A TEORIA DAS CRISES

Vivemos atualmente em uma crise, em que os casos do novo Corona vírus explodem no mundo todo revelando tanto a fragilidade das políticas de contenção da expansão da pandemia, quanto medidas para evitar um agravo na economia. O que já era preocupante antes de a pandemia se instalar, piora com as medidas implementadas de isolamento e/ou quarentena para impedir o avanço do vírus nos países mais afetados provocaram a interrupção das atividades normais das pessoas, desmobilizando recursos. Isso impactou negativamente a produção, o consumo corrente e os investimentos. Portanto, a gravidade dos efeitos econômicos da Covid-19 deve-se à sua capacidade de gerar, ao mesmo tempo, choques negativos na oferta e na demanda agregada.

Devido ao decreto de quarentena e fechamento de inúmeras atividades, muitos empreendedores tiveram que inovar para sobreviver. Entregas por motoboy, aulas à distância, trabalho Home Office. Sendo que conseguir inovar dependendo do nicho do mercado, pode ser uma tarefa complicada. Muitos autônomos, não provem de renda para adaptação ou são impedidos pois, são ambulantes, que dependem da renda para sobreviver.

O exemplo é a empresa Rei dos Pastéis, que com o planejamento estratégico com a inovação estilo “self-service”, tivemos que readaptar para entregas através de plataformas online como Ifood, Robin Food, Uber Eats. Não estava no planejamento e isso aumenta um custo com o motoboy no qual não teríamos no momento, mas não poderíamos fechar as portas e ficar no prejuízo financeiro com os fornecedores, validade dos produtos, etc. Adaptação nem sempre vem com um saldo positivo se não estiver um planejamento estratégico.

Diante desse quadro, acredito que a economia brasileira deverá mergulhar numa recessão em 2020, provocando a ampliação do número de desempregados e da população em situação de extrema pobreza.