Desencorajamento a entrada

Desencorajamento à entrada

• A empresa estabelecida deve ser capaz de convencer qualquer potencial concorrente de que sua entrada não será lucrativa.

• Política de comércio estratégico e concorrência internacional

Resumo:
As barreiras à entrada, que constituem uma importante fonte de poder de monopólio e lucro, podem surgir naturalmente em alguns casos, como por exemplo, economias de escala, patentes e licença ou acesso a insumos essenciais. Entretanto, as próprias empresas podem as vezes desencorajar a entrada de potenciais concorrentes.
Para desencorajar a entrada de um concorrente, a empresa estabelecida deve ser capaz  de convencer qualquer potencial concorrente de que sua entrada não será lucrativa.
EX: Digamos que a empresa X se defronta com a provável entrada da empresa Y. Claro que a empresa x gostaria de induzi-la a permanecer fora do setor, pois assim continuaria com preços altos e desfrutaria dos benefícios do monopólio. Se a empresa y entrar no mercado, a empresa x tem que tomar uma decisão. Ou seja, poderá atuar de forma acomodada, mantendo o preço alto e esperando que a empresa y faça o mesmo. Logo dividiriam o mercado e o lucro.
Se a empresa y acreditar que a empresa x esta propensa a uma acomodação, concluirá que a entrada pode ser lucrativa e entrará. Suponhamos que a empresa x ameace expandir a produção e esteja disposta a iniciar uma guerra de preços para manter a empresa y afastada. Se ela acreditar na ameaça, não entrara, porque esperaria ter prejuízo. Porem tal ameaça não merece crédito, uma vez que a entrada já tenha ocorrido, estará propenso a uma acomodação, mantendo o preço alto. A empresa y sabe disso e seu movimento racional será entrar no mercado.
Suponha que a empresa x investisse em capacidade produtiva extra necessária para iniciar uma competição agressiva caso ocorra a entrada da concorrente. Certamente, mesmo que depois mantivesse o preço alto (com ou sem entrada da empresa y), esse custo adicional reduziria os lucros. Logo, a ameaça de se engajar numa guerra de preços passa a ser digna de crédito. Como o potencial concorrente agora sabe que sua entrada resultará em guerra, é racional e permanece fora do mercado.

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