Relação do Filme Tempos Modernos e a Teoria Geral da Administração

O filme Tempos Modernos (1936) retrata de forma clara as condições de trabalho e cultura das pessoas naquela época e também aborda de forma clara as características dos seguintes assuntos: Administração Científica, segundo Taylor; Teoria Clássica da Administração, segundo Fayol; Teoria da Burocracia; e Teoria das Relações Humanas.

De acordo com Taylor, para que o operário executasse a sua tarefa de forma rápida e como consequência trouxesse mais lucro a empresa foi realizado o estudo de Tempos e Movimentos, que consistia em estudar todas as etapas dos movimentos feitos pelos operários na realização de suas funções e com isso separar os movimentos úteis dos inúteis, sendo que o segundo era eliminado do processo de execução. O operário era tido como máquina, pois o mesmo realizava seu trabalho com movimentos repetitivos e com rapidez, dessa forma o mesmo ficava sobrecarregado e com agravos a saúde, tanto fisicamente quanto psicologicamente. Logo no inicio do filme o personagem de Charli Chaplin demonstra claramente todas as consequências que a Administração Científica trouxe para a vida dos colaboradores, desde a mecanização até os agravos a saúde pelo trabalho monotono e agitado.

Já Fayol, através da Teoria Clássica da Administração, tinha como característica a ênfase na estrutura organizacional e a total eficiência na administração, através da divisão do trabalho, disciplina, unidade de comando, unidade de direção, centralização, entre outros aspectos. No filme ficam evidentes todas essas características no momento em que cada operário realizava uma tarefa, quando o chefe solicitava o aumento da velocidade de produção todos cumpriam a ordem dada, todos recebiam a ordem de um único superior, entre outros.

A Teoria da Burocracia buscava também a eficiência, por intermédio da adequação dos meios aos objetivos pretendidos, ou seja, o detalhamento como as coisas deviam acontecer através da racionalização e impessoalidade, sendo que os funcionários eram escolhidos de acordo com a sua copeteância e os mesmos tinham que se comportar segundo as normas da empresa. Com o filme é constatado esses aspectos, no momento em que percebemos a organização da empresa em que Charli Chaplin trabalhava, em que cada colaborador exercia uma determinada função e o momento em que essa organização é quebrada quando o personagem de Charli Chaplin surta.

A Teoria das Relações Humanas quebra o paradigma das teorias anteriores pelo fato da mesma priorizar o ser humano e não o lucro das empresas, ou seja, acreditava se que se os funcionários trabalhassem em condições melhores os mesmo desempeariam suas funções de forma eficiente. No momento que no filme mostra as manifestações feitas pelos operários mostra o quanto os mesmos estavam insatisfeitos com as condições de trabalho nas empresas.