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Sinopse Crítica 4- Guimarães, Holzmann e Cattani

Por:   •  16/9/2019  •  Resenha  •  953 Palavras (4 Páginas)  •  271 Visualizações

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Universidade de Brasília

Departamento de Administração

Aluno(a): Anna Carolina da Silva Góis

Matrícula: 18/0062450

Sinopse Crítica – Textos Teóricos

Autor(es) do texto

Guimarães (2006; 2006b), Holzmann e Cattani (2006) e Holzmann (2006).

Ano

2006

Titulo

Dicionário de Trabalho e Tecnologia

Fonte (Livro, revista, jornal)

Livro

Editor (a)

UFRGS

Local

Rio Grande do Sul

Qtdade Páginas

16 págs.

Objetivos do Texto

Apresentar os conceitos de Fordismo, Taylorismo, Toyotismo e Volvoismo, e suas aplicações.

Ideias Principais

  • O texto se inicia com os conceitos de Fordismo e pós-fordismo. A autora apresenta o significado do termo, que se generalizou a partir da concepção de Gramsci, que o utilizou para caracterizar o sistema de produção e gestão empregado por Henry Ford em sua fábrica, a Ford Motor CO. Gramsci associa tal sistema de produção à forma de racionalização que define um modo de vida. Atualmente o termo se tornou a maneira usual de se definirem as características daquilo que muitos consideram constituir-se um modelo/tipo de produção, baseado em inovações técnicas e organizacionais que se articulam tendo em vista a produção e o consumo em massa.
  • No fordismo, o trabalhador perde suas qualificações, as quais são incorporadas à máquina. Na concepção de Ford, o operário da linha de montagem deveria ser recompensado por esse tipo de trabalho por meio de um salário elevado. Ao contrário do trabalho de execução, o de concepção torna-se altamente qualificado, abrangendo o desenho dos produtos, a programação da produção e as tarefas de manutenção e de reparação e sendo realizado isoladamente, fora da linha de montagem.
  • Mesmo com o significativo desempenho da Teoria, o Fordismo teve dificuldades para se difundir nos EUA e principalmente na Europa, em razão da desistência dos trabalhadores ao sistema de produção baseado no trabalho rotinizado e fragmentado. Mais à frente, Sônia Guimarães fala sobre o difundimento do Fordismo mundialmente e sua aplicação em países periféricos como o Brasil.
  • No fim do debate sobre o assunto, a autora revela que a discussão em torno da questão da ruptura ou continuidade do modelo fordista de produção pode ser abordado em termos de uma dicotomia.
  • Como próximo tema temos o Taylorismo, abordado pela Lorena Holzmann e Antônio David Cattani. Os autores iniciam a discussão apresentando a definição de Taylorismo, que seria o conjunto de técnicas e princípios referentes à organização do processo de trabalho, a relações sociais de produção e a um sistema de remuneração que associa rendimento à produção, concebidos por Frederic W. Taylor. Inicialmente aplicado na indústria, o Taylorismo difundiu-se por praticamente todos os setores de atividades. Para Taylor, as formas empíricas de organização da empresa e da execução do trabalho então vigentes nas fabricas norte-americanas precisavam ser substituídas por procedimentos entendidos como científicos, para promoverem o bem comum na sociedade mediante a elevação da produtividade. Trata-se de uma proposta de racionalização da produção, que integra a organização científica d o trabalho (OCT), aprofundando a divisão técnica do trabalho e a separação entre concepção e execução e levando à obsolescência dos ofícios. São 10 as técnicas e os princípios da OCT:
  1. Estudo dos tempos e movimentos;
  2. Atribuição e treinamento antecipados de tarefas;
  3. Individualização do Trabalho;
  4. Padronização das tarefas e dos instrumentos de trabalho;
  5. Seleção pretensamente científica dos trabalhadores;
  6. Formação Profissional de empregados e operários com caráter operacional;
  7. Pagamento Individualizado;
  8. Determinação de tempos de repouso e de pausas obrigatórias;
  9. Sistema de supervisão funcional do trabalho de execução;
  10. Mediação objetiva do trabalho realizado.
  • O próximo assunto abordado foi o Toyotismo, que, segundo a autora, é chamado o modo de organizar os processos de trabalho e de produção, idealizado pelo engenheiro Taiichi Ohno e introduzido na fábrica da Toyota. O Toyotismo foi adotado em todos os setores industriais, e seus princípios, métodos e programas mostraram-se aplicáveis também no setor de serviços. No Toyotismo a produção e desencadeada pela demanda do mercado. Produz-se o que já foi vendido, condicionando-se estreitamente a produção ao consumo. Mais à frente, a autora revela que o Toyotismo tem polarizado as opiniões dos estudiosos do trabalho e de suas transformações no mundo contemporâneo, opondo defensores de suas vantagens e críticos de suas consequências. Por fim, a autora conceitua Trabalho e sua interferência na economia e na política.
  • Como último tópico, conceitua-se o Volvoismo, constituído numa série de inovações quanto à organização do trabalho, distintas dos princípios fordista e taylorista e representando alternativas ao chamado modelo japonês. O Volvoismo traz princípios de gestão da produção e do trabalho baseados na autonomia do poder de decisão dos trabalhadores. A autora cita a primeira experiência com o Volvoismo, ocorrida em Kalmar, 1997. A experiência foi um fracasso, e os resultados obtidos foram baixa produtividade, tempos ociosos e controle do supervisor. Após isso, ocorreu o caso da planta da Volvo em Uddevala (1989). O caso teve 2 anos dew estudo/negociação, e a fábrica foi dividida em 6 plantas autônomas, sendo 8 equipes de trabalho com 8 a 10 pessoas. Cada planta ficou responsável por 1 carro inteiro, e cada trabalhador ficou responsável por ¼ do carro.
  • Por fim, a despeito dos limites supostamente existentes considerando-se a operacionalização do modelo, de fato, o Volvoismo representou um novo conceito, cujo mérito foi o de preocupar-se em oferecer, aos trabalhadores, possibilidades de desenvolvimento de suas capacidades, competências e responsabilidades.

Suas Críticas e Contribuições

A respeito do texto, acredito que ele cumpre o que se dispõe a fazer, que seria apresentar e demonstrar as aplicações dos modelos Fordista, Taylorista, Toyotista e Volvoísta. Por conta da clareza do texto, a compreensão desses conceitos se torna fácil, o que torna a leitura agradável e dinâmica, prendendo a atenção até a última palavra. Como ressalva, aconselharia que a abordagem sobre o trabalho e suas abordagens no meio de aplicação dos modelos citados, fosse feita ou em outro artigo ou junto com a conceituação e apresentação dos termos, e não em tópicos separados, como demonstrado no texto.

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