Desenvolvimento da Carreira: Responsabilidade da Organização ou Responsabilidade do Indivíduo?

Desenvolvimento da Carreira: Responsabilidade da Organização ou Responsabilidade do Indivíduo?

Grupo: Jefferson Berssani; Mariana Cardial;

Milena Soprani e Roseane Fontes.

Toda profissão assim como todo profissional necessitam trabalhar a melhoria contínua, a buscar sempre o aprimoramento seja em novas tecnologias ou cursos profissionalizantes. Vivemos uma realidade o qual buscar reconhecimento de suas ações é proteger-se de riscos como o desemprego, exclusão dentro da organização, congelamento funcional, além de intuito de construir a própria carreira.

Segundo Martins (2001), carreira é a trajetória profissional, adquirindo o sentido de profissão que caminha em etapas. Dutra (1996) descreve dois modelos de carreira: modelo tradicional e moderno, sendo que em sua visão, o modelo tradicional vigorou até a década de 70 e é caracterizado pela estabilidade e progressão linear e vertical. Já o modelo moderno caracteriza-se por uma progressão da carreira de forma descontínua e com maior instabilidade.

No âmbito tradicional, o principal projeto do funcionário era aposentar-se na mesma empresa na qual ele iniciou sua carreira, pois era a empresa que permitia o acesso ao trabalho e gerência do seu desenvolvimento. Enquanto, no modelo moderno as pessoas são motivadas por desafios, a passar assim por várias empresas. Nesse conceito é de responsabilidade do profissional o seu desenvolvimento e evolução em parceria com a empresa.

A ideia de carreira nasceu após a Revolução Industrial e desde então vem sofrendo por fortes transformações. Tanto a empresa quanto o funcionário exercem papéis importantes no desenvolvimento da carreira profissional.

O funcionário é o capital humano da Organização, onde sem este as empresas não conseguem dar segmento ao seu negócio (Boudreau, 2008). As pessoas planejam e produzem os produtos e serviços, além de controlarem a qualidade. As empresas necessitam conquistar vantagens competitivas no mercado e para isto devem contar com profissionais estimulados e motivados para obtenção do sucesso.

Segundo a Pesquisa Global Sobre a Força de Trabalho, 46% de todos os empregados do mundo e 39% dos empregados brasileiros afirmam que suas organizações oferecem ferramentas úteis para o planejamento de carreiras. No Brasil, 40% dizem que as organizações em que trabalham oferecem oportunidade de crescimento e 44% acreditam que teriam de mudar de empresa para prosseguir em suas carreiras.

Em outra pesquisa feita pelo Global sobre Talentos e Recompensas mostra que 49% das organizações se consideram eficazes na oferta de oportunidade de crescimento. No Brasil, esse número é melhor (66%), porém despenca para 56% quando o foco são as ofertas de oportunidades não convencionais para desenvolvimento de carreiras.

Desta forma as organizações precisam ter cada vez mais um direcionamento compatível com a realidade, promovendo meios para que seus colaboradores vinculam-se perspectivas de promoção profissional a uma representação que esteja de acordo com as políticas instituídas internamente, bem como a um comportamento adequado e desejável, não somente dentro da empresa, mas também, para reconhecimento social.

Tão importante como saber aonde quer chegar, é saber qual caminho deve seguir. Ter um objetivo traçado é fundamental, contudo para conseguir alcançar tal meta é necessário muito planejamento. O Plano de Carreira é uma tarefa imprescindível para o futuro sucesso na vida profissional.