O Stage-gates Na Administração
Por: Michele de Lima • 2/4/2020 • Resenha • 1.124 Palavras (5 Páginas) • 139 Visualizações
Stage-gates
O processo de inovação tem uma espinha dorsal que estabelece o fluxo de como uma ideia se transforma em inovação, e recebeu o nome de processo stage-gate. Esse processo foi desenvolvido por Dr. Robert Cooper, que visa ordenar como as ideias evoluem a partir de estágios e marcos decisórios bem estabelecidos que funcionam como filtros, descartando ideias e aprovando outras para continuidade e alocação de mais recursos.
Segundo o Dr. Cooper, empresas que inovam sem um processo claro e progressivo de avaliação e seleção de ideias alcançaram uma taxa de sucesso 20% dos projetos. Por outro lado, empresas que possuem uma definição clara de etapas e decisões em séries para selecionar e financiar as melhores ideias alcançaram taxas de sucesso de 50%.
A inovação é por natureza uma atividade de risco, e o processo stage-gate na sua essência é um recurso administrativo para gerir esse risco e fazer “apostas” cada vez mais calibradas e focadas.
Etapas genéricas de stage-gates
Há inúmeras publicações de administração e engenharia que indicam diversas alternativas e ferramentas para aprimorar a implementação, porém existem cinco etapas genéricas relacionadas a processos e estruturas para implementação.
Conceito.
Desafios: foco nas necessidades dos clientes e não nas características do produto; clara definição de proposta de valor; definição dos atributos que vão diferenciar o conceito com relação a possível concorrência.
Instrumentos e ferramentas de gestão: Definição de personas; análise de valor; storytelling; Comparativo de características e atributos com relação à concorrência (técnica do oceano azul)
Business case.
Desafios: Foco em Market potential; definição de hipótese e premissas a serem testadas; riscos associados e metodologias para diminuir incertezas.
Instrumentos e ferramentas de gestão: elevator speech; venture boards; roadmaps; marketing plan; speed dating; sugestão de um champion e sponsor.
Desenvolvimento técnico e prototipação.
Desafios: Escolha de ferramentas e parcerias tecnológicas que permitem maior eficiência no uso dos recursos do projeto; Critérios bem estabelecidos para realização de test-batchs no ambiente de produção; políticas de teste de protótipos com a participação de clientes.
Instrumentos e ferramentas de gestão: Ferramentas computacionais de simulação CAD/CAE, realidade aumentada e outros; Ferramentas de construção de protótipos como impressoras 3-D; Projeto de experimentação laboratorial; Ferramentas de comunicação entre marketing e engenharia; Busca de laboratórios externos; Time multifuncional; Planta-piloto; Laboratório de teste real com consumidor.
Comercialização.
Desafios: Detalhamento adicional e bastante numérico do business case inicial; Decisões-chaves sobre metas; Distribuição; Preço; Roll-out do produto e marca; Previsão de vendas; Previsão de respostas do concorrente.
Instrumentos e ferramentas de gestão: Ferramentas de estimativa de mercado como predictive markets; Lançamentos em mercado-teste; Utilização das marcas de guerrilha ou submarcas; Incentivos específicos para a equipe de vendas; Estratégias go-to-market específica para inovação.
Scaling Up e estratégia de saída.
Desafios: Decisões-chave sobre produção interna ou terceirizada, estoque e distribuição; Construção de sistema de indicadores para suportar decisões de prosseguir ou abandonar um lançamento.
Instrumentos e ferramentas de gestão: Utilização de parceiro especializados em trabalhar com baixos volumes; Lançamentos em escala reduzida para não prejudicar a imagem da marca; Licenciamentos agressivo; Facilitar Spin-offs; Doação para multiplicadores – ONGs.
Desafio 2: A gestão dos projetos
Para que os projetos tenham maior velocidade e fluidez de execução, sem a necessidade de acionar frequentemente a alta administração para decisões de projetos, é necessário delegar poderes aos gerentes dos projetos e profissionais envolvidos na gestão.
A estrutura desse poder decisório envolve duas componentes centrais: tipo de times de projeto e o nível de integração entre funções dentro do projeto.
A formação de um time de projeto deve manter a coerência com as disciplinas envolvidas, o nível de complexidade das tarefas, a duração de cada atividade e o tempo total do projeto.
Tipos de estruturas para implementação de projetos de inovação
Estrutura funcional. O time é formado por pessoas (pontos de contato) que representam uma área funcional em particular. As atividades do projeto são executadas dentro das atividades funcionais rotineiras de cada área (engenharia, marketing, manufatura, e outras). A liderança do projeto fica sob responsabilidade de algum gerente funcional que acumula a função de gerente de projeto pelo tempo necessário.
Estrutura
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