Os processos de socialização que acontecem na infância
Por: RICAVERSAN • 28/9/2015 • Resenha • 407 Palavras (2 Páginas) • 310 Visualizações
Os Processos de Socialização que Acontecem na Infância
O primeiro e mais importante processo de socialização, acontece na infância, pois a criança é apresentada ao mundo de forma crua, como um caderno com folhas em branco e, a cada dia, experiência ou acontecimento novo uma nova página é escrita. Esta primeira etapa pode sofrer consequências das mais variadas, principalmente em função de quem vai passar mais tempo com a criança e assim ser seu exemplo: os próprios pais, a babá, algum parente, as “tias” da creche? Cada um tem a sua personalidade e sua forma de ver a vida e vivê-la. Isso automaticamente passa para a criança, a influencia, e além disse ela “se apega” a esta pessoa.
Pais que trabalham fora e quase nunca acompanham o dia a dia de seus filhos observam estes sendo mais apegados as babás ou “tias” das creches, ou ao parente que cuida delas do que a eles mesmos, o que é preocupante e uma realidade nos tempos de hoje onde os dois precisam trabalhar fora.
Depois, na escola, começa a se introduzir no dia a dia das crianças a convivência com os coleguinhas, o processo inicial de hierarquia, no caso da relação com as “tias”, os horários para cada atividade, tais como, o lanche, a brincadeira no parquinho, o almoço, o “soninho”, e assim se começa a aprender a organização. Este período da criança é muito importante, porque certos traços vão permanecer por toda a vida, como a capacidade de se líder com chefes ou a organização quanto a horários e procedimentos do dia a dia.
No meu caso específico tive uma infância tranquila, mas passei a maior tempo desse tempo na escolinha, era muito tímido e envergonhado, tinha dificuldade tremenda de me socializar, lembro-me que um dos fatos mais marcantes desse período é que meu pai me deixava na escolinha e eu sentava ao lado do portão e ali permanecia o dia inteiro até ele vir me pegar a tarde. Tenho que agradecer muito a uma professora, a “tia Eulália”, que foi a única que conseguiu me convencer a sair dali do portão e entrar na sala e depois, dia a dia, com muita paciência, amor e psicologia foi me ajudando a me socializar e interagir com os colegas, a participar das atividades e tomar gosto pela escola. Tia Eulália me ajudou e muito a vencer inúmeras barreiras na minha infância e me ajudou profundamente e me tornar o adulto que hoje sou.
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