA onde discutiam o mesmo tema, porem com práticas diferentes. Essas instituições de solidariedade tinham a intenção de cuidar dos mais vulneráveis, na estrutura de amparo social, com propósitos de equilibrar a sociedade por meio da concepção de vigilância. Fortalecendo assim a identidade da construção profissional das assistentes sociais. Na perspectiva de emancipação dos indivíduos, transformação da sociedade e intervenção.
- Visão de Martinelli acerca das duas pioneiras do Serviço Social
Segundo a autora Maria Lúcia Martinelli, Mary Richmond exerceu importante papel na Sociedade de Organização da Caridade de Baltimore tornando-a realidade.
Richmond também propôs a criação de uma escola para o ensino da Filantropia Aplicada, que foi criada em Nova Iorque, racionalizou a assistência reorganizando-a em bases cientificas, pois acreditava que através do ensino especializado poderia obter a necessária qualificação para realiza-lo.
E com toda sua argumentação e desempenho total conseguiu a organização de um curso destinado à aprendizagem da ação social ou da aplicação científica da filantropia.
Com a criação dessa escola o Serviço Social pôde se sistematizar, avançando no seu processo de profissionalização e institucionalização.
A C.O.S (Charity Organisation Societies) ministrava cursos com o objetivo de formar agentes sociais voluntários, de forma que esses agentes fossem capaz de inserir o individuo novamente na sociedade.
Jane Addams acreditava que a ação social deveria ser voltada para a harmonização das relações industriais, para administrar os conflitos sociais.
- O pensamento de Jane Addams e Mary Richmond
Para Maria Irene de Carvalho as diferenças presentes entre as duas pioneiras iniciam-se na trajetória pessoal e profissional de cada uma. Suas perspectivas de abordagem de problemas sociais, referente ao Serviço Social, também se distinguem entre si, enquanto Jane Addams propõe uma reforma da ação social e uma “inserção” de princípios como justiça e igualdade, Mary Richmond se mostra a favor da racionalização da caridade.
Também há diferenças na forma de atuar de cada uma dessas autoras, porém ambas contribuíram para a profissionalização do surgimento do Serviço Social.
Jane Addams era dona de um pensamento inconformista. E todo esse inconformismo fez da autora uma ativista política que lutava pelos direitos cívicos e político das mulheres e crianças, defendeu a proibição do trabalho de menores e desenvolveu os grupos de autoajuda para grupos vulneráveis.
Já Mary Richmond tinha uma visão reformista, um lado mais sistemático e racional, defendeu a profissionalização da assistência através da criação de uma profissão, além de muitos outros contributos para emergência do Serviço Social como ciência e profissão.
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