TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

O passado dos grupos étnicos indígenas no Brasil e no Estado de Mato Grosso do Sul

Por:   •  16/2/2016  •  Seminário  •  4.037 Palavras (17 Páginas)  •  711 Visualizações

Página 1 de 17

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL

COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO ABERTA E A DISTÂNCIA

Curso de Graduação em Administração

IVANINHA DE OLIVEIRA ROCHA

BETTZALEM DE MATOS CARMONA

O passado dos grupos étnicos indígenas no Brasil e no

Estado de Mato Grosso do Sul

                                                      Bataguassu – MS

Janeiro de 2015

IVANINHA DE OLIVEIRA ROCHA

BETTZALEM DE MATOS CARMONA

O passado dos grupos étnicos indígenas no Brasil e no

Estado de Mato Grosso do Sul

Bataguassu – MS

Janeiro  de 2015

        

1 INTRODUÇÃO

Ao falarmos de grupos étnicos no Brasil, logo temos uma relação com a chamada miscigenação, um processo muito importante para formação do país, com a mistura dos povos indígenas (nativos), europeus e negros. O tráfico de africanos ocorreu com o intuito de atender às necessidades de mão-de-obra e às atividades mercantis (tráfico negreiro). Esse comércio iniciou-se nos primeiros tempos da colonização, os africanos que chegaram ao Brasil, pertenciam a uma grande variedade de etnias, mesmo sendo trazidos para trabalhar como escravos contribuíram notoriamente para a origem da miscigenação racial, vale ressaltar ainda que, a etnia brasileira se formou devido à convivência diversificada, por isso tiveram que se adaptar para formar uma nova sociedade.

Sendo assim, com a miscigenação, formou um povo composto por brancos, negros, indígenas, pardos, mulatos, caboclos e cafuzos. No Brasil, o percentual de pessoas consideradas brancas é de aproximadamente 54%, há uma concentração maior desse grupo étnico na região Sul (83%), seguida pelo Sudeste (64%). Os brancos, em sua maioria, são descendentes de imigrantes europeus que vieram para o Brasil, como os portugueses no século XVI e mais tarde, por volta do século XIX, italianos, alemães, eslavos, espanhóis, holandeses, entre outras nacionalidades de menor expressão.

Ainda há de se falar, nos nativos, povos de pura origem brasileira, os índios. Eles viviam em harmonia com o meio ambiente, e sofreram drásticas transformações com as invasões dos homens brancos, esse novo convívio, trouxeram novos costumes o que descaracterizou muito a sua cultura, pois com esse contato foi introduzido na cultura deles o uso de arma de fogo, criação de galinhas, bois e porcos.

Os índios contribuíram valorosamente para os costumes, cultura e formação do povo brasileiro. Dentre essas contribuições, podemos destacar o
uso da rede para dormir, tão comum nas regiões Norte e Nordeste,
utilização do milho, da mandioca e do guaraná dentre outros alimentos,
técnicas da coivara, ou queimada das roças antes de fazer novo plantio.
Os primeiros contatos entre brancos e índios foram amigáveis, no entanto quando começou a exploração agrícola, os nativos passaram a ser um obstáculo para os colonizadores, que precisavam de suas terras e de seu trabalho. Assim, os indígenas passaram a serem obrigados a trabalhar nas lavouras.

Destarte, muitos índios foram massacrados ou escravizados pelos colonizadores que lhes roubavam as terras e atacavam suas mulheres. As escravidões dos aborígenes aconteciam principalmente nas áreas mais pobres, onde havia poucos recursos para a compra de escravos. Porém, os indígenas resistiram como puderam á ocupação europeia, mas o resultado desse massacre foi à diminuição da população nativa, e a marginalização dos nativos brasileiros, como herança desse triste passado. Um grande exemplo desse fato pode ser notado quando os portugueses chegaram, no Brasil existiam cerca de mil e trezentas línguas indígenas, e atualmente só resta cento e setenta isso nos mostra, que apesar de toda a resistência por parte dos nativos, as armas de fogo e força com que a ocupação européia chegou a nosso país, resultaram no extermínio de quase toda a população que aqui residia.

Hoje, a maior parte da população indígena vive na região da Amazônia. Já no Mato Grosso do Sul, segundo dados da Funasa, ainda vivem sessenta mil indígenas em aldeias e fora delas, alguns se misturam aos marginalizados, outros freqüentam universidade e outros minoritariamente ocupam cargos públicos.

Vale ressaltar, que as populações indígenas sempre foram muito diversificadas,De acordo com o censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no passado, por volta do ano de 1.500, os cálculos mostram que essa população devia estar entre três a cinco milhões de nativos, nos quais se destacam os grupos indígenas de maior notoriedade, os shaninka,Guarani,Xavante,Bororo,Yanomami,Nanbikwara,Kayapó,Ywalapiti entre outros.

Outrossim, não se pode deixar de falar do Mato Grasso do Sul, onde há uma grande miscigenação populacional. Os primeiros grupos étnicos que fizeram parte desse estado vinham de outras regiões pelo curso do rio. Existem vestígios em vários municípios de nosso estado de sítios arqueológicos, constatando que havia existência de vida humana primitiva, os quais não possuíam escritos,assim, por exemplo, para conhecer seu modo de vida,foi por meio de pinturas deixadas em paredes de cavernas,outros meios para aprender mais sobre esses povos eram os materiais encontrados como, ossadas de seres humanos ou de animais e restos de utensílios domésticos. Dessa maneira, podemos observar que esses seres viviam da caça, da pesca, também lascavam e poliam pedras para produzirem utensílios e instrumentos de trabalho.

O território sul-mato-grossense foi habitado por diversas nações indígenas que guerreavam constantemente entre si,visando maior espaço territorial. As principais tribos eram a dos Guatós, Paiaguás, Guaicurus, Terenas, Guaranis, Xamacocos, Guanás, Bororos, Ofaiés, Quiniquinaus, dentre outras, salientando que algumas resistiram ao tempo, e existem até hoje. Os Guatós e os Paiaguás eram conhecidos pela sua habilidade em conduzir canoas, habilidade esta que os tornava senhores dos cursos d'água na região. Por sua vez os Terenas e os Guanás, ambos falantes de línguas do grupo aruaque, eram famosos pelas suas habilidades agrícolas, cultivavam mandiocas, milho, amendoim, feijão e outros.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (27.3 Kb)   pdf (226.2 Kb)   docx (25.8 Kb)  
Continuar por mais 16 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com