O Brasil e Tecnologia

O Brasil nos dias de hoje ocupa uma posição intermediária no ranking de acesso à tecnologia. Segundo recente pesquisa divulgada Networked Readiness, que mede a disponibilidade e o uso de tecnologias da informação e comunicação, como o acesso a telefones móveis e serviços de internet, o Brasil estagnou seu avanço, ou seja, obteve um crescimento significativo na década passada mas atualmente investe pouco no setor.

Apesar dessa estagnação, em 2014 o Brasil, pela primeira vez, tem acesso à internet em pelo menos 50% das casas. Segundo a pesquisa da pesquisa TIC Domicílios 2014, realizada pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic.br). A pesquisa também mostrou que os celulares crescem mais do que os computadores, que já não contribuem para impulsionar a inclusão digital. Segundo estimativa do IBOPE 120,3 milhões de pessoas com acesso à internet no país. O número é 18% maior que a estimativa divulgada um ano antes, que era de 102,3 milhões, no primeiro trimestre de 2013 e 14% maior que a última divulgação, que tinha sido de 105,1 milhões, referente ao segundo trimestre de 2013.

Com relação à classe social e renda, a disparidade ainda é muito grande. 96% das casas da classe A contam com internet, enquanto 21% das classes D e E tem internet. Já por faixa de renda, 27% das famílias que vivem com até um salário mínimo tem internet, por outro lado, 88% das famílias que vivem com mais de dez salários mínimos tem internet.  No entanto é preciso observar que houve um avanço bastante significativo nos últimos anos, pois em 2004, ano inicial da série da pesquisa, somente 4% das famílias com um salário mínimo tinham internet e para as classes D e E, apenas 13%. Ou seja, a tecnologia, de forma generalizada, ainda não é universal no Brasil, porém vem apresentando progressos.