Marketing Digital Como Ferramenta de Relacionamento nas Micro e Pequenas Empresas

MARKETING DIGITAL COMO FERRAMENTA DE RELACIONAMENTO PARA MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

Matheus de Lima Mota1

Roberta Rolemberg Cabral Martins2

RESUMO

Em um mundo cada vez mais digital e com as pessoas cada vez mais interagindo através da internet, foi necessária uma evolução do marketing, gerando o marketing digital. As empresas passaram a se beneficiar deste novo espaço, o vasto campo da internet, mas agora, as mídias digitais são mais inclusivas, abrindo espaço para as pequenas e até as micro empresas. Neste ambiente digital de interações, os relacionamentos são prioridades e, o marketing digital tornou-se uma grande ferramenta de relacionamento para as empresas. Este trabalho apresenta uma estrutura de como as micro e pequenas empresas podem fazer marketing digital de forma que gere relacionamentos com o público e transforme clientes em amigos. As propostas são baseadas em autores renomados nas áreas abordadas e de exemplos de sucesso, mostrando que as oportunidades e vantagens ainda podem ser muito bem exploradas pelos pequenos negócios.

Palavras-chaves: Empreendedorismo. Gestão. Marketing 4.0.

ABSTRACT

In a world increasingly digital and with people even more interacting by the internet was necessary to have a marketing evolution, creating the digital marketing. The companies have been benefited by this new branch, the vast area of the internet, but now, the digital medias are more inclusive, opening space for the small and even for the micro enterprises. In this digital environment of interactions, the relationships are priorities, and the digital marketing became a huge tool of relationship for the companies. This assignment presents an operating structure of the small and micro enterprises, showing how they can do digital marketing creating relationships with the public, turning clients into friends. The proposals are based on renowned authors in the named areas and on examples of success, showing that the opportunities and the advantages can be all the more explored by the small business.

Keywords: Digital Marketing. Companies. Relationships.

1. INTRODUÇÃO

As evoluções digitais mudaram as formas que as pessoas se interagem entre si, com isso, levou o marketing a evoluir junto, desenvolvendo novas ferramentas para manter a interação com o mercado. A sociedade também vem evoluindo, tendo novas ênfases e valores, amadurecendo em alguns aspectos e descobrindo outros. E nestas novas mudanças, surgiu o marketing digital e o de relacionamento, cada um com suas definições e importâncias.

Com a internet cada vez mais acessível e cada vez mais presente na vida das pessoas tornou-se uma ferramenta de relacionamento social. Neste ponto as empresas se beneficiaram, utilizando os canais digitais para também interagir e gerar trocas com o público. Assim o marketing digital possibilitou uma aliança ao marketing de relacionamento.

Mas a evolução digital também trouxe democratização. Se por um lado as pessoas puderam interagir mais entre si, gerar conteúdo e consumir informações em diversas fontes, por outro lado deu a possibilidade de outras empresas entrarem neste novo campo, as micro e pequenas empresas. Agora, assim como um cidadão comum tem a liberdade de produzir conteúdo e opinar, os pequenos negócios também podem gerar seus conteúdos e divulgar-se.

No entanto, o marketing digital pensado para essas micro e pequenas empresas deve levar em consideração aspectos antes não considerados, deve pensar nas dificuldades e entraves peculiares a elas, mas também considerar a importância de proporcionar um trabalho bem feito e abrangente.

O objetivo desse trabalho é apresentar como as micro e pequenas empresas podem utilizar o marketing digital para criarem relacionamento com os seus clientes e construírem novos relacionamentos com o público, criando novas oportunidades.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

2.1.1Definição

Para se elaborar algo para as micro e pequenas empresas, é preciso primeiramente definir o que são elas e como separá-las das demais empresas, mas isso não é uma tarefa tão fácil, pois depende de se estabelecer um ponto de corte que distinga as pequenas das grandes empresas (RODRIGUES; VIOL, 2000).

Para esse ponto de corte que faz a separação que desejamos para identificar as micro e pequenas empresas, pode variar. Essa variação se dá por conta das particularidades de cada nação e das intenções de cada governo. Em alguns países se usa como referência o número de funcionários, alguns países usam a quantidade de 500 funcionários, mas alguns outros, como os pertencentes da União Europeia, usam a quantidade de 250 funcionários (RODRIGUES; VIOL, 2000).

No Brasil existe a Lei Geral das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, que foi criada para dar um tratamento diferenciado no que tange a carga tributária, trabalhista e acesso a crédito. A Lei usa como critério básico a receita bruta anual, ficando dividido assim: microempresas terão o teto de receita bruta anual de R$360.000,00 e as empresas de pequeno porte serão as que tiverem receita bruta anual entre R$360.000,01 a R$4.800.000,00; valores esses que são alterados conforme a conjuntura econômica (BRASIL, 2006; SEBRAE, 2018).

O SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) também adota o número de funcionários para categorizar as empresas, não se restringindo apenas as definições da Lei Geral das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte. Para as empresas dos setores de extração mineral, indústria da transformação e construção o SEBRAE categoriza as microempresas sendo elas as que possuem até 19 empregados e as pequenas empresas as que possuem entre 20 a 99 empregados. Já as empresas dos setores de serviços, comércio e agropecuária usa-se para as microempresas a quantidade de até 9 empregados e as pequenas empresas de 10 a 49 (SEBRAE, 2018).

2.1.2 A importância das micro e pequenas empresas no Brasil

Para sabermos as proporções da importância das micro e pequenas empresas, precisamos apenas olhar alguns dados, como por exemplo, de que elas são mais de 98% das empresas privadas do país, representam 27% do PIB nacional, empregam 54% da população com carteira assinada, elas são 38% das empresas exportadoras do Brasil e representam 44,1% da massa