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O Macroeconomia e Microeconomia

Por:   •  26/12/2022  •  Trabalho acadêmico  •  2.060 Palavras (9 Páginas)  •  99 Visualizações

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Introdução:

O sistema econômico é complexo e a Ciência Econômica busca elaborar modelos de conjuntos de relações entre os agentes econômicos e as variáveis econômicas, explicando assim o comportamento da realidade dos mercados, sejam eles locais ou globais.

O presente trabalho apresenta exemplos de linhas de pensamento tanto da microeconomia como da macroeconomia, tendo em vista a investigação da decisão individual dentro desse amplo sistema, buscando sempre o crescimento equilibrado e estável. Ressaltando ainda que essas duas linhas da economia são aditivas e complementares.

Macroeconomia e exemplos de linhas de pensamento macroeconômico:

        A macroeconomia é a parte da Ciência Econômica que se ocupa do estudo e análise de grandes agregados econômicos como produto, renda, consumo, preço, emprego, investimento, exportações e importações. Além disso, estuda as relações que esses grandes agregados mantem entre si. (BACHA, 2004).

        A macroeconomia está voltada para o funcionamento da economia dos países, analisando o Produto Interno Bruto (PIB), Inflação, Desemprego, Taxa de Câmbio, Taxa de Juros, Balanço de Pagamentos (BP). Dessa maneira estudam-se os padrões setoriais e individuais de todo o sistema econômico, com grande importância para a formulação e implementação de políticas econômicas no contexto social. (MATA, 2018).

        Os mercados analisados pela ciência macroeconômica são: O mercado de trabalho, salários, empregabilidade e desemprego. Mercado monetário, oferta da moeda e taxa de juros. Mercado de bens e serviços, e os níveis de preços. Mercado de títulos e Mercado de divisas, as exportações e importações. (BACHA, 2004).

        Ao mencionar as políticas públicas macroeconômicas podemos destacar que seus principais objetivos são estimular o crescimento da economia e da riqueza, garantir o pleno emprego e consequentemente o consumo, manter a estabilidade dos preços e garantir que não se perca o poder de compra e assim evitar a desvalorização da moeda e o aumento da inflação. (BACHA, 2004).

        As principais correntes de pensamento macroeconômico são as ortodoxas ou clássicas e as correntes intervencionistas chamadas de heterodoxias. (FERRAZ, 2014).

        Para os clássicos, enfatizando o pensador Adam Smith, o ideal econômico é o livre mercado, o mercado que se auto regula, ou seja, não é necessário que o Estado tenha forte intervenção na economia. Nessa linha de pensamento a atuação do Estado deve ser apenas na Defesa, Ordem, Lei e Educação. As nações se tornam ricas pelo aumento da produtividade, aumento da mão de obra, divisão racional do trabalho e especialização. (FERRAZ, 2014).

        Iremos utilizar o desemprego como primeiro exemplo na visão clássica. Para essa corrente de pensamento qualquer desemprego é fruto da rigidez do sistema de preços e remunerações, que impedem o mercado de se ajustar automaticamente.  De acordo com esse pensamento se o mercado de trabalho se auto regular não haverá desemprego involuntário. Os desempregados só estarão nessa condição porque não concordam com a remuneração, com o esforço exigido e com o tempo de trabalho, ou se houver endurecimento dos salários impostos pelo Estado (salários mínimos). Sendo assim, não existe empecimento social. A flexibilidade da economia e o sistema de preços e salários são suficientes para o pleno emprego. (BACHA, 2004; FERRAZ, 2014).

        Como segundo exemplo na visão clássica, podemos citar o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto). O PIB representa a soma do que é produzido em uma Nação, sendo a contagem das riquezas produzidas durante um determinado período. Para a teoria clássica a causa da riqueza das nações ocorre pelo aumento da produtividade, acúmulo de capital e expansão do mercado. Adam Smith afirmava que o Estado não conduz o progresso da nação, mas sim o comportamento pessoal de auto interesse que leva ao progresso econômico e social. (PACHECO, 2016).        

        Para um exemplo prático, será utilizado o sistema do Reino Unido. Sabe-se que o Reino Unido adotou práticas de mínimas intervenções do Estado na economia desde 1979. No início dos anos de 1970 o setor público era inflado, empregava 30% da mão de obra. O país pouco produzia e cobrava até 83% de imposto de renda. Após Margaret Thatcher assumir o governo houveram mudanças como redução do poder dos sindicatos, privatização de industrias e redução de taxas. Atualmente o PIB do Reino Unido é cinco vezes maior do que na década de 70. (JANKAVSKI, 2019).

        Passando para as correntes intervencionistas, chamadas de heterodoxias e enfatizando o pensador John Maynard Keynes, pode-se evidenciar que ocorreram inúmeras críticas ao sistema de pensamento clássico e ao capitalismo. Essa contrariedade foi devido a grande depressão da economia, queda da produção e desemprego em 1929. Portanto os intervencionistas defendem a intervenção do Estado na economia, apoiando o aumento do gasto público nos períodos críticos com a aplicação de medidas de políticas econômicas que permitem salvar a própria economia de mercado. (BACHA, 2004; FERRAZ, 2014).

Para o primeiro exemplo, o desemprego, de acordo com a heterodoxia exige-se intervenção do Estado, pois a principal causa do desemprego ocorre da falta de procura agregada nos investimentos privados. Dessa maneira o Estado deve utilizar de despesas públicas e de impostos para estabilizar o nível do pleno emprego. O Governo deve praticar políticas expansionistas, que compensem as variações verificadas no investimento privado, como a realização de grandes obras públicas, que demandariam grande volume de trabalhadores, garantindo aos mesmos maiores salários e rendimentos, e assim estimulando a produção, o consumo e o emprego. (BACHA, 2004; FERRAZ, 2014).

Para o segundo exemplo, o crescimento do PIB, na linha de pensamento macroecomico de Keynes, o Estado deve atuar para expandir a procura agregada e assim impulsionar o sistema produtivo diretamente. Para fazer crescer o PIB, o governo precisa regular as despesas públicas em bens e serviços, propiciar emprego, aumentar o consumo, atuar na estrutura fiscal, política monetária, nas importações e exportações. Em suma, nos períodos de crise o governo precisa intervir, aumentando os gastos e após diminui-los para regular a demanda agregada e a produção. (BACHA, 2004; FERRAZ, 2014).

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