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Trabalho psi

Por:   •  25/10/2015  •  Resenha  •  3.241 Palavras (13 Páginas)  •  558 Visualizações

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DVD Roteiro de observação

Coleção Psicopedagogia Transtornos de Aprendizagem

Nadia Bossa

São vários os fatores que podem interferir no processo de aprendizagem da leitura, da escrita, do raciocínio lógico-matemático dos alunos. Condições sociais, familiares, orgânicas e pedagógicas estão entre eles. E este cenário complexo acaba por criar um dos principais problemas no lidar com os transtornos de aprendizagem: sua identificação. A identificação da causa da dificuldade apresentada pelo aluno irá definir a forma de intervenção a ser utilizada pelo profissional. Para tanto é necessário observar certas áreas do desenvolvimento em geral e a observação das competências envolvidas na aprendizagem acadêmica. O profissional deverá, sempre, estar atento a aspectos importantes para a determinação destas causas. Sem esta identificação é bastante provável que os profissionais fiquem perdidos na sala de aula e os alunos em seus mundos internos.

UM OLHAR DIFERENCIADO

Falar de um olhar diferenciado do profissional para um aluno que demanda uma atenção especial, significa falar da observação de 3 grandes áreas:

  1. Área Relacional – que diz respeito da maneira como este aluno se relaciona com os colegas, com o professor e com o processo de aprendizagem;
  2. Área do Desenvolvimento em Geral – que diz respeito a avaliação de como cada uma das competências cognitivas do aluno se desenvolveu e em que ponto do desenvolvimento se encontra ;
  3. Área das Habilidades Específicas para cada aprendizagem escolar – que diz respeito a observação da performance do aluno com os aspectos que são essenciais para identificar a natureza da problemática no que concerne a produção do mesmo naquela área escolar, naquela área do conteúdo.

  1. ÁREA RELACIONAL

Na área relacional o foco deve se concentrar na observação de dois universos: o universo da relação do aluno com os colegas e o universo da relação do aluno com o professor. Estes dois tipos de relação apresentam um diferencial importante porque a relação com os colegas envolve a atitude do aluno diante do que é novo, do que está fora dele e o aquilo que ele deseja conhecer. Já na relação com o professor, envolve a questão da figura autoridade e como esta figura de autoridade o remete a questões parentais, a maneira como ele, em sua vida familiar, aprendeu a lidar com as regras, com a proibição, com a autoridade. O mundo de relações no universo da sala de aula contempla ao profissional a possiblidade de observar a relação cognitiva ou a conduta cognitiva do aluno com relação ao outro e este outro enquanto objeto de conhecimento, seja este objeto de conhecimento um colega, dois colegas, dez colegas, seja o conteúdo acadêmico. A relação do aluno com seus colegas mostra a atitude do ponto de vista de vista cognitivo. A relação do professor mostra sua atitude com a figura de autoridade, esta é uma relação mais carregada de aspectos afetivos. Portanto, dará elementos que nos informarão a respeito da forma de relacionamento deste aluno com questões fundamentais que estão envolvidas na aprendizagem do conteúdo acadêmico. Que são questões relacionadas a regra, a proibição,  a autoridade, a hierarquia e portanto esta segunda relação é a que dá elementos para analisar aspecto do mundo interno da mente do aluno

Área Relacional – a relação com os outros alunos

A relação do aluno com os colegas apresenta uma modalidade de relacionamento que está presente na vida do aluno e vai se expressar tanto no relacionamento com as pessoas, como no relacionamento com o conteúdo escolar.

Deve-se observar, atentamente, esta questão na vida do aluno, ou seja, a forma como este aluno se relaciona é de grande importância por que nem sempre um aluno que não se envolve com os colegas não o faz porque não tenha interesse nos colegas, mas pode ocorrer que este aluno tenha a personalidade onde à timidez e o retraimento esteja presentes, de forma que o aluno não tem a iniciativa para ir até eles para manter um relacionamento. Acontece que da mesma forma que o aluno não tem a iniciativa de ir em busca dos colegas, ele não tem a iniciativa de ir em busca do objeto de conhecimento, a não ser que ele seja conduzido a isso.

Então, uma forma de ter um parâmetro de como o aluno se vincula com o objeto de conhecimento, é observá-lo na sua relação com os próprios colegas, com as pessoas de um modo geral.

Se este aluno não se vincula aos colegas até os colegas darem abertura a ele, e a partir dai ele passa a investir no relacionamento, isto dá um parâmetro para se pensar da maneira como se pode levar este aluno a se aproximar do objeto de conhecimento.

Como isso, o aluno mostra que, sua conduta em relação ao objeto de conhecimento, o padrão, a modalidade de funcionamento usada é a mesma, ou seja, ele não vai fazer uma pesquisa, ele não vai buscar as informações que necessita para compreender o objeto de conhecimento. No entanto, se o professor elevar as informações necessárias, o aluno fará um bom uso das mesmas. Este é um aluno que, mesmo que tenha dúvidas, não vai formular perguntas, não vai se dirigir ao professor para o esclarecimento destas dúvidas. No entanto, se o professor perceber e levar as informações necessárias, o aluno se apropria delas. Desta forma, este paralelo traçado, já dá um roteiro de conduta com relação a aproximação do aluno com o objeto de conhecimento.

Outra possiblidade é que o aluno não se aproxima e não se abre para o relacionamento com colegas mesmo que os colegas se aproximem dele. Neste caso, o aluno não se apropria do objeto de conhecimento mesmo que seja levado até ele. Então, já esta é uma situação um pouco mais complexa, em termos de intervenção. Porque nesta situação não basta levar ao aluno o objeto de conhecimento, é preciso provocá-lo para que ele se envolva com a situação. Isto demanda um trabalho maior em relação à aproximação do aluno com o objeto de conhecimento.

Estas duas situações, a priori, parecem ser de mesma natureza, mas olhando mais atentamente, observa-se que se está diante de situações que necessitam de intervenções diferenciadas.

Área Relacional – a relação com o professor

O profissional precisa observar de importante é a forma como o aluno acata ou não as colocações do professor, se ele procura ou não o professor para esclarecimento de dúvidas, se ele pede auxilio para situações difíceis, como é a atitude do aluno em relação as recomendações, as exigências do professor, a própria maneira de como o aluno atende as solicitações do professor em relação a produção. Ele se preocupa em fazer uma tarefa bem feita? Ele se preocupa em respeitar aquelas normas em que o professor estabeleceu, tano para a conduta do aluno em sala de aula e quanto para a produção da apresentação da produção escolar?

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