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Gestão mercadologica na administração

Por:   •  13/9/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  677 Palavras (3 Páginas)  •  245 Visualizações

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“Verás que um filho teu não foge a luta”

Muito ouvimos falar sobre as manifestações que vem ocorrendo desde 2013 no Brasil, quando pessoas mobilizadas, através das redes sociais foram às ruas para protestar contra o aumento abusivo das tarifas do transporte coletivo. Este movimento ficou conhecido no Brasil como “Não é pelos vinte centavos”, protesto esse que chamou a atenção dos tabloides internacionais e fez com que o Brasil ficasse em evidencia por um determinado período por causa da quantidade de pessoas que aderiram ao movimento. Segundo levantamento da CNM (Confederação Nacional de Municípios), esse movimento atraiu cerca de quase 2 milhões de pessoas e abrangeu 438 cidades no país. De acordo com Tales Pinto, é interessante ressaltar que se comparou o movimento ao que ocorreu em 1992, quando os jovens também revoltados com o índice de corrupção em relação ao presidente da republica da época foram às ruas, pintaram a cara com as cores da bandeira do Brasil e exigiram a saída do presidente. Esse movimento ficou conhecido como “Caras Pintadas”. Outro movimento político importante foram as “Diretas já!”, onde as pessoas buscavam a aprovação de uma lei que possibilitasse a eleição direta para Presidência da República.

         Voltando um pouco mais na história vemos que a luta por melhorias acontecem desde o Brasil colonial. A escritora Maria Gohn cita em seu livro História dos Movimentos e Lutas Sociais, que houve revolta dos índios, dos quilombos negros, revoltas do período regencial e imperial, revolta da Cabanada na Amazônia, Balaiada do Maranhão e Piauí, guerra dos Cabanos de Pernambuco e Alagoas, revolta dos negros Malés da Bahia, quebra-quilos da Paraíba e Pernambuco entre outras revoltas que ocorreram que foram mais evidenciadas. Esses movimentos ficaram esquecidos na história e só agora, com o advento das manifestações atuais estão sendo pesquisadas e dando cidadania a líderes populares que antes eram conhecidos como Bárbaros. É interessante fazer uma analogia, pois hoje os líderes dos movimentos que vem ocorrendo atualmente, são conhecidos como vândalos.

E o que dizer da Luta pela Independência? Maria Gohn fala que havia um desejo das pessoas se libertarem do Colonialismo, e com medo de revoltas como as que estavam ocorrendo na Europa e na América do Norte, o príncipe herdeiro declarou a independência do Brasil para evitar que os radicais liberais se rebelassem. Esses líderes lutavam contra o colonialismo, ou seja, queriam a liberdade e igualdade. Será que esses anseios da época são diferentes das reivindicações de hoje? Não, pois hoje o povo luta contra a violência, a corrupção, a situação precária da saúde, o descaso com a educação, a falta de moradia, entre outros. Isso não deixa de ser a busca pela igualdade. Como se não bastasse todo esse problema social que o Brasil vem enfrentando, este ano de 2014 o Brasil será sede da Copa do Mundo, e os governantes, para atender aos requisitos impostos pela FIFA, tiveram que fazer investimentos absurdos para melhorar a infraestrutura dos estádios, aeroportos, estradas, enfim, tudo que é relacionado a oferecer maior mobilidade ao turista. Neste ponto surge uma nova revolta. Segundo balanço do governo federal, esta copa gerou um gasto de R$ 25,6 bilhões, valor nove vezes maior do que o previsto inicialmente. Ou seja, em um país onde a desigualdade social é alta, a saúde é precária e a educação negligenciada, torna-se incoerente e inadmissível o país assumir um custo com um evento Sazonal.

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