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Humanidades

Por:   •  20/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.094 Palavras (5 Páginas)  •  154 Visualizações

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        Durante séculos a humanidade manteve um padrão, instintivo, de descarte de resíduos na natureza. O ambiente em si, encarregava-se de absorver e transformar esses resíduos. Porém, à partir da Revolução Industrial, pouco tempo atrás em termos históricos, se comparada à vida humana na terra, o nível de poluentes jogados na atmosfera, nas águas e nos solos,  têm aumentado  exponencialmente, atingindo limites que não permitem mais a aceitação de antigos procedimentos de “diluir e dispersar”.

        O aumento da poluição está intimamente ligado com o problema do crescimento populacional desordenado, que é antes de tudo, um problema social.

        Quando a minha geração nasceu, a geração Baby Boom, após a Segunda Guerra, a população tinha passado a marca de 2 bilhões. Agora, estou na faixa dos 50 e a população já chegou a 6,2 bilhões. E se eu viver o tempo previsto para a minha  geração, ela vai chegar a 9 bilhões. Se são precisos 10 mil gerações para se chegar a 2 bilhões, e depois, no decorrer de uma vida humana, ela passa de 2 bilhões para 9 bilhões; está acontecendo alguma coisa profundamente diferente. (GORE, 2007. Documentário).

        Essa explosão demográfica desordenada, aliada ao atual modo de vida capitalista, baseado no consumismo voraz e no lucro a qualquer preço, traz consigo, além das questões ambientais, os problemas éticos e sociais.

        Como fazer para que bilhões de chineses tenham acesso ao “American Life Way”? Seria isso possível? Ou melhor, seria essa uma atitude viável?

        A resposta está evidente. O que precisamos, é de um novo modelo de gestão econômico-social e de uma nova postura perante a utilização dos recursos naturais ainda disponíveis.

        Nosso atual modelo de vida, ditado em grande parte pela globalização, está nos levando à degradação do planeta como um todo, seus recursos naturais e sociais, e o que é pior, degradação que deixou de ser lenta e acelera-se ano após ano. Haja visto, o problema do “Aquecimento Global”, que na última década atingiu níveis preocupantes, e que trouxeram, juntamente com as catástrofes ambientais, prejuízos econômicos gigantescos.

        Sir Nicolas Stern, importante economista do Reino Unido, emitiu um relatório com 700 páginas em outubro de 2006, chamando a atenção para os prejuízos econômicos decorrentes de mudanças climáticas muito intensas e descontroladas. Ele calcula que os prejuízos ficarão entre 5% e 20% do PIB mundial, a cada ano, com efeitos devastadores para a economia, enquanto as medidas necessárias para reduzir as emissões e essas conseqüências, agindo-se agora, custariam cerca de 1% do PIB mundial, em cada ano. (MOURA, 2008. Pág. 15).

        Logo, essa política do desenvolvimento a qualquer custo, não nos serve mais. Na verdade, nunca nos serviu. O problema é que ainda somos dominados por uma pequena parte de uma população rica, que detêm o poder de escolha sobre como serão utilizados os recursos tecnológicos e naturais, visando sempre, o benefício de uma minoria, deixando a grande massa à mercê do subdesenvolvimento e de tecnologias ultrapassadas. Uma mudança nesse cenário se faz necessária, e urgente.

        Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que no meio de uma magnífica diversidade  de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que, nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações. (2002 apud ONU, Carta da Terra e MOURA, 2008. Pág. 1).

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