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Critérios de Avaliação de Empresas

Por:   •  7/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.314 Palavras (6 Páginas)  •  237 Visualizações

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ETAPA 3 – PESQUISA “Critérios de Avaliação de Empresas”

Existem vários critérios de avaliação de empresas; dentre eles podemos citar:

1-Balanço patrimoniais: são baseadas no Balanço; pois pode avaliar a empresa pelo o valor das contas de seus ativos:

  •  Ativos - mostram os valores empresa na data em que são feitos;

  • Passivos exigíveis - aponta tudo o que a empresa deve para terceiros;
  • Diferença entre ativos e passivos exigíveis - mostra o valor unitário das ações, utilizando informações sobre o patrimônio dos acionistas;
  • Correção patrimonial – procura corrigir as deficiências encontradas no passivo e no ativo;
  • Valor de Liquidação – é o processo que monstra se a empresa fosse liquidada, qual o seu valor após a venda de todos os seus ativos e o pagamento de todas as suas obrigações, geralmente representa o valor mínimo;
  • Valor Substancial – é a simulação de quanto seria gasto para construir uma empresa com as mesmas características da empresa avaliada, para isso existem três tipos para essa avaliação:
  • Bruto, que corresponde ao valor dos ativos avaliados a preços de mercado;
  • Líquido ou valor de ativos líquidos ajustado, onde se diminuem os valores das obrigações;
  • Bruto reduzido, que é o valor substancial bruto diminuído do valor das obrigações contraídas a custo zero.

2-Demonstração de Resultado: Esse critério busca demonstrar através da DRE o valor da empresa, utilizando informações como Lucro, Vendas dentre outras informações.

  • Lucros – Utilizam os Lucros por ação e divide pela a taxa PER (usada como um padrão empregado no mercado de ações). Esse critério não avalia o lucro contábil, o valor do dinheiro no tempo e os riscos.

  • Dividendos – Esse critério diz que, o valor de uma ação é o valor presente líquido dos dividendos que são esperados. Por isso é possível projetar uma taxa constante de crescimento do volume de dividendos a cada ano. Porém, não há garantias de que os dividendos futuros serão mantidos.
  • Múltiplos de vendas – Esse critério baseia-se em calcular o valor da empresa multiplicando-se seu volume de vendas por um multiplicador. Esse critério pode obter resultados positivos naquelas organizações que não possuem um sistema contábil ou que nele não se pode confiar.

3-Goodwill: Pode-se dizer que é o valor que uma empresa possui, e que sobrepõe seu valor contábil ou seu valor contábil ajustado. Esse critério é o valor dos ativos intangíveis de uma empresa, além de seus ativos tangíveis, devidamente explicitados pela contabilidade.

  • Clássico - Fala que o valor de uma empresa é igual à soma do valor de seus ativos líquidos (a valor de mercado ou a valor substancial) e do valor de seu goodwill.

  • Critério simplificado da União Europeia – Estabelece a como fórmula para a determinação do valor de uma companhia o seguinte: V = A + an (B – iA), onde

A é o valor dos ativos líquidos atualizados ou o valor substancial líquido, an é o valor presente a uma taxa t, de n anuidades, com n entre 5 e 8 anos, B é o valor da receita líquida prevista para o ano ou a projeção para o ano seguinte, i é a taxa de juros obtida por uma aplicação alternativa, que podem ser debêntures, o retorno sobre o PL ou outro investimento.

  • Critérios dos peritos contábeis europeus – Utiliza a fórmula: V = [A + (an x B)] / (1 + i an). Esse critério estabelece que o valor total de uma empresa é igual ao valor dos ativos líquidos reavaliados (valor substancial) adicionado ao goodwill.

  • Indireto – Utiliza a fórmula para definir o valor da empresa: V = (A + B / i) / 2, ou V = A + (B - iA) / 2i. Esse critério possui variações que podem acontecer quando se usam diferentes pesos para o valor substancial e para o valor da capitalização dos lucros.
  • Compra de lucros anuais – Utiliza a fórmula: V = m (B – iA). O valor do goodwill é igual a certo número de anos de superlucros. Esse critério monstra que o valor de uma empresa é igual ao valor de seus ativos somado pelo superlucro estabelecido.

4-Fluxo de caixa: Procura determinar o valor de uma empresa pela projeção dos fluxos de caixa que devem ser gerados no futuro e então descontam esses valores a uma taxa condizente com o risco do fluxo.

  • Fluxo de caixa livre – Representa o fluxo de caixa obtido pelas as operações normais da empresa, desconsiderando empréstimos. Nada mais é o montante financeiro que estará disponível para investimentos em ativos fixos e necessidades de capital de giro.

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  • ECF (Equity cash flow) – É outro tipo de fluxo de caixa passível de ser utilizada. O fluxo de caixa ECF é calculado pela subtração dos juros e pagamentos feitos em cada período aos credores, líquidos de tributação, do fluxo de caixa livre, adicionado de novas provisões realizadas. Ou melhor, dizendo, é o fluxo de caixa remanescente na empresa após a cobertura dos investimentos em ativos fixos e necessidades de capital de giro, após o pagamento de juros sobre financiamentos.

  • Capital cash flow – É definido como a soma do ECF com o custo do capital de terceiros deduzido da variação dos passivos. ECF é calculado pela subtração dos juros e pagamentos feitos em cada período aos credores, líquidos de tributação, do fluxo de caixa livre, adicionado de novas provisões realizadas.

5-Criação de valor: São representados praticamente pelo EVA, e faz-se muito pouco uso de modelos não convencionais como o do lucro econômico e o do valor de caixa adicionado, a abordagem deve dar-se nesse modelo, principalmente por ser o EVA.

  • EVA (Economic Value Added) – Pode-se dizer que foi criado para a utilização em empresas, como fonte de informação relacionada à criação de valor ao acionista, que possibilita o conhecimento e a mensuração do desempenho empresarial. O EVA surgiu da abordagem do lucro econômico, o qual mede o valor criado em um negócio em um período de tempo que é dado, pela seguinte fórmula: Lucro econômico = capital investido x (retorno sobre o capital investido – custo do capital investido). É utilizado para calcular a riqueza criada em determinado espaço de tempo, buscando exatamente o cálculo da rentabilidade real de um capital aplicado.

  • Outros critérios baseados na criação de valor - O CFROI é um modelo muito próximo ao do uso da taxa interna de retorno. Tem, no entanto, enfoque mais voltado ao uso do fluxo de caixa, do que à criação de valor propriamente dita. O SVA é um modelo desenvolvido por Alfred Rappaport, e também trabalha com fluxos de caixa futuros que, devidamente descontados, procuram identificar o valor de uma empresa. Os demais modelos citados, AEVA e REVA são derivados do modelo EVA, que procuram suprir deficiências apresentadas pelo EVA na modelagem original.

Referências

KASSAI, José R. Aspectos observados na conciliação entre os métodos Valor Presente Líquido

(VPL) e Economic Value Added (EVA). São Paulo, 2001. Tese (Doutorado) - Universidade de São Paulo.

MARTINS, Eliseu. Avaliação de empresas: da mensuração contábil à econômica. São Paulo: Atlas, 2001.

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