ESTRUTURA DE MERCADO DO SETOR SUPERMERCADISTA
Por: Giovana Schimit • 9/5/2017 • Trabalho acadêmico • 3.418 Palavras (14 Páginas) • 402 Visualizações
1. ESTRUTURAS DE MERCADO
Ao falar em economia, é preciso saber sobre como os diversos tipos de empresas se dividem no mercado. Para definir como o comportamento das empresas através da definição da sua capacidade e de operar concorrência no mercados, falamos em estruturas de mercado. No estudo dessas estruturas, avalia-se o tamanho e a capacidade que uma determinada empresa possui para definir o preço de um produto homogêneo e deter poder no mercado.
Existem diversos modelos sobre o comportamento das empresas na formação de preços dos seus produtos, porém a diferença está ao objetivo de maximizar: lucros, margem de rentabilidade sobre os custos, participação no mercado, etc.
Dentro deste contexto, nos deparamos com as seguintes estruturas de mercado:
1.1 CONCORRÊNCIA PERFEITA
Essa estrutura descreve mercados em que nenhum dos participantes tem tamanho suficiente para ter o poder do mercado e definir o preço de um produto homogêneo. Como as condições para concorrência perfeita são restritas, existem poucos mercados assim. Somente alguns mercados baseados em leilões e mercados bolsistas conseguem se aproximar desse conceito.
Nessa estrutura, o produto de uma empresa é considerado, no ponto de vista dos consumidores, igual ao produto ofertado pelo restantes das empresas. Não existem restrições para que novas empresas entrem daquela industrais, ou que a deixem. O investimento necessário é relativamente baixo, e o conhecimento tecnológico. Tanto compradores como vendedores tem total acesso a todas informações necessárias para tomada de decisões.
Quanto ao preço, por não apresentar variabilidade de produto, na maioria dos casos é exercido preço de mercado, não havendo incentivos para prática de preços diferentes, no caso de uma empresa praticar preço acima do preço de mercados, os consumidores optaram pelos produtos das demais empresas. O lucro das empresas vai depender da optimização da sua produção.
1.2 MONOPÓLIO
A estrutura de mercado monopolista caracteriza-se por ser única produtora do bem ou prestadora do serviço, não há produtos ou serviços próximos que possam substituir, existe bloqueios para entrada de novas empresas concorrentes. Um exemplo de mercado monopolista é a Petrobras.
O bloqueio ao acesso de demais empresas ocorre devido a exigência de um elevado montante de investimento, por proteção de patentes, ou seja, uma única empresa possui o direito de produzir determinado bem ou serviço, por controle sobre o fornecimento da matéria prima ou por tradição no mercado.
Quanto aos lucros, as empresas monopolistas possuem segurança no mercado, mesmo com preços elevados haverá consumidores e irá se manter como única no mercado. Como existem barreiras de entrada de novas empresas, essa condição permitirá a persistência de lucros extraordinários também a longo prazo.
1.3 COMPETIÇÃO MONOPOLISTICA
Na concorrência monopolística são produzidos bens diferentes, entretanto, com substitutos próximos passiveis de concorrência. É uma estrutura intermediaria entre a concorrência perfeita e o monopólio.
Possui grande número de empresas com certo poder concorrencial, porém com segmentos de mercados e produtos diferenciados, por características físicas, embalagens, prestação de serviço. A margem de manobra de fixação de preço não é muito ampla e há muitos compradores e vendedores. Os consumidores tem as sua preferências definidas e os vendedores tentam diferenciar os seus produtos daqueles produzidos pelo concorrente, ou seja, o produto é heterogêneo. Os produtos podem ser iguais, mas cada empresa vai ter sua forma de diferenciá-los dos demais. Ex.: batata frita, existem diferentes sabores, embalagens, formatos. Existem barreiras de entrada, como diferenciação do produto, canais de distribuição, tecnologias, etc.
1.4 OLIGOPÓLIO
Oligopólio é um tipo de estrutura de mercado que pode ser definida na forma de oligopólio concentrado onde há pequeno número de empresas no setor, e oligopólio competitivo, onde um pequeno número de empresas domina um setor com muitas empresas.
Como existem empresas dominantes, essas tem poder de fixar preço de venda, defrontando-se com demandas relativamente inelásticas, em que os consumidores tem baixo poder de reação perante a alteração de preços. Ocorre barreiras de entrada, como proteção de patentes, controle de matérias primas, tradição, oligopólio puro ou natural. A longo prazo, os lucros extraordinários permanecem, pois as barreiras a entrada de novas empresas persistirão.
No oligopólio, podemos encontrar duas formas de atuação das empresas: concorrem entre si, via guerra de preços ou promoções, formam cartéis, que é uma organização formal ou informal de produtores dentro de um setor, que determina a politica de todas as empresas integrantes do cartel, fixando preços e a cota do mercado entre empresas. O oligopólio tem como objetivo a maximização de lucros, o preço é determinado apenas pela oferta.
O setor supermercadista do Rio Grande do Sul,faz parte dessa estrutura de mercado, no início com pequena estrutura de atendimento, o setor aperfeiçoou-se e na década de 90, com a abertura de mercado para operadores internacionais houve um movimento acentuado de concentração, com a entrada de grandes empresas internacionais de varejo alimentício e a introdução de práticas modernas de gestão. Essas empresas, buscam pelo grande mercado consumidor que temos aqui, sendo ele que exerce papel de identificador das necessidades e desejos, que determinam a produção dos bens que irão atender suas expectativas, e a pouca competividade, pouca restrição de entrada de novas empresas.
Com a entrada de empresas estrangeiras, e com seu potencial de fixação de preço bastante alto, as empresas nacionais foram perdendo seu espaço ou optando por fusões. Hoje vemos empresas dominantes, que pela sua capacidade de oferta, conseguem preços mais baixos, que atraem cada vez mais consumidores, deixando os pequenos mercados impossibilitados de seguir esse padrão.
Ainda entre essas grandes empresas, há alto índice de competitividade, o que torna o consumidor um especulador, como os produtos ofertados pelas empresas são iguais, o consumidor busca por aquela que oferece menor custo.
Grande parte das empresas de pequeno porte tem dificuldade de sobrevivência, sendo que, no Rio Grande do Sul, segundo a Secretaria de Desenvolvimento e Assuntos Internacionais – SEDAI/RS (2000) as dificuldades são decorrentes do
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