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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS NO BRASIL

Por:   •  10/9/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.446 Palavras (6 Páginas)  •  232 Visualizações

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

ESCOLA DE GESTÃO E NEGÓCIOS

ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS

LETICIA VIEIRA COUTO SOUZA

LUIS GUSTAVO LEMES BATISTA

 VIVIAN RODRIGUES VENÂNICO

EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS NO BRASIL

GOIÂNIA

2020

INTRODUÇÃO

A Administração de Recursos Humanos evolui de acordo com os fatos históricos, políticos, econômicos e sociais de cada época.

Ao longo da história, o Brasil passou por várias formas de organização econômica, social, política e administrativa. E isto tem uma grande importância para as relações trabalhistas.

Notamos que no Brasil a evolução das relações de trabalho é muito demorada, como também toda a evolução política, dificultando o desenvolvimento do país e impedindo o avanço de novas práticas da administração de recursos humanos. Isso ocorre devido os motivos históricos e culturais na nação.

Evolução histórica da administração de recursos humanos no Brasil

Até final do século XIX, na fase colonial do Brasil, quando a economia era basicamente a produção agrícola, vários ciclos se sucederam, como o ciclo do café, cacau, algodão. Como a população de Portugal era escassa, o deslocamento de mão-de-obra europeia era inviável, pela população ser pequena e segundo pelo rei não ter perspectiva de salários recompensadores. Assim empregava-se em escala crescente mão de obra escrava, a solução foi a utilização de mão-de-obra de escravos africanos.

Durante o 1º e o 2º Reinado o país continuou a basear sua economia na lavoura, cultivada por escravos africanos e seus descendentes. O futuro da agricultura cafeeira, já considerada o setor econômico mais importante do País, passou a depender de uma solução definitiva para o problema da mão-de-obra. Apelou-se então para o recurso de imigração de europeus que se dispusessem a vir trabalhar nos cafezais, especialmente em São Paulo.

A partir de 1888, na fase da República velha, o fluxo imigratório aumentaria, teríamos assim mão de obra composta pela população livre e escravos libertos.

Os últimos anos do século XIX os primeiros do século XX também foi importante para o desenvolvimento da mão-de-obra assalariada. Não havia, na época, qualquer regulamentação das condições de trabalho.

Até o início dos anos 20 o movimento grevista foi intenso. O nível de vida dos assalariados continuava declinando, enquanto as vitórias socialistas na Europa estimulavam a luta dos operários.

Entre 1917 e 1921 ocorreram várias graves dos trabalhadores. Nos anos seguintes declinou a intensidade de movimento operário, reduzindo-se também a influência anarquista. Muitas foram as razões para esse declínio, mas a principal foi a intensa repressão ao movimento operário e aos anarquistas em particular, especialmente a partir de 1917.

A Revolução de 1930 constitui um marco na história das relações de trabalho no Brasil este período instituiu no Brasil a fase de controle ostensivo da classe trabalhadora. Para completar, as empresas não se preocupavam com a mão-de-obra, pois esta era abundante e barata.

A intervenção nas questões do trabalho se acentuou no Estado Novo.

Em 1943 toda a legislação trabalhista e social foi reunida, formando a Consolidação das Leis do Trabalho, que até hoje regulamenta as relações entre empregados e patrões no País.

A Constituição de 1946, prevê uma série de preceitos com relação à legislação trabalhista e previdenciária. Estes preceitos ratificavam as leis trabalhistas já estabelecidas por Getúlio Vargas. A Constituição reconhecia o direito de greve e considerava livre a associação profissional ou sindical, sendo regulada por lei a forma de constituição.

O processo de industrialização brasileira teve uma modernização no parque industrial, com a adoção de novas tecnologias e racionalização do trabalho. Adotaram novas formas de organização de trabalho onde era fundamentada na intensificação do controle do capital sobre o trabalho. A partir daí, formalizou-se a administração de pessoal, fazendo com que o controle de capital fortalecesse a estrutura hierárquica no interior das empresas.

Com a revolução de 1964 houve uma mudança na legislação para favorecer os interesses do capital e limitar os direitos dos trabalhadores, com isso os líderes sindicais foram totalmente reprimidos e foi-lhe retirado o poder de negociação com o patronato. Com tais mudanças a lei da estabilidade foi substituída pelo Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, onde passou a incentivar a rotatividade da mão-de-obra.

Em 1978 aconteceram diversas greves organizadas por metalúrgicos para obter melhores condições de trabalho. Já em 1981 aconteceu a recessão atingindo os trabalhadores com muitas demissões. Contudo, não deixou de haver greves e paralisações, isso gerou um leve progresso da conquista de maiores direitos sindicais.

Na década de 80 os trabalhadores imprimiram uma nova dinâmica nas relações entre capital e trabalho, mostrando-se, inclusive, mais confiantes em sua força e capacidade de luta. Nesse mesmo período começa a crescer o movimento sindical devido a clima de maior liberdade política. Nessa mesma época houve uma desaceleração no autoritarismo patronal.

Percebemos que o Brasil, quando se fala em relações do trabalho, sua evolução é lenta, como também sua evolução política. Tornando difíceis os pensamentos em práticas avançadas de administração de recursos humanos.

Contudo, começa um novo período para a administração de recursos humanos no Brasil, denominado de burocrático-cartorial, nessa época aparecem os primeiros órgãos da administração pessoal. Acompanhando as preocupações com a legislação recém-criada, empresários preocupam com desenvolvimento de uma sociedade, inaugurando o “mecanicismo” nas práticas de pessoal no Brasil.

Com o governo de Kubitschek, houve grande aumento de tensão nas relações de trabalho desestabilizando a administração de recursos humanos. Com isso os empresários adotam o modelo de relações industriais, onde, não teve muito sucesso devido às diferenças das condições políticas e socioeconômicas nas relações de trabalho.

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