MacArthur: Lições de Estratégia e Liderança

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PROGRAMA DE LEITURA 2020

Resenha Crítica

MacArthur: Lições de Estratégia e Liderança

Cap Inf Aer JOÃO GABRIEL PICCOLI E SOUZA

(Opinião de inteira responsabilidade do autor) 1 INTRODUÇÃO

O livro em questão foi publicado em 2005, tendo como autores Theodore Kinni e Donna Kinni, que são especializados em obras sobre relações comerciais. Tendo Douglas MacArthur como inspiração, utilizaram de sua biografia para extração de exemplos e lições, pois em praticamente tudo que ele participou obteve sucesso, desde direção de instituições militares, missões estrangeiras a direção de empresas.

A obra está dividida em cinco partes, onde os autores começam contextualizando o biografado e nas partes seguintes, por meio de exemplos de sua história extraem lições de estratégia, liderança, administração e caracteristicas pessoais.

Em suas estratégias o foco dos exemplos está em seus feitos militares, pois se destacou nas duas grandes guerras e na guerra da Coréia, tendo vencido diversas batalhas. Sua liderança também é destaque, pois ela era viabilizada por suas diversas características, sendo pelo conhecimento, pelo carisma, coragem, por saber delegar, e acreditava que sua liderança ostensiva servia como motivação (KINNI; KINNI, 2008, p. 24).

Sua capacidade em administrar é referenciada, pois além de ter sido superintendente de West Point, também foi presidente da Remignton e da Sperry Rand Corporation, tendo um ótimo desempenho.

1. DISCUSSÃO E ANÁLISE CRÍTICA SOBRE O ASSUNTO

Antes de pontuar cada lição que o nome do livro traz como proposta, é importante contextualizar quem foi e o que fez o biografado, pois de acordo com isso o processo de identificação deu seu exemplo como líder e estrategista fica claro.

A biografia escrita por Theodore Kinni e Donna Kinni relata a historia do general norte americano Douglas MacArthur, um dos heróis do grande conflito, um dos cinco únicos generais de cinco estrelas, homem de personalidade forte que se tornou um dos maiores lideres da história militar.

MacArthur desde pequeno tinha o seu destino traçado, porem ele se preparou duramente para atingir suas metas.  Aos 13 anos de idade MacArthur foi matriculado na Academia Militar do Oeste do Texas, em San Antonio, e mesmo jovem já se destacava pelas suas notas. Em 1897 MacArthur se formou como o melhor aluno da turma com uma media de 96,67, com o termino do seu ensino médio MacArthur passou 18 meses estudando para o exame da Academia Militar de West Point , e com 19 anos ele passou no exame tornando-se cadete da Academia Militar de West Point . Durante o seu período de formação, MacArthur ficou em primeiro lugar da turma, em três dos quatros anos de formação. Após ter obtido a sua graduação, MacArthur serviu como Segundo-Tenente no corpo de Engenheiros e foi enviado para as Filipinas em sua primeira missão, e com 10 meses após a sua chegada às Filipinas, foi promovido a Primeiro Tenente. Como Primeiro-Tenente MacArthur realizou varias tarefas importantes, uma delas foi transformar a Companhia K, que estava entre as mais baixas no ranking das 21 companhias em campeã, e por causa desse e de outros feitos que MacArthur foi promovido a Capitão no ano de 1911.

No ano de 1914, a Primeira Guerra Mundial eclodiu na Europa. Em 1915 MacArthur foi promovido a Major, e no ano de 1917 ele participa da criação da 42º Divisão, sendo assim promovido a Coronel e nomeado Chefe de Estado Maior da 42º Divisão. MacArthur durante a Primeira Guerra Mundial lutou na França contra os alemães, e durante diversos conflitos MacArthur mostrou a sua habilidade e capacidade montando uma defensiva que repeliu a ofensiva alemã e que efetivamente acabou com as chances alemãs de ganhar a guerra. Em 11 de novembro de 1918 o acordo de cessar fogo foi assinado e a Primeira Guerra Mundial terminou.  Após a Primeira Guerra Mundial Mundial MacArthur tornou-se Superintendente de West Point, comandou a 23º Brigada da Divisão Filipina, tornou-se presidente do Comitê Olímpico norte-americano 10 meses antes da olimpíada de Amsterdã e no ano de 1930 foi o Chefe do Estado Maior das Forças Armadas dos Estados Unidos.

Com o início da Segunda Guerra Mundial, MacArthur retornou à frente da batalha, foi nomeado chefe de operações no Sudeste Asiático, combatendo a expansão japonesa pelo Oceano Pacífico, e comandando a reação americana. A sua atuação ao longo destes anos, concedeu-lhe um lugar ímpar na história da Segunda Guerra Mundial, sendo considerado um dos maiores comandantes militares do século XX e um dos maiores militares norte americanos de todos os tempos.

Em 1945, quando nomeado Chefe Supremo das Potências Aliadas, aceitou a rendição dos japoneses após a explosão das bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki. Esta rendição teve um grande valor simbólico para os americanos, pois foi efetuada na baía de Tóquio. Depois da rendição, MacArthur tornou-se comandante Aliado da ocupação do Japão, e o virtual autor da Constituição que vige até hoje no país.

Em 1950 quando a Coreia do Norte invadiu a Coreia do Sul, os Estados Unidos entraram na guerra comandando a força militar das Nações Unidas. MacArthur foi nomeado comandante do Exército das Nações Unidas, tendo expulsado os invasores e atacada a Coreia do Norte. Por divergências com o presidente Truman foi substituído, retornando aos Estados Unidos, onde fora convidado a entrar na corrida presidencial do país, porém recusou e assumiu a presidência da Remington, entrando assim na vida corporativa até o fim de sua vida.

O livro traz ao menos 50 lições da proposição de seu título, o que evidencia a importância desse General para a história e como exemplo militar e de gestão. Segundo French e Raven (1959) existe uma taxionomia de bases de poder, onde há cinco tipos, o de recompensa, coercitivo, legítimo, especialista e de referência. Pelo carisma e capacidade de condução de tropas, empresas e até de uma Nação, é notório que os tipos de poder coercitivos e qualquer tipo de conduta autocrática não são compatíveis com sua figura. Portanto seu conhecimento estratégico levou a obter seu poder de especialista. Sua imposição e presença, bem como valores morais, o levaram ao poder de referência e legítimos, pois as pessoas o seguiam espontaneamente. E por sua capacidade de levar as tropas à vitória, bem como sua ascenção em qualquer meio lhe trouxeram o poder pela recompensa, onde as pessoas aceitava sua inluência, mesmo inconscientemente visando benefícios.