Exportação Cachaça
Por: LEOETS15 • 13/9/2015 • Trabalho acadêmico • 3.380 Palavras (14 Páginas) • 2.072 Visualizações
Disciplina de Comércio Exterior
Exportação da Cachaça Brasileira
Professora:
Alunos:
São Paulo, 03 de Abril de 2013.
Produto
O produto escolhido para a exportação é a Cachaça.
Detalhes do produto: Cachaça São Paulo
Componentes: cana-de-açúcar fermentada, destilada e envelhecida em tonéis de madeira por 2 anos.
Características: sabor de cana-de-açúcar picante.
Teor Alcoólico: 39% por volume
Garrafa de vidro de 700ml
Para exportação caixas de papelão com 12 unidades
Dimensões da caixa de papelão: L32,5 X C24,5 X A31 cm
Peso Bruto por caixa de papelão – 13,5 kg
Pallet com 128 caixas – Máximo empilhado: 08 caixas de papelão
Metragem cúbica por caixa – 0,0247 m3
Metragem cúbica por pallet – 3,16 m3
Metragem cúbica total utilizada – 31,60m3
Máximo 10 pallets de 1,20 por 1,20 em cada container de 20 pés
Dimensões do container – 6,058 m comp x 2,438 m larg x 2,591 m alt
15.360 garrafas por container de 20 pés
Peso total: 17.280kg
Preço unitário do produto ( não inclui frete, seguro, etc) – US$ 9,00
Preço total – US$ 138.240,00
Considerada uma carga frágil (Handle with care)
Mercado Alvo
Estados Unidos – Atualmente o 10º comprador do produto brasileiro. Empresa compradora: Rede de supermercados WallMart / Sam´s Clubs, o produto será comercializado inicialmente no Estado da Florida onde a rede de supermercados conta com mais de 279 unidades de vendas espalhadas pela região, além de contar com 6 centros de distribuição.
A escolha deste local se deve ao crescimento no consumo/vendas, segundo dados da Apex as exportações de cachaças brasileiras para os EUA cresceram 32,97% em valor (Janeiro a julho/2012, comparado com mesmo período de 2011).
História da Cachaça
“A cachaça, bebida feita da fermentação e destilação do melaço proveniente da cana-de-açúcar foi descoberta pelos escravos dos engenhos de açúcar em meados do século XVI. Era considerada uma bebida de baixo status perante a sociedade, pois era consumida apenas por escravos e brancos pobres, enquanto a elite brasileira da época preferia vinhos e a bagaceira (aguardente de bagaço de uva), trazidos de Portugal.
Porém, mesmo assim os engenhos de cachaça foram se espalhando, tornando-se a bebida alcoólica mais consumida no Brasil Colônia. Com isso, a Corte Portuguesa proibiu sua produção, comercialização e consumo sob a justificativa de que seu consumo pelos escravos poderia ameaçar a segurança e a ordem da Colônia, e que prejudicava, também, o rendimento dos trabalhadores das minas de ouro e no comércio local. Entretanto, o principal motivo, segundo alguns historiadores, é que a cachaça produzida no Brasil começou a ganhar espaço junto à classe média da época, levando à diminuição do consumo da bagaceira, importada de Portugal e, consequentemente, arrecadando menos impostos.
Como na prática nunca se conseguiu acabar com o consumo da bebida, em meados do século XVIII a Corte Portuguesa decidiu taxar a venda da cachaça, porém sem sucesso, pois a sonegação era muito elevada e a aguardente tornou-se um símbolo de resistência contra a dominação portuguesa.
Quando o produto nacional começou a ganhar força entre todas as classes sociais, alguns setores da elite e da classe média do século XIX e início do XX iniciaram um movimento de preconceito contra a cachaça, uma vez que eles buscavam uma identidade mais próxima da europeia.
Somente durante a Semana de Arte de 1922, quando se buscou as raízes brasileiras, é que a cachaça voltou a ser considerado um símbolo da cultura nacional e contra a adoção da cultura européia. E, desde então, é considerada a mais brasileira das bebidas e famosa em todo o mundo.
Cachaça, caninha, pinga, cana e aguardente de cana
Para que o produto receba a denominação de cachaça, deve obedecer os parâmetros estabelecidos pelo Decreto n° 2314, de 4 de setembro de 1997, que regulamenta a padronização e classificação de bebidas.
Sendo a cachaça, caninha, cana ou aguardente de cana toda bebida que utilize a cana-de-açúcar como matéria-prima e com sua graduação alcoólica entre 38% e 54% em volume, a 20° C, podendo ainda ser acrescida de açúcar em até seis gramas por litro, sendo que quando a adição de açúcar for superior a seis e inferior a 30 gramas por litro deve receber a denominação de cachaça adoçada, caninha adoçada ou aguardente de cana adoçada.
Consumo e produção
A aguardente de cana é a terceira bebida destilada mais consumida no mundo e a primeira no Brasil. Segundo o Programa Brasileiro de Desenvolvimento da Aguardente de Cana, Caninha ou Cachaça (PBDAC), a produção é em torno de 1,3 bilhão de litros por ano, sendo que cerca de 75% desse total é proveniente da fabricação industrial e 25%, da forma artesanal.
O Brasil consome quase toda a produção de cachaça, por volta de 1% a 2 % é exportado (2,5 milhões de litros). Os principais países compradores são: Alemanha, Paraguai, Itália, Uruguai e Portugal (Tabela 1).
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Fonte: Rodrigues et al. (2006). |
Tabela 1. Principais países importadores de cachaça. |
A cachaça é produzida em todos os Estados brasileiros, mesmo naqueles onde o cultivo da cana-de-açúcar não é favorável. Os maiores produtores de cachaça são: São Paulo (45%), Pernambuco (12%), Ceará (11%), Rio de Janeiro (8%), Minas Gerais (8%), Goiás (8%), Paraná (4%), Paraíba (2%) e Bahia (2%), sendo os três primeiros responsáveis por quase toda produção de cachaça industrial (Figura 1).
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