ATIVIDADE DE PORTFÓLIO: AULA O1 – O QUE É POLÍTICA?
Por: candidovieira • 26/2/2019 • Trabalho acadêmico • 716 Palavras (3 Páginas) • 171 Visualizações
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UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL – UAB
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ – UFC VIRTUAL
DISCIPLINA: CIÊNCIA E POLÍTICA
PROFESSORA: CAMILLE COELHO MUNIZ
ALUNA: JAINE CANDIDO VIEIRA DIAS
ATIVIDADE DE PORTFÓLIO: AULA O1 – O QUE É POLÍTICA?
ORÓS – CE
2017
Com base no artigo “A eficácia das ideias em mudanças institucionais”.
*Qual a orientação política predominante é explicitada a nível internacional e a sua repercussão a nível nacional?
*Que organizações brasileiras podem ser identificadas?
*Qual o efeito sobre estas organizações resultante da orientação política identificada como predominante?
* O confronto entre ideias keynesianas e neoliberais estabelece uma espécie de pano de fundo sobre o qual se desenrola a trama das mudanças institucionais e funcionais da autoridade monetária. Na história dos bancos centrais anterior ao advento do keynesianismo como “paradigma político” dominante, a função praticamente exclusiva dessas instituições era assegurar a convertibilidade da moeda em ouro, o que era possível com a simples administração das taxas de juros de curto prazo. Assim, entre as últimas décadas do século XIX e as primeiras do século XX, a simplicidade de suas funções garantia aos bancos centrais um elevado grau de autonomia em relação aos governos de turno, fato que se alterou com a eclosão da Primeira Grande Guerra. A partir de então, entrou em crise o sistema monetário internacional fundado no padrão-ouro, sendo que os bancos centrais passaram a ser cada vez mais solicitados a financiarem os déficits do Tesouro. Esse processo de “politização da moeda” atingiu o status de sabedoria convencional na gestão da política monetária com a afirmação das ideias keynesianas.
* O relacionamento financeiro entre o Banco Central e o Banco do Brasil ocorria sobretudo por meio da “conta-movimento” do Banco do Brasil, instrumento concebido em 1965 para viabilizar o desempenho das funções de banco central a cargo desta instituição, mas que acabou transformando-se, até sua extinção duas décadas depois, numa fonte automática de recursos para as políticas dos governos militares.
* Mesmo tendo em vista as variações de significado da noção de “independência” dos bancos centrais (RUA, 1997), é bastante evidente, de acordo com as informações sistematizadas por Novelli, que durante os governos militares o Banco Central do Brasil era uma instituição com um reduzidíssimo grau de autonomia e com sérias limitações em seu papel de autoridade monetária. Novelli reconhece que para “identificar a influência das ideias na política é preciso relacionar interesses, instituições e idéias” (p. 37). No entanto, seja pela natureza mesma de seu objeto especifico de estudos (uma instituição estatal), seja pela influência do referencial analítico ao qual recorre (neoinstitucionalismo), o estudo acaba iluminando mais diretamente as mudanças, digamos, organizacionais do Banco Central, enquanto as “ideias econômicas”, genericamente consideradas, aparecem como uma espécie de “pano de fundo” do cenário que abriga a trama institucional. Ademais, uma densa bruma permanece sobre a dimensão dos interesses dos grupos e classes sociais na sua relação com as ideias e as instituições no processo político. Independentemente desses limites, que são em larga medida decorrentes das carências das teorias contemporâneas sobre o Estado, o estudo de Novelli representa uma contribuição efetiva da Ciência Política para o esclarecimento de questões vitais no debate sobre a política econômica estatal no Brasil da atualidade.
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