Currency Board e Dirty Floating (flutuação suja): vantagens e desvantagens
Por: Steh.diniz • 6/11/2018 • Pesquisas Acadêmicas • 329 Palavras (2 Páginas) • 734 Visualizações
Um país pode utilizar diversas variações de regime cambial. A adoção do tipo mais conveniente para sua economia dependerá das metas que pretende atingir, da situação de sua economia e de como outras variáveis se comportarão perante o modelo escolhido.
Compare os modelos currency board e dirty floating (flutuação suja), citando suas vantagens e desvantagens.
Sabe-se que a quantidade de moeda nacional diversifica conforme a entrada e saída de divisas (dólares). Dessa forma, a oferta de moeda nacional fica atrelada ao volume de reservas cambiais. Nesse sentido, serão observados dois regimes cambiais denominados “Currency Board” e “Dirty Floating”.
O Currency Board foi empregado, em 1991, pela primeira vez na Argentina. Entre as suas vantagens destacam-se a credibilidade que o mesmo gera ao sistema monetário; a maior regulamentação que exerce sobre os gastos públicos; a convergência da inflação, bem como das taxas de juros manifestadas pelo país da moeda-lastro e, ainda, a previsibilidade que oferece aos agentes econômicos.
Todavia, resulta no abandono da política monetária; inviabiliza a atuação como emprestador de última instância, favorecendo os bancos internacionais; encara situações de sobrevalorização do câmbio; torna a economia fragilizada a ciclos extremos de booms e recessões e, também, produz impactos negativos quando os países encaram ciclos econômicos diferentes e a taxa cambial entre a moeda-reserva e as outras moedas variam.
Por sua vez, o Dirty Floating trata-se do regime atual utilizado no Brasil, no qual o mercado estabelece a taxa de forma livre, por meio da demanda e oferta e o Banco Central interfere precisamente, comprando e vendendo, com o intuito de evitar oscilações significativas.
Contudo, a flutuação cambial tem sido cada dia menos livre e mais suja, ou seja, estabelecida pela interferência dos bancos centrais nos mercados cambiais, não considerando, constantemente, as situações econômicas reais do país.
Em virtude do que foi exposto, vale ressaltar que no Brasil, por exemplo, as mediações não têm impedido a valorização do Real, em função do volume de capitais que entram no país, destinados à compra de ativos financeiros.
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