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Relatorio acerca de temas variados

Por:   •  16/5/2022  •  Resenha  •  854 Palavras (4 Páginas)  •  104 Visualizações

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Relatório: Nicolini, A. M. Qual será o futuro das fábricas de Administradores?

Em meio a um processo de constantes transformações no meio público e privado, urge

a formação e atuação de administradores voláteis, capazes de atuar em mercados em constante

mudança. Esta perspectiva singular, relativa ao autor Alexandre Nicolini, é produto da análise

da extensiva inserção do ensino da Administração no território brasileiro.

Iniciada em meados do século XX, no Rio de Janeiro, a formação de administradores

ainda era informal, mas, em 1931, com a criação do bacharelado em Administração e

Finanças, consolida-se como curso superior. Destarte, dado em paralelo o contexto

econômico-social emergente posterior a Revolução de 1930, a demanda por profissionais

qualificados disparou, uma vez que havia a necessidade de uma lógica sistemática para

estruturação das organizações. Nesse sentido, o autor afirma que os incentivos públicos ao

setor, somados a adoção dos moldes estrangeiros (sobretudo norte-americanos) para a

formação do currículo nacional de Administração foram o empurrão necessário para suprir tal

déficit.

O crescimento nacional do curso foi uma consequência positiva dos investimentos -

até certo ponto, já que passou a ser utilizado como um negócio de baixo investimento inicial,

não demandando necessariamente aparatos tecnológicos de alto custo e, neste caso, nem

mesmo docentes com maiores conhecimentos técnicos para lecionar. Na sequência, é

colocado que, justamente pela razão citada, o currículo mínimo permanece inalterado durante

quase três décadas, apesar das expressivas mudanças no contexto das organizações.

Além disso, apesar da estrutura do curso de Administração ser bem regulamentada, a

maioria das instituições do ramo não oferecem qualquer diferencial no currículo, o que gera

uma padronização negativa, e limitada quanto a produção científica. Sob essa ótica, o autor

propõe uma comparação entre o modelo de ensino vigente e as linhas de montagem fabris –

em um processo mecânico e sem abertura para inovações.

As organizações, em retomada, são caracterizadas por acompanhar o crescimento

acelerado da sociedade que as detêm, o que as tornou, de certo modo, muito mais complexas.

Em detrimento disto, o estudo destas instituições passou a ser pautado na ótica descartiana,

que propõe a fragmentação do objeto de estudo para sua plena compreensão. Apesar disso,

Nicolini afirma que o currículo do administrador (que atuará nesse processo analítico) e os de

outras linhas de formação pecam na mesma questão: a falta de conexão entre as disciplinas, o

que resulta na carência de uma linha de raciocínio lógico durante o curso. Parte dessa

problemática, segundo o autor, é a abordagem de matérias específicas de forma

descompromissada ao contexto do curso – ou seja, de maneira ampla e sem aplicações

práticas na vida profissional dos futuros administradores. Portanto, a segmentação das áreas

de estudo é apresentada como, muitas vezes, responsável por ocasionar na transmissão de

conhecimentos desligados ao todo.

O administrador, ao final da linha de montagem, deve ser capaz de pensar criticamente

e fazer escolhas de maneira inteligente. Isto é o mínimo que se espera de um bom

profissional. Nesse sentido, se destacam aqueles alunos que foram preparados a lidar com

novos desafios, que, por sua vez, são constantes em um mundo em metamorfose.

De modo a acompanhar a tais transformações, foram promovidos, no ano de 1993,

encontros para a construção

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