Estrutura de Mercado do setor Supermercadista
Por: NathaliaM • 17/9/2016 • Trabalho acadêmico • 4.854 Palavras (20 Páginas) • 277 Visualizações
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 MICROECONOMIA E MACROECONOMIA
2.2 MÉTODOS QUANTITATIVOS APLICADOS À GESTÃO EMPRESARIAL
2.3 ÉTICA, POLÍTICA E SOCIEDADE
3 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
1 INTRODUÇÃO
Segundo Rachman (1973) o varejo é tão antigo quanto à civilização e a economia de mercado. No entanto, a visão da atividade de distribuição de bens de consumo como uma função empresarial a ser realizada de acordo com padrões administrativos modernos, é um fato que vem ocorrendo apenas a partir dos anos 1950, inicialmente nos Estados Unidos, espalhando-se em seguida para o resto do mundo.
“Varejo consiste naquelas atividades de negócio envolvidas com a venda de bens e serviços aos consumidores para seu uso pessoal, familiar ou residencial. É o estágio final no processo de distribuição” (BERMAN & EVANS, 1989, p.3)
De acordo com Gimpel (1980) o varejo brasileiro, nos seus primórdios, foi baseado nas experiências bem sucedidas no exterior. Assim, o varejo brasileiro foi se moldando às características do mercado interno, a partir das novidades trazidas de outras nações. Por exemplo, a entrada em operação no país das Lojas Americanas, em 1929, trouxe consigo toda a bagagem de comercialização de uma típica loja americana de variedades, a Woolworth. No período de 1945 a 1955 as grandes empresas comerciais estrangeiras que operavam em nosso país foram, na sua maioria, compradas por grupos brasileiros, sendo que ainda hoje o setor varejista encontra-se, em grande parte, sobre o controle de capital nacional.
A partir da década de 1970, o desenvolvimento dos auto-serviços foram responsáveis por empreender uma nova forma de vender os mesmos produtos, tendo como característica principal permitir ao consumidor que ele mesmo tivesse a possibilidade de escolher os produtos de sua preferência. Esse novo conceito de varejo, que teve origem nas grandes capitais brasileiras, espalhou-se pelo interior e foi responsável por instalar um novo hábito de consumo, levando um grande número de pessoas às lojas ao mesmo tempo. O consumidor então se tornou um desconhecido. O setor varejista, incluindo os supermercados, reagiu às mudanças, oferecendo preços mais competitivos, investindo em automação comercial e atendimento ao cliente. Atualmente, todos disputam pelo consumidor, buscando atrair novos clientes e, ao mesmo tempo, manter a fidelidade dos cativos (RÉVILLION, 1998).
O padrão de crescimento do setor supermercadista brasileiro tem acompanhado as tendências de globalização econômica. Há evidências de aumento de concentração de mercado após a implantação do Plano Real, e maior entrada de redes supermercadistas estrangeiras como Carrefour e Wal Mart (CONCHA-AMIN & AGUIAR, 2006). Santos (2009) relata que o setor varejista, principalmente o supermercadista, vive um momento de estruturação, influenciado pelas transformações que têm ocorrido na economia brasileira. O Plano Real propiciou que redes estrangeiras investissem ou reinvestissem no Brasil. No trabalho de Aguiar & Concha- Amim (2005), os autores apontam que, após a implantação do Plano Real, houve um aumento na entrada de redes supermercadistas estrangeiras no país, evidenciando um aumento de concentração de mercado neste setor.
Segundo Aguiar & Concha-Amin (2006) a teoria da organização industrial e, em particular, o modelo estrutura-conduta-desempenho (E-C-D) destacam a estrutura do mercado como a essencial fonte de poder de mercado das empresas. Conforme mostra Martin (1993), os elementos centrais da estrutura seriam o grau de concentração do mercado, o grau de diferenciação do produto e a existência de barreiras à entrada. De maneira geral, estruturas de mercado mais concentradas e/ou elevadas barreiras à entrada proporcionariam maior poder econômico que seria exercido por meio de condutas oligopolistas, as quais reduziriam o bem-estar social, seja por meio de preços não-competitivos repassados aos consumidores, seja por exercício de poder abusivo em relação a outros agentes econômicos (tais como fornecedores). Este quadro se agravaria em presença de produtos altamente diferenciados.
Todos os dias um amplo número de empresas, oferta a um número ainda maior de consumidores seus bens e serviços para consumo, ou seja, atendem a uma demanda de um determinado mercado. As empresas procuram ampliar seus lucros frente aos seus custos e os consumidores buscam maximizar a sua satisfação frente à sua restrição orçamentária. Esta interação em um determinado mercado entre consumidores e produtores, entre demanda e oferta, resulta na determinação do preço dos bens e serviços e pode ser abordada através de diferentes estruturas de mercado (MENDES, 2004). O mesmo autor acrescenta que o termo “estrutura de mercado” refere-se às características organizacionais de um mercado, que determina as relações entre os envolvidos, tais como entre vendedores no mercado e/ou entre vendedores e compradores. Santos (2009) cita que quanto à estrutura de mercado, são considerados fatores como a participação do governo, diferenciação de produtos, distribuição e número de vendedores e compradores, existência de barreiras à entrada de novos concorrentes, integração vertical, elasticidades de demanda e economias de escala de produção.
Dentre as abordagens que a literatura traz, Jurandir (2014) classifica a estrutura de mercado de acordo com o número de participantes que interagem no mercado: a) Concorrência perfeita (muitos compradores e muitos vendedores); b) Oligopólio (número reduzido de vendedores diante de muitos compradores); c) Monopólio (um só vendedor frente a muitos compradores).
A estrutura de mercado conhecida como monopólio caracteriza-se por apresentar apenas um produtor no mercado. Vários são os motivos que podem levar um mercado a se estruturar como monopólio: patentes, licenças governamentais, propriedade exclusiva de matéria-prima ou técnica produtiva, economias de escala que levam ao monopólio natural, etc.
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