Criatividade e Desenvolvimento de Novos Conceitos
Por: Deise Ísis • 15/3/2017 • Bibliografia • 11.336 Palavras (46 Páginas) • 314 Visualizações
Criatividade e Desenvolvimento de Novos Conceitos
Professora Gabriela Gonçalves Silveira Fiates
A criatividade pode ser aprendida e surgir em momentos de necessidade. Existem formas de aprender a ter criatividade, o que pode ser compartilhado com as pessoas.
Ser criativo é ter capacidade de criar ideias originais e úteis; é poder resolver as dificuldades do cotidiano observando o comum para torná-lo útil e eficiente; é pensar diferente.
Há diferenças conceituais entre criatividade, descoberta, invenção, imitação, mudança e inovação; devemos identificar como se dá o processo de geração de uma ideia criativa.
Criatividade e Processo Criativo
Antigamente se acreditava que a criatividade ocorria por inspiração divina e, geralmente, era associada às atividades artísticas. (KNELLER, 1978)
A teoria comportamentalista é baseada no estímulo-resposta que buscava explicar a criatividade como comportamento condicionado a um estímulo externo.
Teoria Gestaltista (1945): a criatividade era vista então como a busca de soluções para uma gestalt, ou forma incompleta (Max Wertheimer, psicólogo alemão, seu principal expoente).
Teoria Psicanalítica (1950): Freud; cuja ênfase passou a ser a afetividade, já que a criatividade inconscientemente é entendida como a forma de solucionar conflitos internos.
O humanista Maslow, associou a criatividade à autossatisfação.
Guilford (1960): apresentou uma explicação cognitivista a partir de um modelo tridimensional da estrutura do intelecto. O Modelo apresenta as possibilidades de Operações intelectuais que o indivíduo é capaz de realizar com base em determinados Conteúdos informativos gerando certos Produtos mentais.
“Gestalt” significa: o todo é mais do que a soma das suas partes. Sendo assim, a psicologia da gestalt afirma que as partes nunca podem proporcionar uma real compreensão do todo. Esse movimento sustenta que a mente configura os elementos que chegam a ela mediante a percepção ou a memória (a inteligência).
O autor propõe 120 formas de combinações possíveis, sendo que a criatividade seria uma dessas operações, representada pelos pensamentos divergentes.
Alex Osborn (1953) foi o criador da técnica Brainstorming – “Tempestade de Ideias”, inicialmente voltada à publicidade e à inovação tecnológica.
De Bono (1970) também seguiu na mesma perspectiva cognitivista, porém contemplando também a intuição e os sonhos no processo criativo.
Mudança. O verbo “mudar” significa: alterar; modificar; transformar; pôr em outro lugar; deslocar; remover; desviar; substituir; permutar; trocar etc.
O processo de mudança organizacional é visto como um processo complexo. Para Porras e Robertson (1992), a mudança consiste em um conjunto de teorias, valores, estratégias e técnicas cientificamente embasadas objetivando mudança planejada do ambiente de trabalho com o objetivo de elevar o desenvolvimento individual e o desempenho organizacional. Mudanças são atividades intencionais, proativas e direcionadas para a obtenção das metas organizacionais (ROBBINS, 1999). Para Bressan (2001), no entanto, a mudança organizacional pode ser compreendida como qualquer modificação, planejada ou não, nos componentes organizacionais formais e informais mais relevantes (pessoas, estrutura, produtos, processos e cultura); modificação que seja significativa, que atinja a maioria dos membros da organização e que tenha por objetivo a melhoria do desempenho organizacional em respeito às demandas internas e externas.
Sobre as mudanças organizacionais, não há consenso entre vários dos aspectos propostos, por exemplo:
- se a mudança é planejada ou não;
- quais as dimensões impactadas pela mudança; e
- quais os motivos que levam a organização a mudar (se em resposta ao meio ambiente externo ou não).
A Mudança organizacional é qualquer transformação, planejada ou não, em razão de fatores ambientais ou não, em qualquer componente da organização que possa ter consequências relevantes, sejam elas positivas ou negativas.
Descoberta
O termo “Descoberta”, refere-se à ação ao efeito de descobrir; o que se descobre. O Termo significa “achar; dar com; inventar; dar a conhecer”. A descoberta está relacionada a algo já existente, porém que ainda não foi percebido ou apreendido.
A descoberta é oriunda de algum tipo de insight. O Insight parece estar relacionado a uma capacidade aguçada de percepção e de intuição, aquilo que chamamos de momento EUREKA.
“Toda descoberta é uma conquista cognitiva que implica invenção e criação”. A descoberta parece ser um primeiro estágio, no qual o indivíduo passa a ver as mesmas coisas de outra forma, considerando outras perspectivas, podendo gerar, assim, outros resultados criativos que levem à invenção e/ou à inovação.
Insight – significa uma percepção profunda, clara, nítida de uma dada situação; refere-se a sentimento de entendimento; percepção; intuição; inspiração.
Serendipity: [Johnson (2011)], palavra para explicar a capacidade de encontrar resultados importantes e adequados sem estar necessariamente procurando por eles – achar algo inesperado – ou de simples causalidade, porém natural.
Há diferença entre a invenção e a inovação. Embora ambos sejam frequentemente usados como sinônimos, há diferenças sutis, começaremos pelo conceito de invenção, pois nos parece que esse é um pouco mais simples, vejamos o porquê.
Invenção: é o ato de criar ou de desenvolver um novo produto ou processo. Uma invenção por natureza cria algo novo. Schumpeter (1934) e mais tarde Drucker(1998), no entanto, costumavam distinguir invenção de inovação por sua capacidade de gerar valor comercial. Para ambos, toda inovação parte de uma invenção, mas digamos que esse seria um estágio anterior. Porém, nem toda invenção tem fôlego e se torna algo útil para a sociedade ou gera valor econômico para a organização ou para seu idealizador. Às vezes, uma invenção é muito boa, mas ela pode não estar pronta para o seu tempo.
Dar exemplos para invenções não é fácil, pois quando a invenção toma forma e se torna conhecida pela sociedade, ela conceitualmente deixa de ser invenção e passa a ser inovação.
Mas a mídia, em geral, parece não se importar com esses conceitos, e, em 2009, o Museu de Ciências de Londres promoveu uma votação para a eleição da melhor invenção de todos os tempos. Depois de quase 50 mil votos, o equipamento de Raios-X, criado em 1895, com dez mil votos, foi eleito o vencedor.
Inovação
A palavra “inovar” tem origem no Latim in+novare, que significa fazer novo, renovar ou alterar. Significa ter uma ideia nova ou aplicar ideias de outras pessoas com eficácia e de forma original tal que encontrem aceitação no mercado, incorporando essas novas ideias em novas tecnologias, processos, designs, produtos, mercados e serviços, enfim em melhores práticas.
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