As Principais diferenças entre os enfoques da Macroeconomia e da Microeconomia
Por: Luana & Luiz • 3/9/2015 • Pesquisas Acadêmicas • 4.189 Palavras (17 Páginas) • 517 Visualizações
Capítulo 8
Respostas das Questões para Revisão
- Conceitue e aponte as principais diferenças entre os enfoques da Macroeconomia e da Microeconomia.
R: Macroeconomia estuda a economia como um todo, analisando a determinação e o comportamento de grandes agregados (renda, produto nacional, nível geral de preços, emprego e desemprego, estoque de moeda e taxa de juros, balança de pagamentos, taxa de câmbio). No estudo destes agregados, a Macroeconomia tradicional, baseada na tradição keynesiana (também conhecida como Macroeconomia ad hoc), negligencia o comportamento das unidades econômicas individuais e de mercados específicos, que são as preocupações da Microeconomia. No entanto, esta é apenas uma mudança de enfoque, não havendo contradição entre as duas abordagens.
- Sintetize os objetivos de política econômica
R: Os objetivos da política econômica são:
- alto nível de emprego;
- Estabilidade de Preços: Combate à inflação, que é o aumento contínuo e generalizado de preços, e as distorções que esta acarreta, como veremos no capítulo 13, são um objetivo da política econômica;
- Distribuição Eqüitativa de Renda;
- Crescimento Econômico: Aumentar a capacidade produtiva da sociedade, aumentando o produto potencial deve ser um objetivo de longo prazo da política econômica.
- Políticas de estabilização da inflação não são compatíveis com a melhoria no grau de distribuição de renda? Você concorda? Justifique sua resposta.
R: A afirmação não é correta, pois políticas de estabilização da inflação, ao reduzir as perdas dos trabalhadores (principalmente os de baixa renda), para os quais a inflação é um imposto, melhora a renda real dessa classe de renda. O ocorrido no período imediato ao Plano Real, de junho de 1994, ilustra esse ponto.
- Comente a questão da compatibilidade (ou não) entre as metas de melhoria no grau de distribuição de renda e a busca do crescimento econômico, à luz da experiência brasileira no período do “milagre econômico”
R: A idéia da não compatibilidade entre crescimento econômico e distribuição de renda está calcada na idéia de que a elevação da taxa de poupança, necessária para o aumento do investimento e, conseqüentemente, para o crescimento econômico, não seria possível com a distribuição de renda, dado que a taxa de poupança da população mais pobre seria menor. Este pressuposto não é necessariamente verdade (há formas de incentivar a elevação da taxa de poupança da população de menor renda, por exemplo por meio de um melhor desenvolvimento do sistema financeiro, de forma que acreditar que a concentração de renda é a única forma de elevar a taxa de poupança é falsa). Com relação ao milagre econômico, a idéia de que a concentração de renda deu-se apenas devido à elevação da demanda por mão de obra qualificada, sendo um subproduto do próprio desenvolvimento não parece ser verdadeira, pois se este fosse o caso, uma política intensa de treinamento (bem maior que o MOBRAL existente na época) levaria a uma redistribuição de renda que compensaria os efeitos deletérios do desenvolvimento, fato que pelo visto não se concretizou.
- Resuma os instrumentos de política econômica.
R: Os instrumentos de política econômica são:
- Política Fiscal: Gastos Públicos e Impostos. São instrumentos que afetam o lado real da economia;
- Política Monetária: Instrumentos ligados a quantidade de moeda e títulos públicos. Os principais instrumentos da política monetária são: emissões, reservas compulsórias, open market, redesconto, regulação sobre crédito e taxas de juros;
- Política Cambial e comercial: Políticas que atuam sobre as variáveis relacionadas ao setor externo da economia. Os instrumentos abarcam as interferências governamentais na taxa de câmbio, pela determinação do regime cambial (fixo, flutuante ou flutuação suja) e a política comercial, por meio de barreiras, incentivos e subsídios.
- Política de rendas: Refere-se à intervenção direta do governo na formação de renda (salários, aluguéis), através de controle e congelamento de preços.
- Qual é a condição de equilíbrio, e quais são as variáveis macroeconômicas determinadas:
- no mercado de bens e serviços;
R: A condição de equilíbrio se dá quando Oferta Agregada de bens e serviços = Demanda Agregada de bens e serviços, e as variáveis determinadas nesse mercado são:
- nível de renda e produto nacional;
- nível de preços;
- consumo agregado;
- poupança agregada;
- investimentos agregados;
- exportações globais;
- importações globais.
- no mercado monetário;
R: A condição de equilíbrio se dá quando Oferta de Moeda = Demanda de Moeda e as variáveis determinadas nesse mercado são:
- taxa de juros;
- estoque de moeda.
- no mercado de títulos;
R: A condição de equilíbrio se dá quando Oferta de Títulos = Demanda de Títulos e a variável determinada nesse mercado é o preço dos títulos.
- no mercado de trabalho;
R: A condição de equilíbrio se dá quando Oferta de Mão de Obra = Demanda de Mão de Obra e as variáveis determinadas nesse mercado são:
- Nível de emprego;
- Taxa de salários monetários.
- no mercado de divisas.
R: A condição de equilíbrio se dá quando Oferta de Divisas = Demanda de Divisas e a variável determinada nesse mercado é a taxa de câmbio.
Capítulo 9
Respostas das Questões para Revisão
- Mostre como opera o fluxo circular de renda e como surge a identidade entre as três óticas de medição do resultado da atividade econômica de um país, conforme a Contabilidade Social.
R: O fluxo circular de renda, já apresentado nos capítulos anteriores, mostra o fluxo contínuo de bens (mercadorias e serviços) e fatores de produção, entre empresas (unidades produtivas) e famílias (unidades consumidoras e detentoras dos direitos de propriedade sobre as firmas) tendo em contrapartida um fluxo de pagamentos a bens (preço pago pelas mercadorias e serviços) e a fatores de produção (salários alugueis, etc...) entre estas mesmas unidades. A partir deste sistema, podemos avaliar o resultado da atividade econômica de um país sob três óticas: Ótica do produto e da despesa, que olham para a produção de bens finais na economia e a venda de tais bens, e ótica da renda, que foca sobre a remuneração dos fatores de produção (salários, juros, aluguéis e lucros).
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