Humanizaçao
Por: altai_rregis • 27/4/2015 • Trabalho acadêmico • 2.822 Palavras (12 Páginas) • 213 Visualizações
CENTRO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA (CEAD)
CURSO: GESTÃO HOSPITALAR
DISCIPLINAS: ADM. DE MATERIAIS E LOGÍSTICA
HUMANIZAÇÃO E ATENDIMENTO HOSPITALAR
ALUNO: ALTAIR REGIS SIQUEIRA
RA: EAD9749456250
TUTORA: MÔNICA DANIELLE NÓBREGA ALVES ALPIRE
CIDADE: SÃO LOURENÇO DA MATA: PERNAMUCO
DATA: 19/09/2014
APRESENTAÇÃO DO DESFIO PROFISSIONAL TEMA: HUMANIZAÇÃO
HUNANIZAÇÃO NO BRASIL
A Humanização no Brasil, ainda está engatinhando. Percebe-se uma rejeição por parte daqueles que fazem o sistema de saúde empregadores, médicos, técnicos em enfermagem, enfermeiros, etc., de aceitarem esta nova maneira de assistir o paciente. O Brasil ainda continua com a filosofia de “doença” apenas em tratar a doença, visando a “cura”, mas não confortar o paciente neste processo e sua família neste processo que muitas vezes é doloroso.
Os profissionais de saúde, desde o atendimento na recepção do hospital até a entrada do paciente em um procedimento cirúrgico, tratam pacientes e familiares de forma padrão “seca”, não demonstrando carinho, compaixão para com o paciente e sua família.
As literaturas provam que, desde muito tempo, a humanização faz parte do cotidiano da área de saúde. Certamente o maior exemplo disto, foi a enfermeira FLORENCE NIGHTINGALE, que com sua dedicação, amor, respeito ao próximo, e é claro muito profissionalismo, conseguiu reduzir uma taxa de mortalidade de 42% para apenas 2% em um período de guerra, façanha para época considerada extraordinária. Por isso, sua metodologia é copiada até hoje.
Com o passar dos tempos e a chagada da modernidade, os hospitais passaram a ser mais comerciais e, deixando cada vez mais de lado a filantropia, ou seja, a Humanização.
DESAFIO PROFISSIONAL
O desafio consiste em:
- Analisar a relação “CLIENTE /USUÁRIO/FAMILIA X PROFISSIONAIS DE SAUDE, as dificuldades de relacionamento, entre ambos, e o que fazer para estreitar/melhorar este relacionamento;
- Desenvolver um projeto de humanização dentro hospital, abrangendo todos os setores, colaboradores.
METODOLOGIA
Através de caixas de sugestão, fixadas em pontos onde existe grande movimentação de pessoas, os profissionais podem opinar da maneira como quiserem, sem precisar se identificar, deixando assim, a pesquisa mais segura.
Para os clientes/usuários, pesquisa de satisfação através de abordagem após o atendimento, onde o profissional realiza perguntas subjetivas e objetivas, para verificar o grau de SATISFAÇÃO/INSATISFAÇÃO dos usuários, principais problemas que o usuário sente, sugestões de melhorias no atendimento, instalações, etc.
ALGUMAS PERGUNTAS REALIZADAS AOS CLIENTES/USUARIOS
- Quando precisar ir a um hospital, este é a sua 1º opção?
- A medicação prescrita pelo médico foi eficiente?
- Instalações do prédio e ou acomodações quando internado: ÓTIMA, BOA, REGULAR, RUIM, OU PESSIMA?
- Existe demora no atendimento? Quanto tempo?
O hospital no qual está sendo pesquisado é de médio porte, onde existem algumas especialidades, ambulatórios, urgência/emergência, realização de exames. Aceita todos os planos de saúde.
RESULTADO DA PESQUISA
Com os profissionais de saúde:
- Após a analise dos resultados, verificou-se que, mais de 50% disseram que não se sentem satisfeitos no trabalho;
- 38% disseram não ter perspectiva de crescimento;
- 2% disseram que a principal dificuldade no setor de trabalho são as acomodações: cadeiras que deixam a postura incorreta, balcão mais alto que o padrão;
- Também disseram que estão sobrecarregados com o trabalho. Setores que não têm o quantitativo de profissionais suficiente);
- A remuneração paga é abaixo da categoria;
- Os médicos, especificamente, reclamam principalmente dos materiais: alguns são de baixa qualidade, onde não existe a certeza de se realizar um procedimento seguro.
Com os clientes/usuários:
Em relação aos usuários, foram obtidos os seguintes resultados:
- Àqueles que mais frequentam o hospital é porque moram próximo ou fica no caminho de casa;
- A quantidade de atendentes na recepção é insuficiente, causando fila de espera para o atendimento;
- O local de atendimento é distante do local de espera;
- Não sentem segurança em alguns profissionais, mal olham para o paciente e, às vezes, não sabem que conduta seguir.
RESULTADO FINAL:
O Resultado da pesquisa mostra o seguinte:
A maneira como os usuários são abordados desde a entrada no hospital, não existe calor humano, preocupação com o seu estado, apenas protocolos de procedimentos, ou seja, não existe HUMANIZAÇÃO.
Em um atendimento de urgência/emergência, onde o paciente vem acompanhado por um parente, este não recebe nenhuma informação após seu parente ter sido encaminhado para um ambulatório, leito ou até um bloco cirúrgico. A equipe de profissionais não dá qualquer tipo de informação para tranquilizar este parente, que encontra-se aflito pela falta de informação, não sabendo qual o real estado de seu parente, ele só recebe um “não sei lhe informar”, pelos profissionais do hospital que ele aborda.
Observou-se, também, um comportamento muito “seco” por parte do medico: não existe uma conversa entre médico e paciente, um breve histórico do seu estado de saúde, apenas a anamnese. O paciente relata o seu estado, médico não faz muitas perguntas, prescreve a medicação e ou exame e o paciente vai embora. Na saída não existe um “obrigado” por parte do paciente ou “melhoras” por parte do médico. Nem tão pouco na recepção.
Sabemos que um hospital não é uma loja de conveniência onde dizemos: “volte sempre obrigado pela preferencia”. Mas não precisa ser da maneira completamente mecânica, metódica como está sendo atualmente.
PLANO DE AÇÃO:
- Apresentar a diretoria os problemas encontrados na pesquisa;
- Discutir todos os temas abordados não apenas os que achar importantes, pois, todos são importantes;
- Após a discussão de todos os temas junto à diretoria, elaborar de fato o plano de ação: definir estratégias para mudar a realidade do hospital, melhorando a autoestima dos profissionais, consequentemente aumentando a produtividade deste e por conseguinte os lucros da instituição.
- Realizar as devidas adequações no prédio, no que diz respeito às instalações (relocar o local de espera ficando mais próximo dos consultórios), mobiliários nos setores, fazendo as devidas correções para que o profissional sinta-se mais confortável e trabalhe melhor.
- Apresentar os questionamentos por parte dos médicos com relação aos materiais de baixa qualidade, podendo por em risco a vida do paciente onde o hospital pode vir a responder judicialmente.
- Discutir com a diretoria, a possibilidade de contratação de mais profissionais nos setores onde existe sobrecarga de trabalho por falta do quantitativo.
ETAPAS DO PLANO DE AÇÃO
Devolver a autoestima dos colaboradores;
Como? Realizar treinamentos dentro ou até mesmo fora da empresa, mostrando-lhes os resultados da “pesquisa de clima”;
POR QUÊ? Mostrar a cada colaborador, a sua importância dentro da instituição. Fazer o “DIA DA TROCA DE SETOR”.
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